domingo, 20 de fevereiro de 2011

Regresso

Tendo embarcado em nova vida bloguística, convido os Benévolos Interessados a seguirem-me aqui.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A Quem Possa Interessar

O sujeito que andou por estas paragens mudou-se para aqui.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Re-Bate (de consciência)

Alguém Que prezo me chamou a atenção para a inconveniência de deixar-Vos com a imagem de uma danação. Por outro lado, não gostaria de ir blogosfericamente desta para melhor, deixando dívidas. Sendo hoje Sexta, posto mais uma vez, para quitar as contas com o Caro Comentador do Brasil a Quem prometi legar uma miss venezuelana ainda mais apelativa do que a eleita Miss Universe.
Aqui deixo Alexandra Braun, com atributos que teriam arrasado Londres com muito mais eficácia do que os engenhos do cientista do apelido parecido. Ganhou um certame Miss Earth há um par de anos. Por menos ambiciosa que a referência ao Planeta possa ser, face à abrangência do Universo Inteiro, pode servir também para olharmos mais para o que temos por casa...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Fui

A Morte do Réprobo de Emiliano VillaEste blogue fez-me conhecer Pessoas Interessantíssimas e superar um momento mau da minha vida. Deu muito mais do que lhe tinha pedido. Agradeço a Todos os que, animados de generosa intenção, o fizeram muito melhor do que eu só seria capaz.
Algumas opiniões sobre a insuficiência humana vi confirmadas, por outros que não Esses, o que acaba por confortar, demonstrando acerto de observação.
As conjunturas pessoal e alargada levam-me a entrar numa nova etapa da existência, de que a blogosfera não faz parte. Despeço-me pois, desejando Aos que ficam que nunca percam de vista a necessidade de encarar o meio que ora deixo como um mero divertimento, válido apenas enquanto melhorar a disposição.
Até sempre!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Paixão Que Veio do Frio

Amor Num Clima Frio de Anil DayalNão me quero ir sem revelar um história comovente que resiste ao cinismo. O dia de anos de Admunsen foi o pretexto para pensar num seu colega explorador dos Pólos, Nansen, que, amantíssimo da Mulher, exigiu que dele se divorciasse, antes de uma das suas perigosas explorações, por não querer que ela corresse o risco, caso não voltasse, de ficar vinte anos sem estado civil definido, o tempo de ausência que a lei estabelecia para presumir a morte.
Voltando, foi a divorciada esperá-lo e comunicar que queria contrair segundo casamento, tendo-lhe o ex respondido que deixara a liberdade para esse efeito, caso fosse a sua vontade. Foi quando a anunciadora retorquiu que o noivo que tinha em vista era... ele.
E re-casaram, vivendo com felicidade que ainda consta até que ela morreu, sendo ele o principal diplomata da representação da Noruega em Londres.. Nos transportes do luto fresco desabafou:
Agora que já nada me liga ao mundo, hei-de chegar ao pólo. Até aqui tinha a minha mulher, que me atraía para o Sul, fazendo-me voltar das minhas viagens. Mas esse elo, que tão fortemente me prendia à vida já não existe e só regressarei se conseguir chegar vivo ao termo da viagem.
Suspeito que tão tórrido afecto terá sido o causador do início do derretimento da calota polar.

Holly Smoke!

Era fatal que surgisse uma esperteza destas, só admirando que não tenha sido obra de um Português, de um membro deste povo sempre engenhoso em encontrar vias de como furar a lei. Doravante, o caminho para a libertação das proibições e regulamentações obsessivas passará por criar uma seita seja do que for, aproveitando os compromissos de liberdade religiosa destes restos europeus, desde que se trate de grupos exóticos, insusceptíveis de se confundirem com a Religião tradicional, inelegível para respeito que passe por favorecimento. Talvez isso explique por que não nasceu cá a ideia, a ofensiva socrática contra a Igreja, passando por papalvas simbologias de crucifixos retirados e bispos desconvidados, com corolário numa efectiva restrição no ensino e formação infantis, deve ter convencido os potenciais torneadores da Norma que era para aplicar a todos os credos...

Opressão Fugidia

Para não Se deixar abater, é só deitar isso para trás das costas, Querida Amiga.

Não É Defeito, É Feitio!

A Prisão dos Devedores vista por Hogarth,
de A Rake´s Progress

Nada admira que o Banco de Portugal tenha palavras de compreensão para com o endividamento das famílias e desvalorize o nível impressionante a que chegou. Ao contrário de outros povos, como o Inglês, em que as dívidas suscitavam repulsa, ao ponto de conduzirem à prisão, como a da célebre Fleet Street, em Portugal sempre houve janelas de contemporização com as fracas contas. Ao ponto de haver disposição legal antiga que permitia a todos os que se estabelecessem em Pereiro, no Concelho de Alcoutim, que se livrassem de ser demandados por quantias de que fossem devedores, embora a isenção não se estendesse a operações posteriores à sua residência na localidade. No estado de Pe(d)reiros Livres que vamos tendo mais não se faz do que prolongar a insensibilidade ao calote. O que reforça o espírito de aproveitamento das facilidades, que, depois, logo se vê.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Estar Por Fora

Às Leitoras e aos Leitores que temam não conseguir adormecer, no afã de tentar conciliar os termos da frase do Génio da Bola sobre a Mulher Ideal - o que interessa é o interior, mas por fora tem de ser bonita como a Angelina Jolie - deixo a minha hermenêutica: o rapaz estava a dar prioridade a um orçamento equilibrado e tanto ouviu os especialistas bradarem que não basta aumentar a receita, é preciso cortar na despesa...

Destino de Um Homem

No dia de Rembrandt apliquei-me na leitura da tese conscienciosíssima de Georg Simmel, a qual diz residir a especificidade inovadora do Génio Holandês na representação das figuras na sua totalidade supra-temporal que sugere enquadradas no respectivo Destino, face à Arte Antiga que isolaria um momento biográfico específico, mesmo quando representativo do Homem, tal como a Psicologia faz, ao seleccionar um aspecto como resumo da Personalidade.


Posted by Picasa

Vai ao ponto de, sempre com solidez especulativa, dar a transmissão das Essências no trabalho do Mestre de Leida, sobretudo nos desenhos, como a individualização extrema decorrente da atomização, contrariamente ao ensinamento e aceitação neo-platónicos que quereriam cada representação de um vulto humano partícipe do Belo como património se não comum, ao menos comunicável.


Foi tendo presente esta elevada mas artificiosa analítica que deparei com uma vontade tremenda de regressar a um dos trabalhos do Mestre aniversariante, o Filósofo Lendo, menos por o anonimato e a rigidez do personagem cortarem algo rente a aplicabilidade da tese, muito principalmente pelo protagonismo que o livro toma; e pela condição pensadora do retratado ser muito menos limitada na conceptualização do Destino, que pode e deve encarar numa universalidade liberta da concretização que cada biografia ilustra. Por muito bom que o comentário seja, a Obra que o motivou é sempre superior. Até quando boomerang pouco dócil contra a edificação de um sistema.

Caminho das Estrelas

Sou e quero continuar a ser absolutamente estranho à adoração da eficiência do sector privado como base de transposição para a intervenção pública. Estruturar um partido como uma empresa, com consultorias e assessorias profissionalizadas em nome de maior rendimento é, a meus olhos, um tropeção mais, impedindo de prosseguir o caminho de disponibilidade e sacrifício, como de fé, que o Serviço Público deve exigir. Se as propostas e posições de uma organização que disputa o poder passam a ser elaboradas por especialistas assalariados, em vez de resultarem, ao menos aparentemente, da carolice de crentes, depressa derruirão as últimas paliçadas contra a identificação que, no imaginário popular, entre partidos e empresas vai vingando: ambos se moverem pelo lucro próprio contra o interesse dos outros.
Não é por fazer o homem comum ver as estrelas, as contratadas e as resultantes deste choque, que uma alternativa de poder ganha o estatuto de nave espacial. A Enterprise só o era de nome.

Passado!

O Pensamento Que me Consumiu de Laurel SwabQual será impermeabilização mais eficaz contra a desilusão? A renúncia à experiência com a inerente melancolia de nunca ter tentado? Ou a eliminação da Vontade levada à última consequência dos objectivos, deixando a carcaça em que nos arrastamos neste mundo sem fogachos de elevação? A meu ver, nenhuma destas vias, o pessimismo enformador, para ser consequente e não rebaixar, deve concentrar-se na aplicação de si com a naturalidade de não pretender resultados transfiguradores, pois esses seriam uma humilhante insatisfação com o que se ia sendo. Nem abdicar da acção, porque se estaria perante outra maneira de se rebaixar. Só resta a via de tentar não ficar obcecado, com uma intervenção baseada em cumprir a sua parte, que não secundarize as fruições e a observação, mas, igualmente, não esterilize a capacidade de ascender. Caso contrário a desilusão despontará, sem que possa achar melhor canto do que o de Camões:

Quando os olhos emprego no passado,
De quanto passei me acho arrependido;
Vejo que tudo foi tempo perdido,
Que todo emprego foi mal empregado.

Sempre no mais danoso, mais cuidado;
Tudo o que mais cumpria, mal cumprido
De desenganos menos advertido
Fui, quando de esperanças mais frustrado.

Os castelos que erguia o pensamento,
No ponto que mais altos os erguia,
Por esse chão os via em um momento.

Que erradas contas faz a fantasia!
Pois tudo pára em morte, tudo em vento...
- Triste do que espera, triste do que confia!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

A Grande Fita

Nunca conseguiria assistir ao parto de uma Mulher minha, mas nada tenho contra os que conseguem e gostam, Trata-se somente da minha incapacidade em conviver com situações em que nada possa fazer para minorar a dor, o esforço ou o estado indefeso de quem estime. Outra coisa porém é o anúncio público de que Brad Pitt cortou o cordão umbilical dos filhos, depois de ter assistido ao espectáculo do nascimento deles. O que poderia passar por uma deferência da equipa de saúde que acompanhou o nascimento, tornada pública, mostra-se uma inauguração empreendida por vulgares corta-fitas, nada a ver com a elite homónima do Blogue.
E se um dia o divórcio surgir, como poderá ele defender-se da acusação de tudo ter feito para separar a Mãe e os filhos?

A Mãe de Todas as Patranhas

Que os Comunistas queiram fazer das raptoras, assassinas e narco-traficantes FARCs coisa potável, não admira, inventar opressões faz parte do próprio dogma, desde a instilação da consciência de classe como mecanismo de correcção da objectivação marxista da opressão. Agora que façam de megafone a um escrevinhador que quase defende o rapto, por achar que Ingrid Betancourt não quis ser suficientemente mãe é que me deixa de boca aberta. Então que defenderão para as abortistas? A fogueira? Olhando para esta Maternidade, da colecção de Tom MacMahon, apeteceu-me soltar uma interjeição que envolvesse caneco!

A Vida a Salto

Devo ter estado muito doente no Sábado, para deixar passar a notícia de que a minha Bem-Amada Yelena Isinbaeva elevou o recorde do Mundo de Salto à Vara para 5.03m.
Digam lá que boicotar os Jogos Olímpicos de Pequim, privando a Piquena da medalhita que a espera, não seria transformar o salto em assalto?

Chaves de Uma Comemoração

Pareceria impossível de explicar a razão pela qual uma França orgulhosa faz de uma insubordinação e arruaça em que partes de si se combateram a Festa Nacional. Esta costuma ser, nos países mais sãos, reservada a data de afirmação da independência contra ameaças estrangeiras, não assente e lutas intestinas; mas há um pormenor esquecido que pode explicar. A populaça que tomou a Bastilha, desejosa de substituir um cárcere com sete prisioneiros por masmorras em que milhares transitassem, a caminho da lâmina e do cesto, ofertou ao seu agitador-mor, Santerre, as chaves da famosa prisão, de que a família conservou a posse por quase dois séculos, até que as doou a museu conectado. O contemplado era apenas empregável em excitar ânimos já de si exarcebados, como reafirmaria no tristemente célebre massacre dos Suíços, em que novamente incitou à matança. Feito general, portou-se muito mal na Vendeia e foi acusado por Robespierre de... Monárquico, ele a quem tinha sido confiado o cargo de carcereiro do Rei condenado.
É neste episódio que encontro a simbologia maior do êxito da Revolução e da continuidade do seu festejo, guindada a gigantesca parada de feriado - os motins como pressa de se dar a quem aprisione, desde que seja novidade. E a institucionalização da desgraça cíclica substitutiva, como tentativa de fazer perdurar em sistema a ilusão do novo. Esta é que é a verdadeira servidão voluntária.

domingo, 13 de julho de 2008

As Alegrias da Técnica

Enquanto tomava um copo com um Amigo de longa data, lamentou o meu Interlocutor que eu aqui não tivesse abordado a loucura do público em torno da novidade tecnológica do iphone. Pois faço-o com este desenho de Rowlandson, sobre o tempo em que a locomotiva a vapor (de Trevithick) era dada como espectáculo a audiências pagantes. Tão logo que o uso torne o instrumento corriqueiro, logo aos entusiastas do momento de comercialização estará reservada a imagem de pategos, perante os que tomem conhecimento de tão ingénuas explosões de entusiasmo...

Orelhas Poucas

Desta foi McCain, a propósito de Obama, mas muitos outros candidatos a qualquer coisa tentam desqualificar os adversários por ocos palavrosos, reservando-se para si o monopólio dos actos. Tenham ou não razão, em sistemas de campanhas eleitorais conseguirão sempre algum eco, não por serem este ou aquele, deste ou daquele, mas porque a essência da oratória num político é a do vendedor que, em vez do cheque limitado recebe o voto pagador em infinda quantia.
A Palavra é neutro conceito. No caso do Pregador, sentimo-lo como um intermediário, cuja compensação não é redutível a uma quitação em seu nome, antes aponta para a concórdia dirigida Ao Que transcende.

Por isso o Padre António Vieira pôde justificar a parenética, reabilitando o discurso proferido:
Bem é que bradem alguma vez os pregadores, bem é que gritem.
Por isso Isaías chamou aos pregadores nuvens: Qui sunt isti, qui ut nubes volant? A nuvem tem relampago, tem trovão e tem raio: relampago para os olhos, trovão para os ouvidos e raio para o coração; com o relampago alumia, com o trovão assombra, com o raio mata. Mas o raio fere a um, o relampago a muitos, o trovão a todos.
Assim ha de ser a voz do pregador, um trovão do céo, que assombre e faça tremer o mundo.
De acordo, mas porque capaz de conduzir os expostos a um abrigo definitivo. Já as galimatias dos que disputam um mandato são a tempestade permanente e viciosa - não se diz que a batalha da reeleição começa no dia seguinte ao da eleição?

Aide-Mémoire

É bom lembrar o que desencadeou uma guerra terrível. E quem! Os que mandavam chacinar os chefes rivais e cujos herdeiros hoje querem apossar-se da memória, na melhor das hipóteses para fazer equivaler o castigo ao crime, na pior para inverter o Bem e o Mal.
Em Memória de José Calvo Sotelo

O NU

Sim, eu sei que hoje é Domingo, mas isto não é Sexo, é... Ciência e não a da Árvore do interdito divino. Há quem o diga linguagem universal. A bem dizer, cabe-lhe melhor o título, do que a línguas inventadas para a função, como o Esperanto, cujo número acabou por exceder as que visavam substituir. E também o Futebol, que mereceu o epíteto, deixaria de fora Países que o não compreendem, como os EUA, que têm o seu e lhe chamam Soccer.
O sexo é, verdadeiramente, universal. Mas terá dialectos? Graças à Zazie, encontrei mais um daqueles inquéritos bons para fim-de-semana: o que visa descobrir a nacionalidade de cada um, na cama. Devo dizer que, por uma das perguntas que verão, me parece apenas ser aplicável às Mulheres. Ora comprovem, respondendo às questões da
controladora.
Só para avaliarem a fidedignidade da coisa, deu-me como 52% Sueco. Logo eu, que mais afastado dos hábitos escandinavos é difícil conceber. Mas enfim, terá as suas vantagens:
Viva Pangloss!