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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Tirania ao Espelho


Tenho andado de sonos prejudicados, ao longo dos últimos três ou quatro dias, por me não conseguir lembrar de que personagem histórico a insistência deste mutante me fazia lembrar. Hoje achei: era Heliógabalo, que também se cansou de ser homem e fez a operação que, achava ele, o transformaria em Mulher, proclamando-o por decreto imperial e nessa qualidade casando com Hierocles, uma espécie de escravizado motorista da época, pois que conduzia quadrigas de competição no circo. Deixemos de parte a triste concepção que faz de um Ser tão maravilhoso como cada concretização do Eterno Feminino algo acessível ao primeiro maganão decidido a um corte radical com o Passado. Convém é nunca permitir que esta categoria de indivíduos venha a deter o mando, ou a melguice atormentadora de repartições do transformista luso-canadiano ganhará as asas de norma que a todos nos tiranize.

Mas vi mais, a presença do monstruoso senhor do Império ressuscitou noutros dois pontos - na criação de um paralelo Senado só para Mulheres, o que me parece indiscutível fonte de inspiração da Lei da Paridade que instituiu quotas nas listas para a Assembleia da República. E o episódio da sufocação com rosas dos convivas, algo que, simbólica mas alargadamente, se vai incrementando no Portugal do Sr. Sócrates.
Ilustro a pretensa e pretensiosa feminilização e o afogamento floral com desenho de Martial Raysse e pintura de Alma-Tadema, respectivamente.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Centúria(s)

Centenário de António Lopes Ribeiro. Do Cineasta outros, com mais talento e saber, falarão, como sobre demais cordelinhos que ele tocou poderiam discorrer, não fora a sua intimidade com o mundo da tela magnetizar as atenções. Nessa manifestação, como aliás no seu todo, o jogo de forças entre o genuíno sentir percebido por todos e o domínio das correntes estéticas mais em vista, vanguardistas de outras margens incluídas, obteve especial consagração em «A Revolução de Maio» que trata o triunfo da devoção comunitária sobre as importações que pretendiam instaurar a convulsão no grupo.
Mas também nas outras vertentes o enfrentamento entre a alteração estimada e uma realidade em fuga está presente, quer na observação sagaz das mudanças de velocidades sociais, quer na crítica benevolente dos grandes princípios de informação artística, patentes em dois bons livros de crónicas, «Esta Presssa de Agora» e Belas Artes, Malas Artes», respectivamente.
É porém como Poeta que hoje o quero relembrar, em dois momentos de rara felicidade na abordagem da eterna problemática da vita et moribus, com o alistamento de um sentido vital necessário. Sobre o Futuro em realização, este poema de ressaibos pessanhianos:
DESCOBRIMENTO

Há-de haver, pelo menos, uma ilha
que eu possa descobrir no mapa-mundo;
um mar ignoto, reservado à quilha
da minha nau, que não pode ir ao fundo.

Preparem um padrão de maravilha
que assinale o meu feito sem segundo!
(Clara certeza de aventuras, filha
da minha inquietação de vagabundo).

Onde será? Que feio Adamastor
guardará pela fôrça e por terror
o tormentoso cabo que me cabe?

Ignoro a latitude, a longitude...
Mas sei tomar a olímpica atitude
de saber coisas que mais ninguém sabe.

E acerca da programação do fim, com a eleição bibliómana do desejo que se não sabe último, mas castra a impotência da luta contra a brevidade da passagem, pela paz interior que a fruição, ou a mera perspectiva dela, permite proclamar, à guisa de rejeição da revolta que procurasse, mesmo num acto abreviador, usurpar a regência do Destino.
EMPENHO

Tenho a certeza de morrer vestido.
Tarde ou cêdo, não sei - nem me interessa.
Se fôr dum tiro - morro mais depressa.
Se fôr na guerra - morro mais vencido.

Se tiver tempo de reler o Eça
(pelo menos o livro preferido),
já me valeu a pena ter vivido
e ter sabido como se começa.

É fácil acabar. Os dias vãos
correm velozes pela vida fora,
desafiando a morte que me espera.

Quando chegar a inevitável hora,
gostaria que fôsse primavera
e que não fôsse pelas minhas mãos.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Cumprir-se

Dois grandes poetas nasceram a 26 de Março e gostaria de homenageá-los, aproximando aqui numa breve reflexão dois dos seus poemas.
Sabe-se que os outros animais também conhecem a hesitação e a culpa, embora esta última ditada pelas consequências da transgressão, que não por uma pré-ordenação comportamental. O que lhes é absolutamente estranho é a doentia recriminação pelo que podia ter sido. E também a necessidade de optar pelas vias originais, para depois lamentar, não se coaduna com a natureza respectiva, que é muito mais escorreitamente ou de grupo ou de solitário. Daí a naturalidade perante a morte, impossível de encontrar entre os homens com consciências pouco limpas, arrependidos de opções que livremente tomaram, sonhando-se na projecção do que poderiam ter sido se..., que gera assim na nossa Espécie o desgosto da própria superioridade tão apregoada.
Combinemos Alfred de Vigny e Robert Frost:
LA MORT DU LOUP (III)

Hélas! ai-je pensé, malgré ce grand nom d´Hommes,
Que j´ai honte de nous, débiles que nous sommes!
Comment on doit quitter la vie et tous ses maux,
Cést vous qui le savez, sublimes animaux!
A voir ce que l´on fut sur terre et ce qu´on laisse,
Seul le silence est grand; tout le reste est faiblesse.
- Ah! Je t´ai bien compris, sauvage voyageur,
Et ton dernier regard m´est allé jusqu´au coeur!
Il disait: «Si tu peux, fais que ton âme arrive,
A force de rester studieuse et pensive,
Jusqu´à ce haut degré de stoïque fierté
Où naissant dans les bois, j´ai tout d´abord monté
Gémir, pleurer, prier, est également lâche.
Fais énergiquement ta longue et lourde tâche
Dans la voie où le sort a voulu t`appeler,
Puis, aprés, comme moi, soufre et meurs sans parler.».
THE ROAD NOT TAKEN

Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveller, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair,
And have perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same.

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood and I -
I took the one less travelled by,
And that has made all the difference.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Domínio Que Se Esvai

O Piano Silencioso de Nguyen Dihn Dang
Quanto mais ténues são os contornos de cada concretização da nostalgia, infirmando o carácter vago que a atenção dos observadores lhe associa, lutam sem quartel dois desejos por um espaço que tem a fenda do abismo continuamente a alargar-se: Pretender conservar uma imagem daquilo que se quis e fazer por afastar a dor da falta. É do clamor imenso desta refrega que estoira o silêncio condizente com a ausência, tornando cada vez mais longínquo o oásis propiciador de algum consolo, a memória a que procurávamos encostar-nos. Qual das duas será mais terrível, a dor pungente das imagens que nos assaltam, ou a impotência progressiva de as reconstituirmos?
De Marta Mesquita da Câmara,

SAUDADE

Alguma vez soubeste o que é saudade,
Que faz da nossa vida uma agonia?
Alguma vez no espaço dum só dia
Sonhaste percorrer a eternidade?

Perdeste alguma vez a Liberdade?
Sentiste emurchecer tua alegria,
Como ao cair da noite murcha o dia,
No derradeiro tom da claridade?...

Se nunca presumiste o que era amor,
Despindo as galas e vestindo a dor.
Se uma saudade, enfim, não conheceste,

Não saias do limite da razão
Para atender a voz do coração,
Que o maior mal ainda o não sofreste!...

sábado, 3 de novembro de 2007

Quadros Numa Exposição

A Transcendência do Salto de Christine MalaurieSempre bom conselheiro que é, o Confrade Jansenista instiga-me a não levar tão a peito a passagem de mais um ano, tal como a pretérita capitulação perante os atributos da Raposa Inglesa. Isso é que não pode ser, por acarretar um ilogismo. Quando usa tal expressão está a mandar-me, em simultâneo, abordar esses acidentes da vida in petto, quer dizer, sem os expressar. Com tanto choque peitoral acho tal dívida extinta, por confusão.
Ora, não cesso de lutar para que seja reconhecida ao bloguista a eminente obrigação de expor-se, a propósito de todas as cenas que lhe despertem interesse. Assim prosseguirei:
Quem examine a mesma caixa de comentários verá alusões da T a uma tal "atracção pelo abismo"; e da Mesma, do Je Maintiendrai e Outros Mais a afectuosa negação da evidência dos estragos da idade. A Uma e a Todos dedico estes dois quadros, veículos vocacionados para a expressão da naturalidade que detecto em ambas as circunstâncias...
A Mecânica do Tempo de Ted Grace

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Razões da Escrita

Figura de Pompeia

Ando há vinte anos a perguntar-me por que razão não enveredei pela escolha profissional de jornalista. Nisto veio, hoje, ao meu encontro a resposta, graças à sagacidade de Sainte-Beuve. Não se é jornalista só porque se escreve, de quando em quando, artigos nos jornais. É jornalista aquele que está pronto a escrever sobre qualquer assunto, a todas as horas e a todos os instantes. Com efeito sempre procurei as notícias do dia, mas não conseguiria redigir linha de jeito sobre as que não elegesse. Daí também a minha admiração pelos Profissionais da Imprensa, sempre expostos ao imperativo ditado de fora, apesar de me encontrar consciente de que bom relacionamento numa redacção pode minorar as dificuldades com a sensatez distributiva dos temas. Nesse sentido, o bloguismo é o contrário: mesmo para os que metodicamente abordem o Actual, há sempre a escapatória da arbitrariedade - e não já mero arbítrio - criativa, com o cúmulo, ilustrado por este mísero post, de se acabar a falar do menos urgente dos temas, a personalidade do próprio escrevinhador. O que leva à velha similitude com o diário, esse género confessional a que uma vetusta ironia deu o mesmo nome que se encontra em tantos orgãos de Comunicação Social. E que dificilmente atingirá, quando se limita a espelhar e espalhar o seu autor, a mesma capacidade de interessar que uma impressão de leitura, na medida em que um livro é uma clarabóia para o Exterior, uma abertura ao que supera o círculo herméticamente cerrado da própria mesquinhez. Num certo sentido, o contrário do onanismo inteletual.

sábado, 16 de junho de 2007

Carne-Viva da... Alma

Os Problemáticos São Alvo do Sarcasmo de Brandt Peters

São obscuros os caminhos da Desconformidade. Mas não deviam, não deviam sê-lo. Da demarcação esperar-se-ia, pelo nojo que acentua a repulsa, vê-la gerar satisfação por se ter conseguido ser coisa diferente, ou, nos casos de generosidade mais extremada, de tristeza por ver os circundantes seguirem pelo lado errado da bifurcação, a qual, se acompanhada pelo altruísmo oratório, pode bem acarretar o halo. Já a figura do rebelde abafado e fugitivo, que não se sente confortável em sítio algum, se ostenta a dignidade de ser o inverso dos que a tudo prazenteiramente se adaptam sem aspirações ao que não é deste mundo, sofre da debilidade contraditória nos seus termos de não prezar os estilos que o tentam absorver, mas sofrer com isso ao ponto de se marginalizar. A menos que o sentimento de não ser como eles usurpe a electricidade própria da vida. Como nos estimulantes eróticos que deslocam o prazer do estímulo que precede o acto para a substituição deste: é a passagem da fantasia à perversão.
De João Cabral de Melo Neto:

SOBRE O SENTAR/ESTAR NO MUNDO

Ondequer que certos homens se sentem
sentam poltrona, qualquer o assento.
Sentam poltrona; ou tábua-de-latrina,
assento além de anatômico, ecumênico,
exemplo único de concepção universal,
onde cabe qualquer homem a contento.
*
Ondequer que certos homens se sentem
sentam bancos ferrenhos, de colégio;
por afetuoso e diplomata o estofado,
os ferem nós debaixo, senão pregos,
e mesmo a tábua-de-latrina lhes nega
o abaulado amigo, as curvas do afeto.
A vida tôda, se sentam mal sentados,
e mesmo de pé algum assento os fere:
êles levam em si os nós-senão-pregos,
nas nádegas da alma em efes e erres.

domingo, 10 de junho de 2007

In-Vocação Nacional

Dou graças aos Céus por ter como Pátria uma das raras que escolheram como Dia Nacional aquele em que se comemora o seu expoente literário máximo e não um qualquer acidente político, quantas vezes, como em França, sintomático da grande regressão que, por desditosa coincidência, tem, neste 10 de Junho, a lembrança do aniversário tenebroso do agravamento do Terror democrático-revolucionário, com a supressão do interrogatório dos acusados e das etapas da sua defesa, estabelecendo a votação de "Inocência ou Morte" que correspondia a condenações antecipadas.
No nosso País a Referência vinculante, contrariamente à prática governativa que, de tanto se tentar assemelhar à dos estranhos, passou a ser delegação dos interesses deles neste Ocidente Peninsular, manteve-se dirigida ao fenómeno cultural que detectou a nossa especificidade e permite nela buscar a reinvenção que nos torne dignos.
Neste pequeno folheto, o grande Espírito que foi Leite Pinto disse muito. Desde logo que Camões foi o primeiro poeta a ter a noção nítida de que o Português é um homem de acção que busca no passado colectivo exemplos de actuação.

E prossegue com a receita ainda válida para os nossos dias, que os ocupantes do Poder de hoje esquecem, ensimesmados na estupefaciente convicção de que o regime que desgraçadamente os promoveu é promontório insuperável e final de uma evolução:
(...) um homem existe porque sabe que um dia deixará de existir e que esta certeza deve condicionar a sua actuação.
E para os que desprezam o Passado em nome dos antolhos que façam o burro a cuja encarnação nos candidatam andar para a frente, acrescenta - poderei dizer aos novos que as maneiras de viver e reagir à vida não são muitas; que com satélites artificiais ou sem eles, os homens têm sido sacudidos, séculos fora, por paixões de bem poucos tipos? Que para os jovens as situações parecem novas, mas que os velhos lhes encontram logo analogias nos anais da história?
E nega a erecção do conforto como critério tácito ou expresso do que deva ser o Norte do nosso agir, como no passo que segue:
Mais importantes que as técnicas - que só distinguem as culturas quando exclusivas; e hoje há pouquíssimas técnicas não divulgadas - é o valor dos homens que caracteriza uma cultura nacional.
Ora um homem não é um ser isolado nem faz parte de um vago rebanho humano disperso sobre a Terra. É, sim, um ente espiritual ligado espiritualmente a outros entes: uns, vivos, com os quais comunica; outros, mortos, dos quais recebeu como herança uma missão. A existência do homem, ente social, não pode divorciar-se da missão nacional que herdou.
A missão da Nação Portuguesa, nação servida por uma cultura complexa, tem sido a expansão do ideal cristão. Nisso só fomos acompanhados pelo grande e glorioso país irmão que é a Espanha. Mas a nossa missão cumpriu-se no Brasil, na África e no Oriente de maneira a criar no mundo uma comunidade com caracterísicas que não se encontram alhures.
E termina, sublinhando a diferença entre a epopeia ultramarina lusa e a colonização de outros povos, que a tinham por aspecto menor e secundário, enquanto que os Nossos projectaram o Espaço e a Biografia nacionais nos quatro cantos do Mundo. Do reflexo deles recebido se fazendo, acrescento. Na frase lapidar do Autor, os Portugueses criaram amorosamente novos Portugais.
Ainda não é impossível recriar um Portugal novo, sobretudo quando confrontado com a decrepitude do sistema que diariamente nos desgosta. Desbaratado o Império por gente sem dimensão para entender e prezar a dele, podemos agarrar-nos à axiologia perene que os nossos Avós construíram, e, no pequeno reduto que nos resta, redimirmo-nos pela fidelidade a algo maior do que conveniências e imitações imediatas. De modo a que Aqueles que caíram em nome dessa Herança recuperem plenamente o papel de traço-de-união entre Os que nos fundaram e o que podemos voltar a ser.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Mala Real

Há dias que começam bem! Recebido logo pela manhã, do Berço da Nacionalidade, graças a Pessoa Que me é querida, esta vigorosa (e, asseguro-Vos, envergável) prova do júbilo vimaranense na subida, a que junto o voto de um carácter profético quanto à restante vida pública portuguesa.

domingo, 15 de abril de 2007

Destino: Paris

Veio o Estimadíssimo Confrade dar-nos a leitura de um poema belo, do punho de um Autor muito cá de casa, encimado por um título que me desperta recordações inamovíveis numa pacata manhã dominical. Com efeito, para além da condição de adepto do SLB, nesta semana tombado na luta contra a mais temível das três mitológicas figuras, essa Atropos que era, em simultâneo, Fim e Destino e que Goya, conforme se vê acima, tão bem retratou na sua dualidade, ribomba-me cá dentro a recordação de meu Pai, membro de uma roda de Amigos intitulada Miúdos de Benfica, onde, se não fora nado, não há dúvida de que foi criado. Pensando no desaparecimento que nos atingiu, vejo-me também aí lutando contra a Parca.

E atentando no denodo com que a mesma Figura da Blogosfera vem propondo a Deslumbrantes e Desejáveis Companhias roteiros pela Cidade-Luz, ocorreu-me que talvez pudéssemos cear aqui, conforme um souvenir guardado por Aquele que, terrenamente, me deu a vida, da passagem que pelo célebre estabelecimento empreendeu nos Anos Cinquenta, numa altura em que lá actuava a famosa Yvonne Ménard.

Porque me parece digno de nota o esforço incessante que as funcionárias da casa desenvolvem para trazer à memória dos possíveis clientes momentos felizes da vida passada, mas próxima, destes...


...e, reparando no título da intérprete de um dos números de então, me surge como muito possível acicatar a curiosidade de um Outro Grande Bloguista, fazendo imaginar que estará em cena um sucedâneo dentro da mesma linha...
As Senhoras poderiam divertir-se com os trapinhos das frequentadoras, os homens com realidades mais despojadas!
Mãos, digo talheres, à obra!