quarta-feira, 11 de abril de 2007

A Parábola do Figueira

Durante o Período Pascal fazia todo o sentido recordar a Parábola da Figueira, a propósito dos Sinais da Salvação que teimavam em escapar a muitos, melhores do que nós, até. Decorrido, em mais um ano, esse momento de reflexão, a ninguém admirará que saúde a aparição como Comentador deste espaço do Sr. Oliveira da Figueira, publicando uma foto integrável no campo que blogosfericamente o celebrizou, também susceptível de dela se extrair grande moralidade:
Não se deve abdicar de querer chamar a Esta um Figo: Helen Swedin, Madame Figo, casada com o ex-capitão da Selecção Nacional.

7 comentários:

Oliveira da Figueira disse...

Um “figo” chamaria
A tão boa companhia,
Se Vossa Senhoria
A tal me permitiria!...

Uma Parábola Lhe contaria
Se Ela me quisesse escutar.
Também um criado seria
Para em tudo Lhe agradar!

Venha Don Çamorano
Dar a Sua opinião,
Belle de Jour, todo o ano
Belíssima sem contestação?

Répobro Senhor Ilustre
Permiti-me este cuidado,
Por muito que me custe
Desejá-La não é pecado!

Anónimo disse...

Tanto el Portugués Universal (Figo) con Helen , como el Gallego Universal (Julio Iglesias) con Miranda, han demostrado buen gusto........

Anónimo disse...

Lá que a rapariga é linda é um facto. E que tem um corpo escultural também é verdade. E que o Figo esmerou-se e acertou na escolha de uma companheira para a vida (normalmente isto acontece, salvo as excepções que confirmam a regra, nos casamentos entre nórdicas e latinos e estou a lembrar-me de uns poucos do mundo do espectáculo, o que à partida pareceria estranho dado que as mulheres originárias desses países, pela sua própria cultura, tenderíam a ser volúveis relativamente ao casamento, o que não se verifica de todo) também é uma realidade.

E que o querido Júlio Iglésias - uma das pessoas do mundo do espectáculo mais simpáticas, educadas e amáveis que existem - também acertou desta vez e merece-o sem dúvida pela pessoa que é, é outro facto indesmentível. Sendo esta sua mulher muito embora uma holandesa, tem (têm) muitas das qualidades das suas 'colegas' nascidas nos países escandinavos. Conheço pessoalmente algumas holandesas que atestam à maravilha esta realidade aparentemente contraditória.

Curiosamente (ou não) e entrando noutro polo, as mulheres inglesas por exemplo e no geral - e aqui estamos perante uma realidade oposta no que à fidelidade diz respeito, daí que muitos ingleses e até alemães, prefiram casar-se com mulheres latinas se quiserem matrimónios minimamente duradouros (e elas, inglesas e até alemãs, o prefiram com latinos, mas por outros motivos, sobretudo as inglesas, que não terão muito a ver com a durabilidade dos ditos), isto foi-me confessado com uma sinceridade absolutamente desarmante pelos maridos de duas amigas portuguesas, uma casada há muitos anos com um inglês d'origem escocesa e outra casada também há muitos anos, com um alemão residente em Inglaterra desde muito novo - são exactamente o oposto relativamente aos sentimentos que nutrem pelo vínculo sagrado que é (deveria ser) o matrimónio. Isto é, não lhe dão qualquer importância.

Nos Estados Unidos passa-se algo semelhante entre os matrimónios, mas neste caso relativamente às religiões. Por exemplo, os judeus não ortodoxos (salvo excepões, que as há e muitas) preferem, se fôr esse o caso, casar com católicas de origem latina ou não, desde que católicas, prataticantes ou não - irlandesas, inglesas, mesmo norte-americanas - por uma questão de fidelidade conjugal e estabelidade matrimonial. E elas, judias não ortodoxas, preferem exactamente o mesmo tipo de conjuge, ou seja, latino ou se o não fôr, católico. E normalmente em ambos os casos estas uniões perduram embora, diga-se em abono da verdade, mais nos casos deles do que nos delas e isto porque elas têm um feitio mais arrevesado... As mulheres católicas têm mais paciência para o suposto (e em muitos casos, real) mau feito dos homens judeus, ao passo que as não católicas, neste caso judias mas não ortodoxas, repito, têm um feito levado da breca e nenhuma paciência para aturarem muitos anos maridos de quaisquer religiões, a sua própria ou outras - foi-me transmitido por elas próprias numa pesquisa feita por mim há muitos anos. Mas isto é perfeitamente perceptível para quem está de fora (mas que com eles tem estreitas relações d'amizade), o que não invalida que sejam pessoas com algumas qualidades intrínsecas extraordinárias mas igualmente com defeitos de carácter muito acentuados dificilmente suportáveis e por eles próprios reconhecidos. Conheço vários casais norte-americanos, mas também um judeu-polaco casado com uma italiana e bem mais velho do que ela, possuidores destas particularidades indiossincráticas, de quem aliás sou amiga desde sempre, que o atestam. E nem por isso deixo de o ser. Amiga deles, quero eu dizer.

Cumprimentos.
Maria

Anónimo disse...

"... feitio", claro.

Maria

O Réprobo disse...

Claro que não, eminentíssimo Sr. Oliveira da Figueira! Não fora tratar-se de uma Senhora casada e atrever-me-ia a dizer que a água na boca por ela despertada nos faria antevermo-nos, uma fez saciados, com uma parábola (estomacal) similar à do Meu Ilustre Amigo!
Abraço

O Réprobo disse...

Caro Çamorano,
Caso para dizer que a cultura Galaico-portuguesa voltou à mó de cima, aproveitando toda a poesia que se desprende do vento do Norte!
Abraço

O Réprobo disse...

Obrigado por distinguir este maldito poluidor blogosférico com tão interessante comentário, Maria. Curiosíssima essa força de coesão matrimonial da diversidade de proveniências dentro do casal. Há, evidentemente, a considerar sempre o elemento de novidade presente em qualquer exotismo, mas parece estar para além disso. Talvez algum cansaço do que se conhece, somado às desilusões que se viveram com o que se tem à porta de casa?
Beijinho