A Parábola do Figueira
Durante o Período Pascal fazia todo o sentido recordar a Parábola da Figueira, a propósito dos Sinais da Salvação que teimavam em escapar a muitos, melhores do que nós, até. Decorrido, em mais um ano, esse momento de reflexão, a ninguém admirará que saúde a aparição como Comentador deste espaço do Sr. Oliveira da Figueira, publicando uma foto integrável no campo que blogosfericamente o celebrizou, também susceptível de dela se extrair grande moralidade:
Não se deve abdicar de querer chamar a Esta um Figo: Helen Swedin, Madame Figo, casada com o ex-capitão da Selecção Nacional.
Não se deve abdicar de querer chamar a Esta um Figo: Helen Swedin, Madame Figo, casada com o ex-capitão da Selecção Nacional.
7 comentários:
Um “figo” chamaria
A tão boa companhia,
Se Vossa Senhoria
A tal me permitiria!...
Uma Parábola Lhe contaria
Se Ela me quisesse escutar.
Também um criado seria
Para em tudo Lhe agradar!
Venha Don Çamorano
Dar a Sua opinião,
Belle de Jour, todo o ano
Belíssima sem contestação?
Répobro Senhor Ilustre
Permiti-me este cuidado,
Por muito que me custe
Desejá-La não é pecado!
Tanto el Portugués Universal (Figo) con Helen , como el Gallego Universal (Julio Iglesias) con Miranda, han demostrado buen gusto........
Lá que a rapariga é linda é um facto. E que tem um corpo escultural também é verdade. E que o Figo esmerou-se e acertou na escolha de uma companheira para a vida (normalmente isto acontece, salvo as excepções que confirmam a regra, nos casamentos entre nórdicas e latinos e estou a lembrar-me de uns poucos do mundo do espectáculo, o que à partida pareceria estranho dado que as mulheres originárias desses países, pela sua própria cultura, tenderíam a ser volúveis relativamente ao casamento, o que não se verifica de todo) também é uma realidade.
E que o querido Júlio Iglésias - uma das pessoas do mundo do espectáculo mais simpáticas, educadas e amáveis que existem - também acertou desta vez e merece-o sem dúvida pela pessoa que é, é outro facto indesmentível. Sendo esta sua mulher muito embora uma holandesa, tem (têm) muitas das qualidades das suas 'colegas' nascidas nos países escandinavos. Conheço pessoalmente algumas holandesas que atestam à maravilha esta realidade aparentemente contraditória.
Curiosamente (ou não) e entrando noutro polo, as mulheres inglesas por exemplo e no geral - e aqui estamos perante uma realidade oposta no que à fidelidade diz respeito, daí que muitos ingleses e até alemães, prefiram casar-se com mulheres latinas se quiserem matrimónios minimamente duradouros (e elas, inglesas e até alemãs, o prefiram com latinos, mas por outros motivos, sobretudo as inglesas, que não terão muito a ver com a durabilidade dos ditos), isto foi-me confessado com uma sinceridade absolutamente desarmante pelos maridos de duas amigas portuguesas, uma casada há muitos anos com um inglês d'origem escocesa e outra casada também há muitos anos, com um alemão residente em Inglaterra desde muito novo - são exactamente o oposto relativamente aos sentimentos que nutrem pelo vínculo sagrado que é (deveria ser) o matrimónio. Isto é, não lhe dão qualquer importância.
Nos Estados Unidos passa-se algo semelhante entre os matrimónios, mas neste caso relativamente às religiões. Por exemplo, os judeus não ortodoxos (salvo excepões, que as há e muitas) preferem, se fôr esse o caso, casar com católicas de origem latina ou não, desde que católicas, prataticantes ou não - irlandesas, inglesas, mesmo norte-americanas - por uma questão de fidelidade conjugal e estabelidade matrimonial. E elas, judias não ortodoxas, preferem exactamente o mesmo tipo de conjuge, ou seja, latino ou se o não fôr, católico. E normalmente em ambos os casos estas uniões perduram embora, diga-se em abono da verdade, mais nos casos deles do que nos delas e isto porque elas têm um feitio mais arrevesado... As mulheres católicas têm mais paciência para o suposto (e em muitos casos, real) mau feito dos homens judeus, ao passo que as não católicas, neste caso judias mas não ortodoxas, repito, têm um feito levado da breca e nenhuma paciência para aturarem muitos anos maridos de quaisquer religiões, a sua própria ou outras - foi-me transmitido por elas próprias numa pesquisa feita por mim há muitos anos. Mas isto é perfeitamente perceptível para quem está de fora (mas que com eles tem estreitas relações d'amizade), o que não invalida que sejam pessoas com algumas qualidades intrínsecas extraordinárias mas igualmente com defeitos de carácter muito acentuados dificilmente suportáveis e por eles próprios reconhecidos. Conheço vários casais norte-americanos, mas também um judeu-polaco casado com uma italiana e bem mais velho do que ela, possuidores destas particularidades indiossincráticas, de quem aliás sou amiga desde sempre, que o atestam. E nem por isso deixo de o ser. Amiga deles, quero eu dizer.
Cumprimentos.
Maria
"... feitio", claro.
Maria
Claro que não, eminentíssimo Sr. Oliveira da Figueira! Não fora tratar-se de uma Senhora casada e atrever-me-ia a dizer que a água na boca por ela despertada nos faria antevermo-nos, uma fez saciados, com uma parábola (estomacal) similar à do Meu Ilustre Amigo!
Abraço
Caro Çamorano,
Caso para dizer que a cultura Galaico-portuguesa voltou à mó de cima, aproveitando toda a poesia que se desprende do vento do Norte!
Abraço
Obrigado por distinguir este maldito poluidor blogosférico com tão interessante comentário, Maria. Curiosíssima essa força de coesão matrimonial da diversidade de proveniências dentro do casal. Há, evidentemente, a considerar sempre o elemento de novidade presente em qualquer exotismo, mas parece estar para além disso. Talvez algum cansaço do que se conhece, somado às desilusões que se viveram com o que se tem à porta de casa?
Beijinho
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