quinta-feira, 14 de junho de 2007
Míngua da Sogra

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12:39
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Atalhos: Actualidade, Família
Perplexidade Absurda?
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11:23
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Atalhos: Actualidade, Poder
Os Caçadores de Recompensas
Mercenários Recebendo a Paga

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Atalhos: Actualidade, anti-desportivismo, Capitalismo
Indício de Vilania

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Atalhos: anti-desportivismo, Benfica
quarta-feira, 13 de junho de 2007
Prefácio à Cirrose

Ouvi os sábios todos discutir,
Podia todos refutar a rir.
Mas preferi, bebendo na ampla sombra,
Indefinidamente só ouvir.
Manda quem manda porque manda nem
Importa que mal mande ou mande bem.
Todos são grandes quando a hora é sua.
Por baixo cada um é o mesmo alguém.
Não invejo a pompa e ao poder,
visto que pode, sem razão nem ser.
Obedece, que a vida dura pouco
Nem há por isso muito que sofrer.
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21:55
5
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Atalhos: Aniversário, Poesia
A Difusão da Santidade

Ora, transportando-me para o Século XX, ao ler um interessante artigo de Luís Chaves sobre «Tronos» Populares de Lisboa, no Dia de Santo António, caio boquiaberto perante a diferença de atenção que o actual regime dá às marchas que o ajudem a ir passando, subalternizando o antigo hábito de erigir altares ao Taumaturgo, que eram verdadeiras obras-primas de talento popular em aproveitar os pobres materiais de que se dispunha. O Estado Novo, a par da institucionalização da espectacularidade marchística, promoveu concursos que premiavam o esforço e engenho, publicitando-os. É estranho que um novo velho sistema, tão crítico da "actualização anestesiante do Pão e Circo", sempre pronto a invectivar os usos pretendidamente análogos de Fado, Futebol e Fátima tenha justamente opções de continuidade e esquecimento tão desproporcionadas. E ficando apenas o pedido infantil do imposto antoni(a)no, desprovido da referência espiritual legitimadora, é mais um triste passo na senda do materialismo...
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15:44
6
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Atalhos: Cristianismo, Tradição
Era Muita Fruta!

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14:56
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Atalhos: Actualidade, Desportivismo, Justiça
Je Maintiendrai entre os (outros) Hispanos
O nosso Amigo anda a postar pouco porque entretido em treinar muito, nas vésperas da travessia da fronteira...
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11:01
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terça-feira, 12 de junho de 2007
Os Nus e os Tortos

Pois agora o Lord Justice Richards, um dos mais importantes juízes ingleses, é acusado de exibicionismo dos respectivos genitais pela passageira de um comboio que o terá fotografado nessa postura. Por um lado salta à vista a nuance civilizacional e entre as Colónias e a Mãe-Pátria: numas o puritanismo, na outra a excentricidade. O certo é que o magistrado britânico pode alegar que o seu acto se insere numa tentativa de evitar ao sistema judicial inglês os embaraços comprovados pela experiência norte-americana citada. Desde que consiga ver reconhecida a sua identificação psíquica com a entidade que se espera que sirva. E, subsidiariamente, que, a pretexto da prova, a fruição da alegada ofendida terá atingido grau tal que a levou a imortalizar a imagem...
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18:12
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Atalhos: Actualidade, Justiça
Eu Hoje Adormecerei Assim
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16:21
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anátemas
Essência Para Abarcar


1ª Parte da divisão VIII do Poema parmenidiano, em tradução de José Cavalcante de Souza:
Só ainda (o) mito de (uma) via
resta, que é; e sobre esta indícios existem
bem muitos, de que ingenito sendo também é imperecível,
pois é todo inteiro, inabalável e sem fim;
nem jamais era nem será, pois é agora todo junto,
uno, contínuo; pois que geração procurarias dele?
Por onde, donde crescido? Nem de não ente permitirei
que digas e penses; pois não dizível nem pensável
é que não é; que necessidade o teria impelido
a depois ou antes, se do nada iniciado, nascer?
Assim ou totalmente é necessário ser ou não.
Nem jamais do que em certo modo é permitia força de fé
nascer algo além dele; por isso nem nascer
nem perecer deixou justiça, afrouxando amarras,
mas mantém; e a decisão sobre isto está no seguinte:
é ou não é; está portanto decidido como é necessário,
uma via abandonar, impensável, inominável, pois verdadeira
via não é, e sim a outra, de modo a se encontrar e ser real.
E como depois pereceria o que é? Como poderia nascer?
Pois se nasceu, não é, nem também se um dia é para ser.
Assim a geração é extinta e fora de inquérito perecimento.
Nem divisível é, pois é todo idêntico;
nem algo em uma parte mais, que o impedisse de conter-se,
nem também algo menos, mas é todo cheio do que é,
por isso é todo contínuo; pois ente a ente adere.
Por outro lado, imóvel em limites de grandes liames
é sem princípio e sem pausa, pois geração e pensamento
bem longe afastaram-se, rechaçou-os a fé verdadeira.
O mesmo e no mesmo persistindo em si mesmo pousa,
e assim firmado aí persiste; pois firme a Necessidade
em liames (o) mantém, de limite que em volta o encerra,
para ser lei que não sem termo seja o ente;
pois é não carente; não sendo, de tudo careceria.
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14:35
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segunda-feira, 11 de junho de 2007
Céu Em Jogo

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19:48
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O Ovo ou a Galinha?
Foi preciso chegar a esta provecta idade para determinar a precedência: A galinha, claro, o ovo até pode rolar mais, mas é insusceptível de requebros após sair da casca...
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19:35
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Arquétipo da Ambição

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18:00
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Atalhos: Ética, partidocracia
O Homem Sem Qualidades
Agora por sufrágios, os resultados eleitorais belgas dão como provável próximo premier um homem que não fascina ninguém, aborrecido e péssimo orador, Yves Leterme. Quase faz pensar que guindado à governação por prometer a cada região aquilo de que cada uma está mais ávida: trabalho e dinheiro à Valónia, piadas sobre os francófonos aos Flamengos e fidelidade canina à UE a essa Bruxelas que não prescinde da aparência de importância que a eurocracia lhe dá, lá residindo. Eu tenho explicação mais simples - oito anos de Verhofstadt deixam qualquer um deserto por algo diferente. É ele que verdadeiramente merece o título; e o político que, depois da higiene que limpou Berlusconi e Chirac, mais concorrência fazia ao Sr. Zapatero na irritação dos meus nervos. De vez em quando até uma eleição traz algo de bom!
Passando cá para o burgo, está esclarecido o mistério das declarações do nosso Sócrates que asseguravam não vir a haver perseguição a autores de piadas sobre a sua pessoa. Ele referia-se a esta. E já cumpriu!
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12:25
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Atalhos: Actualidade, Eleições, Sócrates
Vagas Eleiçoeiras

No resto, Madame Royal anda entretida em ser Presidente de alguma coisa, nem que seja do próprio partido, cargo a criar, para não afrontar demasiado o Primeiro-Secretário com quem partilha a vida, apesar de este poder vir a ser posto na alheta, caso aí uma metade do grupo parlamentar do PSF seja varrida da assembleia.
Ah! e o Sr. Bayrou? Pois, o MoDEM provou não ser o dispositivo adequado para ligar o Centrismo ao eleitorado.
Mas atenção, as votações mais expressivas são as que podem comportar maiores desilusões, apesar de o discurso unitário do momento me parecer merecedor de apreço. Não sei é por quanto tempo um regime de conflitos permitirá mantê-lo.
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11:49
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Os Lábios e a Lábia

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domingo, 10 de junho de 2007
E Se Toda a Gente Gostasse do Amarelo?

Para responder ao gosto esmerado do Mário:
perderíamos a Cameron Diaz a tentar lavar o que da cor sobrevive...
E aquele ar... próximo do de uma cena famosa de Meg Ryan, não?
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22:27
9
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Antes do Previsto
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13:15
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In-Vocação Nacional
No nosso País a Referência vinculante, contrariamente à prática governativa que, de tanto se tentar assemelhar à dos estranhos, passou a ser delegação dos interesses deles neste Ocidente Peninsular, manteve-se dirigida ao fenómeno cultural que detectou a nossa especificidade e permite nela buscar a reinvenção que nos torne dignos.
Neste pequeno folheto, o grande Espírito que foi Leite Pinto disse muito. Desde logo que Camões foi o primeiro poeta a ter a noção nítida de que o Português é um homem de acção que busca no passado colectivo exemplos de actuação.

(...) um homem existe porque sabe que um dia deixará de existir e que esta certeza deve condicionar a sua actuação.
E para os que desprezam o Passado em nome dos antolhos que façam o burro a cuja encarnação nos candidatam andar para a frente, acrescenta - poderei dizer aos novos que as maneiras de viver e reagir à vida não são muitas; que com satélites artificiais ou sem eles, os homens têm sido sacudidos, séculos fora, por paixões de bem poucos tipos? Que para os jovens as situações parecem novas, mas que os velhos lhes encontram logo analogias nos anais da história?
E nega a erecção do conforto como critério tácito ou expresso do que deva ser o Norte do nosso agir, como no passo que segue:
Mais importantes que as técnicas - que só distinguem as culturas quando exclusivas; e hoje há pouquíssimas técnicas não divulgadas - é o valor dos homens que caracteriza uma cultura nacional.
Ora um homem não é um ser isolado nem faz parte de um vago rebanho humano disperso sobre a Terra. É, sim, um ente espiritual ligado espiritualmente a outros entes: uns, vivos, com os quais comunica; outros, mortos, dos quais recebeu como herança uma missão. A existência do homem, ente social, não pode divorciar-se da missão nacional que herdou.
A missão da Nação Portuguesa, nação servida por uma cultura complexa, tem sido a expansão do ideal cristão. Nisso só fomos acompanhados pelo grande e glorioso país irmão que é a Espanha. Mas a nossa missão cumpriu-se no Brasil, na África e no Oriente de maneira a criar no mundo uma comunidade com caracterísicas que não se encontram alhures.
E termina, sublinhando a diferença entre a epopeia ultramarina lusa e a colonização de outros povos, que a tinham por aspecto menor e secundário, enquanto que os Nossos projectaram o Espaço e a Biografia nacionais nos quatro cantos do Mundo. Do reflexo deles recebido se fazendo, acrescento. Na frase lapidar do Autor, os Portugueses criaram amorosamente novos Portugais.
Ainda não é impossível recriar um Portugal novo, sobretudo quando confrontado com a decrepitude do sistema que diariamente nos desgosta. Desbaratado o Império por gente sem dimensão para entender e prezar a dele, podemos agarrar-nos à axiologia perene que os nossos Avós construíram, e, no pequeno reduto que nos resta, redimirmo-nos pela fidelidade a algo maior do que conveniências e imitações imediatas. De modo a que Aqueles que caíram em nome dessa Herança recuperem plenamente o papel de traço-de-união entre Os que nos fundaram e o que podemos voltar a ser.
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11:18
13
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Atalhos: Aniversário, Destino, História, Tradição
sábado, 9 de junho de 2007
Deve Estar Por Aí
Chegada a data prevista, por curiosidade também um Sábado, segue a «Construção», do Chico Buarque, como homenagem à Maria, Que a trouxe à nossa lembrança.
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22:28
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O Prejuízo da Certeza

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21:45
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Aggiornamento
Com tanta tinta a correr por causa do casório próximo, esta «Green Light» pode bem ser a que mande avançar para a substituição do estribilho da célebre marchinha de Carnaval por "Ai Beyoncé Beyoncé". Ora tentem:
Ô balancê balancê
Quero dançar com você
Entra na roda morena pra ver
Ô balancê balancê
Quando por mim você passa
Fingindo que não me vê
Meu coração quase se despedaça
No balancê balancê
Você foi minha cartilha
Você foi meu ABCE
por isso eu sou a maior maravilha
No balancê balancê
Eu levo a vida pensando
Pensando só em você
E o tempo passa e eu vou me acabando
No balancê balancê
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Raízes da Vida

Mas sei que muitos Outros procurarão na verdejante parte da Criação o interlocutor idealizado que permita aliviar mágoas só convencionalmente confessadas. E Nesses mesmo descortino algo de louvável, na medida em que a confidência às ramagens protectoras e vetustas é mediocridade muito menor que o desabafo que tome por destinatário outro ser humano, no que todos demasiadas vezes caímos. Mas, por muito que pareça de evitar a construção de sucedâneos espúrios, como no poema que segue, a credibilidade do tom transmissor da desilusão salva muito do que, por artificialismo alternativo, doutra forma se perderia.
De António Alves Martins:
SONETO
Sempre o meu coração tem encontrado
Nas árvores, nos montes - na paisagem,
Da mais enternecida à mais selvagem -
O que outros corações lhe têm negado.
Quem dá melhor consolo ao meu cuidado,
Melhor escuta a minha linguagem
Do que as falas poéticas da aragem
E o silêncio dos campos derramado?
O que sente, o que sofre, o que medita
É em ti, Natureza, que procura
O amparo ideal que necessita.
Sem teu amor, dando expressão e altura
A cada sentimento que a habita,
Seria sombra morta a criatura!
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14:18
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Atalhos: Condição Humana, Natureza, Poesia
(Er)Ramos?

Onde o debate, a meu ver, se deve centrar é no que julgo ser a indesejabilidade de criar uma divisória das Forças Armadas em que o opositor previsto possa situar-se dentro da comunidade nacional. E não creio que seja de seguir a experiência de Países que tomaram essa opção, como o Chile, com os Carabineros.
Aliás, sem objecções de peso equivalente, sou hostil a ramificações formais militares que não assentem na diversidade dos meios em que actuam, Terra, Ar e Mar. Por isso acho um erro ter-se dado esse estatuto aos Marines, que deveria ter-se limitado ao de uma tropa especial, especialíssima mesmo, da Marinha Norte-Americana. Por essa razão também desaprovei a passagem dos paraquedistas da Força Aérea para o Exército, em Portugal. Acredito que um "quarto ramo" só se justificará no caso dos Estados que acedam a uma presença militar no Espaço Exterior.
Mas o argumento de fazer a unidade coincidir tanto quanto possível com a Comunidade Nacional deve ser sempre o critério que nos impeça de transformar um ramo de ouro num ramo murcho.
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13:13
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Atalhos: Actualidade, Poder, Polícia
sexta-feira, 8 de junho de 2007
O Sagrado e o Profano

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20:58
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Globalização no Seu Melhor

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20:37
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Atalhos: Actualidade, Música
A Azia e o Mundo

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18:40
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Atalhos: Actualidade, Relações Internacionais, Saúde
quinta-feira, 7 de junho de 2007
É Bom Saber
, logo existo. Obrigado Lady T, ajoujada ao peso do Saber transaccionado.
Cinco Pensadores blogosféricos?
O Impensável, para contradizê-lo.
O Animador da Gazeta da Restauração, cada post o comprova.
Interregno, na esperança de fazer o JSM brindar-nos ainda com mais do Seu Espírito.
O Je Maintiendrai, conhecido pelo facto em todas as mesas do Oriental.
O Mário, sem concessões à respeitável mas destrutiva voz do Sr. Oliveira da Figueira.
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21:02
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O Adro e o Andor

De Julieta Ferrão in «Procissões e Cultos de Lisboa», Olisipo Ano XV Nº58 Abril 1952
Que diferença, entre a devoção e proeminência de Outrora e o canto noticioso dos nossos dias! Data tão importante celebrada em tempos com desfile tão notório e concorrido e remetida hoje para referências apressadas à justificação do feriado! Mas não admira esssa diferença de reacções de uma Lisboa que dantes se unia com toda a transversalidade do Mundo na tentativa de salvação das almas e hoje se desarticula em esquartejamentos partidários e outros a eles reactivos, no sentido de tentar safar o seu empobrecido corpo, bem desbaratado, de resto, num acto que ainda no adro vai. Sintoma de decadência, decerto. Questão de regime e dos vícios que o conforto acarreta. Próprios de quem acredita que um pedaço de papel lhe trata da vida e desdenha a participação em festejos tradicionais religiosos como capaz de lhe melhorar maleitas mais duradouras e altas.
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20:20
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Atalhos: Cristianismo, História, Sociedade
Da Vita et Moribus

Sempre me impressionou grandemente a súplica de Príamo a Aquiles para que lhe entregasse o corpo do filho, Heitor, episódio aqui pintado por Gavin Hamilton. Ao menos, para alívio de todos os que vemos na Ilíada a acabada consagração da Grandeza, o implorado, depois do desvairo vingativo que o fez arrastar a carcaça do inimigo, não juntou à cólera o ódio da recusa idefinidamente prolongada. Homero, como a história, dá lições. Pena que não se atente nelas.

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18:39
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Atalhos: Actualidade, Ética, História, Poesia
A Sucessora

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18:27
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Ourivesaria Andante

Que tal este elegante cabochon de rubis e diamantes? Não combinaria a matar com a Beleza de Madame Bomba?
.

E esta tiara de pérolas e brilhantes? Além de ter o condão de recordar uma Amiga Comum, foi usada pela Consorte do Príncipe Herdeiro do Montenegro, o que pressagia o melhor para uma restauração da Coroa no País Balcânico, entretanto regressado à independência.
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12:03
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A Culpa Morre Solteira
O Himeneu delícia Pré-Rafaelita de Edward Burne-Jones

Eu cá posso bem sobreviver com uma legalização dessas. Desde que a Santa Madre Igreja não estenda, também Ela, essa modalidade ao casamento católico. Até me dava um certo gozo observar muito boa gente a quem a perspectiva repugna, mas que não é sensível ao decadente que é a imitação de milésima ordem de um matrimónio celebrado por um agente da República, ver a dita abençoar parzinhos destes. Fora de brincadeira, a carga de responsabilidade de uma ruptura poderia, historicamente, esperar sanção, mas noutro sentido. A menos que quem opte por essa via queira fazer um upgrade da conversa fiada "sou, mas sou assumido" para "sou, mas sou de papel passado". O que em nada melhora a situação.
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11:03
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Atalhos: Actualidade, casamento homossexual, Justiça
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Falcão Com Pés de Barro

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13:07
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Atalhos: Actualidade, terrorismo
A Via e a Vontade

De Luís Veiga Leitão
Quem escolhe o caminho das pedras
Quem escolhe o caminho das pedras
foge à fascinação do fácil
Quem escolhe o caminho das pedras
sabe de cor a cor do sangue
Quem escolhe o caminho das pedras
nada quer para tudo ser
Quem escolhe o caminho das pedras
ama o amor na raiz do lume
Quem escolhe o caminho das pedras
equilibra-se nos fios da morte
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12:25
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terça-feira, 5 de junho de 2007
Sem Encaixe

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19:16
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Atalhos: anti-desportivismo, Benfica
O Duque em terra pobre

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Atalhos: Livros
O Buzinão Segundo Lino
Até fornece uma boa desculpa para não comentar, pois fazê-lo seria invadir a privacidade dos camelos...
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segunda-feira, 4 de junho de 2007
Carolina Chérie

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Atalhos: Eleições
A Carta Roubada

Aniversário muito menos estimável do que o anterior, o da outorga da Carta Constitucional por Luís XVIII, em 4 de Junho de 1814. Cntaminado pelos fundamentos do Liberalismo, acabaria a restauração Borbónica no Trono por ser apenas uma máscara de beleza enganadora para o rosto devastado do País dominado pelos partidos e pelo dinheiro. Mais do que os poderes concretos atribuídos à Câmara Eleita - que não eram muitos -, a cedência no princípio de partilha da função legislativa entre Soberano e eleitos, como a amnistia dos Revolucionários, constituía uma legalização da rebelião, apenas susceptível de ser ultrapassada se a decisão residisse em mãos hábeis e fortes. Aquele Rei não as tinha e ficaria para sempre estigmatizado por dever o regresso e a Coroa às tropas russas, como pelo desprestígio de ser visto demasiado de costas, impressão consagrada num célebre filme de Gance. Os Legitimistas, desautorizados, ficariam remetidos a lutas importantes mas menores como a suavização do aspecto censitário do sufrágio, imposta pela Burguesia parisiense liberalona que, assim, desejava perpetuar a sua imagem de exclusiva força viva da Nação. Galicanismo, irreversibilidade da expropriação dos bens clericais, centralização governativa, recusa de regresso à enformação orgânica do Estado, mitificação do Exército segundo a estruturação republicano-napoleónica, nada faltava para sublinhar o erro maior, o da concessão de um forum em que o encarrilamento pelos gangs de cumplicidades que são os grupos partidários triunfasse. Daí para cá o Mal não conseguiria ser revertido, com carácter de permanência. Era a traição à Constituição Essencial da França, assim alienada num pedaço de papel, disfarçado pelas pinceladas cortesãs.
Auxílio do Calendário

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14:22
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Atalhos: Mulher
Lobo Entre Nus

Mas há a vertente que aborde a Essência do modelo. A reprodução de um corpo sem trapos é, ou deve tender a uma verdadeira expressão de reconhecimento do que haja de único no Ser que ele também constitui, como um acto de amor do Artista que se comunique ao fruidor pela emoção que lhe cause. Desafio alguém a encontrar tais atributos em tomadas como a que encima, mero rebanho sem o que mais cativante há nos agrupamentos de ovinos, ainda que tosquiados - a inocência.
Sou contra!
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12:47
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Atalhos: Ética, Fotografia
domingo, 3 de junho de 2007
Sob o Jugo do PS
Com a descoberta do plano de destruição por terroristas do aeroporto americano John F. Kennedy, parece exigível que o regime socrático leve às últimas consequências o pensamento do Dr. Almeida Santos sobre o perigo das pontes como alvos; e que pense em aplicar todos aqueles milhões num sistema de transporte de desmaterialização à partida e seu reverso no destino, como os que fizeram as delícias da minha infância em «Star Trek» e «The Tomorrow People».
Ou então contratar como segurança o personagem interpretado por Bruce Willis...
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20:06
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Deve & Haver

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Louvor Duma Negritude
Nada como um Domingo para postar Bach, o que, no caso vale como complemento da borradela anterior: A «Cantata do Café», que julgo saber, terá inspirado, com título homónimo, uma composição do contemporâneo francês Philippot, com a letra que segue, de Guilherme de Figueiredo, que atesta a vocação do café para instrumento de galanteria:
Ao português Sargento Palheta
Disse a Comandante D´Orvilliers,
Na Guiana, durante uma retreta:
- Prennez, Monsieur, un´ tass´ d´ café.
C`est du Moka, vous le voyez?
E o Sargento, com voz discreta:
- Il a la couleur d´ vos yeux.
Pas besoin d´ sucre, c´est mieux.
E a Senhora Comandante
Gentil como toda francesa
Deu-lhe em lembrança do instante
Uns grãos que estavam sobre a mesa.
E deu-lhe mais: por sobre a taça
Deu-lhe o mais negro e intenso olhar.
E no jardim deu-lhe sua graça
E o português se fez ao mar.
O português se fez à vela
Trazendo à costa do Brasil
Os olhos de sua bela,
A bela de olhar gentil.
E espalhou os olhos dela
No chão do novo país
Daí por diante as saudades dela
É nossa História quem diz.
Algum dos meus Melómanos Amigos me ajuda a desencantar a melodia philippotiana? Do YouTube não consta...
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Borras do Êxtase

O certo é que só posso tomar um por dia, o do almoço, evidentemente. A menos que vá para os copos em boa companhia, caso em que ainda me permito um à janta. Qualquer acréscimo tem como consequência as voltas na cama que me impedem de esquecer o que sou, quer dizer uma das mil e uma formas possíveis da Infelicidade.
Por isso entendo a concepção que se gerou no Século XVI, em que, muito por obra de a introdução do magnífico líquido ter transitado pela ameaçadora e infiel Turquia, os mais vigilantes activistas da Cristandade encararam esse excitante néctar como a alternativa que Satanás procurava propiciar à fraqueza humana para desviar a Espécie do consumo do vinho, susceptível, pela Consagração, de se tornar no Sangue de Nosso Senhor. E por isso entra na minha galeria de Figuras Exemplares o Papa Clemente VIII, o qual, em 1594, decidiu a questão: após provar a negra maravilha, baptizou-a e terá dito que algo tão agradável não poderia ser propriedade exclusiva do Demónio, sendo que, como o poder da Igreja de Cristo é superior ao do Maligno, ficaria, de aí em diante a bebida a ser também património dos Cristãos.
Esta expropriação do Adversário é exemplar a todos os títulos: Não se abdica da Experiência, a qual tenho por imprescindível, ainda que sob a forma de observação, modalidade de empirismo que assenta nas perdas, danos e riscos a suportar por outrem. Mas não se cai na pecha do experimentalismo em que se faça a comunidade perigar, como acontece com tantas tentativas de implantação política, oferecendo-se o Vigário de Deus para a perigosa prova. Feita esta, houve o cuidado de não fundamentar estritamente no vivido a decisão, mas, sabiamente, de articulá-la com a fundamentação absoluta da distinção entre Bem e Mal, como na Superioridade do Lado da Divindade. Eis como o gosto se oferece para cingir as vestes de tratado de Teologia.
Entretanto, também economicamente, há um dever de nos cafeizarmos um pouco: trata-se da segunda substância mais transaccionada mundialmente, depois do petróleo; e não se presta a chantagens de nenhum cartel de produtores, ao contrário da ameaça perene da OPEP. Além de ser peça essencial no diálogo Norte-Sul. O melhor que me passou pela boca comprei-o numa loja especializada e era, em porções pensadas pela casa, uma mistura de produções de Timor, de África e do Brasil.
O Venerando Pontífice tinha razão!
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Atalhos: Bebidas, Cristianismo
sábado, 2 de junho de 2007
Advogado do Diabo

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Atalhos: Relações Internacionais, Sócrates
A Fusão Impossível

De Humberto de Betencourt (Micaelense), dedicado aos meus Leitores Açoreanos, Conterrâneos dele:
O Amor e a Saudade
Do mesmo beijo nasceram
-Quem diria?!-
Amor e Saudade, um dia...
Como gémeos receberam
Baptismo na mesma pia.
Mas, logo vário destino,
Sem piedade,
Os fadou de tenra idade...
O Amor ficou pequenino,
Cresceu imenso a Saudade.
E assim, no correr da vida,
Não minguou,
Antes até aumentou
Aquela díspar medida
Que de berço os estremou.
Era o Amor folgazão,
Estouvado...
A Saudade, por seu lado,
Muito ao invés do Irmão,
Sempre fechada em cuidado...
Nunca a via rir ninguém,
Nem folgar...
E tinha expressão de quem
Curte indizível pesar
Ora uma vez, que o Amor,
À carreira,
Doidejava em brincadeira
Deu-lhe nos olhos tal dor
Que o mergulhou em cegueira!
Correndo a Irmã a ampará-lo,
Dar-lhe ajuda
Em provação tão aguda,
Colheu um tamanho abalo
Que, coitada, ficou muda
E nesse transe, para os dois
Tão fatal,
Ainda mais desigual,
Mais vário traçou depois
O fado de cada qual.
Desde então, mais divergentes
Se tornaram...
Sorte diversa penaram,
Um do outro sempre ausentes,
nunca eles mais se encontraram!
Soube-se que o Amor, uma vez,
Se finara
Como dum mal que não sara...
Mas que a Saudade, em mudez,
Sempre a chorá-lo, ficara!...
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O Réprobo
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14:57
8
anátemas
sexta-feira, 1 de junho de 2007
A Dopagem dos Convívios

O que nós temos como prescrição utilitária de conduta é visto em França como pura arte. Coisa bem desenvolvida nesta obrita, escrita sumptuosamente, em que Hermant relata como, em Itália, travou conhecimento com Médisance, elle-même, aparecida e tagarelando sob feminina forma alegórica. A defesa que de si faz é convincente, declarando-se essencial ao interesse da conversação neste Ocidente em que as gentes reunidas conversam obrigatoriamente, mesmo que nada tenham a dizer umas às outras, ao contrário dos Asiáticos que se permitem encontrar-se e permanecer em silêncio; pintando-se como morena picante, quando a sua melhor amiga, a neologística "Bem-Dicência" seria uma loura bela mas desmaiada e enjoativa.
Os pontos nos ii continuam a ser postos quando se revela como irmã gémea da Ironia e separa as águas, demarcando-se da Calúnia, porque, ao contrário desta, a nossa amiga seria desinteressada e, nessa medida, não-integrante do Ódio. Quando o Autor, em Cardeal Diabo revestido, lhe atira que o pretendido papel catártico que desempenharia não passa de um remédio homeopático, recebe a resposta de que o essencial é que cure, tal a missão aristotelicamente outorgada a trágicos e cómicos por Aristóteles.
Momento maior é aquele em que diz só os gauleses estarem predestinados a ela, eliminando-se de Alemães, por banalidade, Ingleses, por espírito positivo, Norte-Americanos, por inocência, Escandinavos, por puritanismo e Italianos... por levarem o amor demasiado a sério.
Dos Lusos não fala. Mas é de crer que a nossa proverbial fidelidade à dama que é não seja de molde a estimular o reconhecimento desta vivaça amante das relações movimentadas!
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O Réprobo
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19:36
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anátemas
Atalhos: Livros
O Rival
Preocupado com a atenção que outras criaturas misteriosas e míticas como os camelos da Margem Sul do Tejo, estão a despertar, o Monstro do Lago Ness voltou a fazer das suas e a permitir que o filmassem, coisa que em nunca antes havia consentido tanto. Mas não chega, pobre amigo. Para recuperar a primazia perdida é preciso ter como agente um Lino...
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O Réprobo
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12:51
2
anátemas
Leituras de Adorno

Tempos houve em que a condição de ornato era assumida, como no Retrato de Lady Speke, de 1592, aqui junto, em que as páginas encadernadas em ouro esmaltado rematavam o pendente e constituíam uma verdadeira jóia. Sem esta magnificência, as folhas de hoje, na medida em que as obriguem ao ócio, não chegam a pechisbeque.
E quero ver quantos Leitores virão dar, enganados, a este desabafo, por o título que escolhi apelar descaradamente aos nostálgicos da Escola de Frankfurt...
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O Réprobo
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11:57
6
anátemas
Atalhos: Livros