quinta-feira, 14 de junho de 2007

Míngua da Sogra

Depois da revolta das sogras que levou a retirar do mercado um anúncio da Peugeot em que era sugerido por um marido à Mulher o alívio do peso do carro pela junção da Mãe dela a um acervo de trastes prescindidos, deitei-me a pensar em como na minha esfera amical não há tensões entre genros e progenitoras das caras metades, o mesmo já não podendo dizer do que se passa com algumas noras que conheço. Seja como for, o desapreço enunciado faz parte do folclore universal. Variam é as maneiras de o resolver: Ficou célebre no começo da década de sessenta do Século XX o expediente de um mecânico egípcio, Abd-al-Mutalib, nome compartilhado com o do Tio do Profeta, que mandou a Mulher para uma cura, aproveitando para casar com a Mãe dela, apenas a segunda das quatro consortes permitidas. A sua argumentação era muito lógica: disse pensar que com tal matrimónio a sogra não o maçaria mais e que, como era boa cozinheira, poderia gozar a juventude da filha e a cozinha materna. Além de "que gostava realmente de ambas". Quem não gostou do caso foi a primeira desposada, a qual pediu a anulação do enlace. Desconheço impedimentos islâmicos aplicáveis, pelo que a melhor argumentação teria sido a de que, ao dar o nó, a rapariga esperara livrar-se da proximidade que, pela segunda boda, seria reintroduzida, frustrando as suas legítimas expectativas...

4 comentários:

Ingrhid Carol disse...

aháhahahah... kkkkkkkk....

hehheheheh... mto comédia esse fato ai... ainda bem q a legislaçao brasileira proibe tal casamento, hehhehehe....

O Réprobo disse...

Oi Charlotte,
a monogamia, afinal, terá qualquer coisa de aproveitável...
O que me faz mais confusão é o estatuto com que a primeira mulher ficaria: enteada do marido?
Beijinho

Terpsichore Diotima (lusitana combatente) disse...

''qualquer coisa'' de aproveitável?

O Réprobo disse...

Querida Terpsichore,
vá-se lá saber o que espreita das subtilezas das cabeças maometanas...
Não posso pronunciar-me em circunstância minha, por inexistente, porém, no nosso País, o que vejo é genros apaparicadíssimos pelas Mothers in Law. Mais do que elas fizeram às filhas, por vezes. Já com as noras... Mas em brigas entre saias não me meto.
Beijinho