A Azia e o Mundo
Quero sossegar os Passantes, não foi gralha o resultado no título. Apesar de o tema postado ter a sua chave às portas da Ásia, no Azerbeijão, não é do enorme Continente que trato, mas da indisposição estomacal que atingiu o Presidente Bush no fim da cimeira. Duvido que alimentos mais escrutinados do que os que iam matando os susessivos provadores de Cleópatra tenham sido a causa. Essa residirá antes na resposta de Putin ao (bonito) serviço do senhor de Washington, expresso no plano de instalar neutralizadores de mísseis bem juntinho à Federação Russa. Às asinhas angélicas que sublinhavam ser o sistema defensivo, contrapôs o hábil epígono dos Czares uma proposta que, sem risco de descrédito, o seu homólogo não podia recusar: que fosse estendido de forma a abranger também a grande Nação Eslava. É tudo o que os Norte-Americanos, qualquer que seja a cor da administração, não querem. O seu jogo é manter o mais possível uma Europa unida mas sem Moscovo, de forma a permanecer aquela capital isolada e a não consentir uma coalizão que a integrasse, caso em que somando os recursos naturais e humanos do gigante euro-asiático à tecnologia e financiamentos da UE, se poderia estar perante um poder autónomo, capaz de consigo rivalizar. A Casa Branca precisa de um espantalho para agitar como perigo aos europeus, para se dar como aliança imprescindível. A junção de esforços numa defesa comum, circunscrevendo à periferia islamizada o perigo, não lhe serve. Nem um diplomata hábil que, pouco a pouco, assume a sua esfera de influência, como demonstra o uso descarado dos Azeris, cuja soberania fora previamente liquefeita pelo acordo dado de antecipada maneira pelo respectivo Chefe de Estado. Demasiado para o Novo Mundo Yank, ainda que por Texano guiado, digerir, com efeito.
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