Intercidades Santas
A 15 de Junho de 1994 era anunciado o estabelecimento de relações diplomáticas entre Israel e o Vaticano ao nível de Embaixada, satisfazendo uma longa pretensão do Estado Hebraico. Até essa data João Paulo II, que era não só grande Pontífice, como também Diplomata de valia, tinha resistido. Não, como se chegou a insinuar de alguns membros de Comunidades Judaicas mais impacientes, caso da americana, por alguma réstia de anti-semitismo de um Sucessor de Pedro proveniente do que é tido como o mais anti-semita dos povos europeus, acusação amplamente negada pelas contínuas condenações da perseguição que Wojtyla lavrara, nas sucessivas etapas da sua vida eclesiástica. Também não era qualquer benção à causa árabe, como atestava o reconhecimento de facto da criação de Ben Gurion e a expressão do apoio à existência da Nação de David com independência e segurança. O problema maior era o que é o busílis da área: Jerusalém, cuja tripla Santidade suscita à Santa Sé o desejo de um estatuto internacional que poderia brigar com a declaração do Knesset que a consagrava como capital una e indivisível. Separadas as águas nessa questão, restava a da prioridade entre o encetar de presenças de representantes ao mais alto nível, ou da negociação do estatuto dos Cristãos de Israel, por vezes injustiçados quanto a liberdade de religião, como à de ensino, e à fiscalidade. Mas a falar é que a gente se entendeu. Prouvera a Deus que outro tanto fosse possível com a outra grande Religião Monoteísta.
2 comentários:
Esta evocação fez reviver(mas está sempre presente!)a saudade de João Paulo II.
Sem desprimor para ninguém, era Especialíssimo. Como a Sua Memória continua a ser.
Beijo
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