Sem Fazer Ondas
A Ondas de Arnold Böcklin
Pronto, Nicolas Sarkozy lá tem a sua maioria, mas sem ser o vagalhão previsto, que lhe tinha permitido o sonho de surfar. De tanto tocar a rebate, o PSF conseguiu convencer os eleitores adversários de que eram "favas contadas", os seus da mobilização geral e os oscilantes da sua imprescindibilidade parlamentar. Resultado: obtiveram uns bons quarenta deputados de acréscimo, relativamente às últimas legislativas, entre os quais cinco dezenas de royalistes que pareciam ameaçados. Como o seu ex-qualquer coisa Hollande também meteu quase outros tantos partidários, provou-se que dois é bom, noventa e tal é demais; e o casal anunciou a sua separação.De resto importa parafrasear Bernanos: la majorité pour quoi-faire? O que mais me irrita nesta Direita é o primado do Económico sobre as questões político-morais, no discurso. Neste contexto dou graças aos Céus por ter sido derrotado Alain Juppé, a ponte que o Chefe de Estado queria fazer com o chiraquismo. Para além de me agradar ver um cúmplice de malfeitorias cadastradas obrigado politicamente à demissão, agora que o ex-presidente perdeu a imunidade, vislumbro, com este sinal, um encorajamento a que do Eliseu não venha, em caso de condenação, um qualquer perdão presidencial dum inimigo dentro do aparelho gaulista, em nome da "abrangência" - conceito estimável que poderia tornar-se uma fixação.
Resultados ontem corrigidos em baixa, como hoje o foi a cotação bolsística das acções do Benfica.
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