Arte e Manhas
Tendo acabado de receber da Câmara Municipal de Cascais o convite para a Exposição «Mar», versando parte da obra artística de El-Rei D. Carlos, senti de imediato vontade de reler este informativo opúsculo de Dias Sanches sobre o talento pictórico do Soberano. Escusado será dizer que quem se senta num trono deve ser ajuizado pelo que faz ou deixa de fazer nessa circunstância, não relevando para o aquilatar da sua acção outros talentos que possa ter. Mas esta regra de ouro foi voluntariamente infringida pelos façanhudos republicanos que, sem escrúpulo ou contenção, pegaram em todos os aspectos da vida pública ou particular do Chefe de Estado para O atacar. Guerra Junqueiro, perto do fim, viria a reconhecer a mentira sem fim que tinha propagado e propagandeado, dando-lhe o nome mais suave de «inexactidões». Também o Real Labor nas Artes Plásticas não escapou à sanha fundibulária do PRP & Associados, que fizeram espalhar ser o produto do augusto pincel retocado, leia-se corrigido, por Mestre Casanova. O Autor deste texto, fundando-se no grande José de Figueiredo, salienta que uma tal suspeita só poderia resultar de má-fé ou de eclipse crítico ditado pela ignorância de estilos tão desconformes. Mas pouco há a fazer, era um pioneiro exemplo da ética republicana.
O reconhecimento veio de prémios de certames exigentes e acima de qualquer suspeita, em republicaníssimos regimes, casos do Salão de Paris, Exposição do Rio de Janeiro e St. Louis. Ou do público conhecedor de Cádiz e da Exposição de Barcelona. Ou ainda um crítico na altura hostil, mas não tão desonesto como outros, no campo cultural, Fialho, que escreveu Pinta e muito bem, e só elle vale, n´esta exposição, quasi todo o Grémio Artístico. Como também o consagrou Ramalho; porém a ele, no momento em que o fez, já chamavam "talassa" a cada esquina.
Hoje dá-se a mão à palmatória e já se fala do mérito. Por que não? Está morto e já não custa...
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O reconhecimento veio de prémios de certames exigentes e acima de qualquer suspeita, em republicaníssimos regimes, casos do Salão de Paris, Exposição do Rio de Janeiro e St. Louis. Ou do público conhecedor de Cádiz e da Exposição de Barcelona. Ou ainda um crítico na altura hostil, mas não tão desonesto como outros, no campo cultural, Fialho, que escreveu Pinta e muito bem, e só elle vale, n´esta exposição, quasi todo o Grémio Artístico. Como também o consagrou Ramalho; porém a ele, no momento em que o fez, já chamavam "talassa" a cada esquina.
Hoje dá-se a mão à palmatória e já se fala do mérito. Por que não? Está morto e já não custa...
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16 comentários:
Depois, uma pormenorizada descrição da Exposição...
Abraço.
M
Ora não querem lá ver,
Visite-a se quiser saber.
Que grande descaramento,
É mesmo falta de tento!
Ó Sr.Oliveira da Figueira,desculpe lá,mas está sempre à perna do Mário!
Deixe que ele peça a tal descrição,ou vai-me dizer que quer que venha do Alentejo a Cascais para ver a exposição.Além de que assim todos poderemos "assistir"...
Não sei, Caro Mário, se terei arcaboiço para tanto. Vamos, no entanto, ver o que se pode arranjar.
Abraço
Então o Sr. Oliveira da Figueira virá das Arábias para fruir a arte régia? Cheira-me que estará mais interessado na colecção Berardo, os preços atingem soma mais alta...
Cristina,
entre nós que ninguém nos ouve, suspeito de que o Sr. Oliveira da Figueira vá tentar vender folhetos com descrição e crítica da exposição, não querendo concorrência, ainda que seja a minha fraca...
Beijo
Caríssima Cristina
O Grande Senhor desta Casa, que faz o favor de ser meu Amigo, sabe que o Sr. Oliveira da Figueira é a outra minha "metade".
E quando "ele" aparece é sinal que estou bem comigo próprio.
A paixão por Hergé fez com que "sonhasse" ser o Sr. Oliveira da Figueira.
E Bem Haja pela minha Defesa.
Cumprimentos.
Mário
Caro Paulo, o Sr. Oliveira da Figueira tem que ir por uns tempos vender a outra loja...
Abraço.
Mário
Cá para mim a Cristina também o sabe e quis jogar o jogo.
São Ambos imprescindíveis, agora é a vez de defender O. da F. da má vontade do Mário?
Caro Mário,
já,em sua casa,tomara conhecimento deste seu heterónimo Tintinófilo;mas que o mercador é muito metediço,é;está sempre a tentar fazer-lhe a vida difícil;o que lhe vale é que é simpático,e o Mário perdoa-lhe :)
Cumprimentos
A Vossa Casa voltarei
Sempre que me apetecer.
E mais Vos acrescentarei
Que é ele que irá desaparecer…
Ah!, ah!, ah!, sinceramente fico mais descansado…
Adoro o OF, e nunca esquecerei quando o nosso Querido Amigo lhe chamou “Língua de Trapos”.
De Antologia!
Cumprimentos aos Dois.
Mário
P.S.voltei cá porque fiquei com a impressão(confirmada)de que esquecera de pôr aspas em "heterónimo".
:)
:)
:)
Até que dou razão também ao Oliveira, sim senhora! :) (Não se trata de Senhora Oliveira? Honra a minha amada Atena... (Ai, que saudade!)
Mas enfim, mesmo vindo do Alentejo, ou seja de onde for, pela minha parte, nada nos impede de estar interessados no discurso que o Réprobo queira desenvolver DESENVOLVER sobre a pintura do Rei...
Uma arte não é a outra.
O pior é ser sucinto para quadrar na dimensão bloguística...
Beijinho
Cultíssima Terpsichore
Agradeço Vossas Palavras
Tão doutas e oportunas.
Calaste-o e bem calado
Agora que roa as unhas!...
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