sexta-feira, 29 de junho de 2007

Baixa Comédia

Mal vai um político quando desce à função - respeitável, desde que não passível de confusão com a sua - de entertainer. Eis uma gárgula de pirenaica igreja, representando entre os pecados ameaçadores os provenientes da proximidade de uma artista que diverte pela fala e pelas contorções. Precisamente o mesmo que fizeram George W. Bush e Fidel Castro, metendo a Divindade nas suas lamentáveis disputas. O Presidente Americano, com a atenuante de dizer Nele acreditar, terá prevaricado ao invocar o nome de Deus em vão, quando afirmou que «um dia o Senhor levará o cubano». Este, ateu, ao dizer que foi o Altíssimo «que o protegeu», poderá ser acusado pelos que dele não gostam, do Pecado contra o Espírito Santo, por atribuir a autoria de um mal ao Supremo Bem...

2 comentários:

Anónimo disse...

El "gallego" Castro, ateo al estilo de Buñuel, con citas en sus discursos a referencias religiosas católicas........

O Réprobo disse...

Caro Çamorano,
embora Mestre Buñuel tivesse como obsessão primeira despir de sentido, muito surrealmente, as manifestações eclesiais. De qualquer forma, Castro, mesmo em jocosa postura, abeira-se paulatinamente do ambiente de fim de vida propício a tantas pré-conversões. Esta gracinha ultrapassa em muito o louvor que fez ao Papa João Paulo II, pela oposição deste, com fundamentos humanitários, ao embargo Norte-Americano a Cuba.
Abraço