quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Câmara a Arder

Chaves de Lisboa

Posted by Picasa
Por que escuro motivo o celebrado empréstimo à Câmara Municipal de Lisboa era essencial à permanência do Dr. Costa nos Paços do Município, aquando da iminência de ser contrariado pelos deputados municipais? Por que carga de água a recusa do mesmíssimo pelo Tribunal de Contas passou a ser um problema dos credores? É evidente, demitindo-se, o autarca não pode fazer de vítima, esperando que o fantasma do seu martírio encenado lhe desse a maioria robusta que, em condições únicas, não soube conquistar. Por muito inquinados que os tribunais superiores de mais imediata intervenção na actividade do Poder estejam por composições facciosas, terão sempre a vantagem de, não sendo orgãos eleitos pela população, não estarem com o credo eleitoral na boca...
Pobre D. Sebastião, não foi para este lavar das mãos de Pilatos que criou o cargo de Presidente da Câmara da Capital. Queria - como disse - uma Lisboa rica, mesmo que para tanto houvesse que lançar imposto.

Acrescento às 13.10H: o Dr. António Costa inquirido sobre a lei que fez e se virou contra si, disse que as leis são como os filhos, ganham vida própria. Pois sim, mas nem todos acabam por matar o Pai...

6 comentários:

Anónimo disse...

Caríssimo Amigo:

E pensar que o imposto lançado por D. Sebastião sobre a capital era de 1%...

Agora, estamos entregues a «quem falla (e faz) desonestidades», como diria o Monarca...

A propósito, não sei se conhece deste Rei o Memorial para Governo do Reino, enumerando pontos importantes para a governação. Se quiser, é um pequeno documento que terei muito gosto em Lhe enviar.

Grande abraço.

Anónimo disse...

Os nossos políticos pararam autenticamente no tempo...Estas acrobacias tácticas talvez funcionassem bem há 30 anos, quando as pessoas ainda acreditavam na classe política, e a informação era pouca e cuidadosamente filtrada. Mas hoje?!

Porque será que o A. Costa ainda pensa que o facto de aparecer como vítima de um qq complot, fará com que o eleitorado, por compaixão, lhe entregue de bandeja o "que, em condições únicas, não soube conquistar", citando a feliz expressão do Autor deste blogue?

O Réprobo disse...

Muito obrigado, Caríssimo Carlos Portugal, terei muito gosto em lê-lo.
Abraço apertado

O Réprobo disse...

Meu Caro TSantos,
nem sei se ele pensava issi, ou era mero bluff em que o PSD da Assembleia Municipal acabou, parcialmente, por cair.
Abraço

Anónimo disse...

Fosse como fosse, isso só mostra que a nossa classe política vive "a milhas" do mundo real...Depois queixam-se que são uns incompreendidos e mal-amados...Pudera!

Ab

O Réprobo disse...

Claro que não há qualquer desculpa para invocar a dificuldade da situação, que conhecia ao candidatar-se, como para a diferença de reacções, perante asversários com a oportunidade de vencer e juízes inamovíveis. É eleitoralire no seu pior.
Abraço