sábado, 23 de fevereiro de 2008

A Herança E O Homem

Em tempo de Aznavour, longe do ridículo equilíbrio das incriminações de opimiões, quero honrar a Afirmação que não esquece as suas raízes, às quais me irmano por os agredidos fazerem parte da Verdade do Cristianismo.

6 comentários:

O Réprobo disse...

Quem queira pode pôr um acento no "e" do título e atentar na letra:

ILS SONT TOMBÉS

Ils sont tombés sans trop savoir pourquoi
Hommes, femmes et enfants qui ne voulaient que vivre
Avec des gestes lourds comme des hommes ivres
Mutilés, massacrés les yeux ouverts d'effroi
Ils sont tombés en invoquant leur Dieu
Au seuil de leur église ou le pas de leur porte
En troupeaux de désert titubant en cohorte
Terrassés par la soif, la faim, le fer, le feu

Nul n'éleva la voix dans un monde euphorique
Tandis que croupissait un peuple dans son sang
L' Europe découvrait le jazz et sa musique
Les plaintes de trompettes couvraient les cris d'enfants
Ils sont tombés pudiquement sans bruit
Par milliers, par millions, sans que le monde bouge
Devenant un instant minuscules fleurs rouges
Recouverts par un vent de sable et puis d'oubli

Ils sont tombés les yeux pleins de soleil
Comme un oiseau qu'en vol une balle fracasse
Pour mourir n'importe où et sans laisser de traces
Ignorés, oubliés dans leur dernier sommeil
Ils sont tombés en croyant ingénus
Que leurs enfants pourraient continuer leur enfance
Qu'un jour ils fouleraient des terres d'espérance
Dans des pays ouverts d'hommes aux mains tendues

Moi je suis de ce peuple qui dort sans sépulture
Qu'a choisi de mourir sans abdiquer sa foi
Qui n'a jamais baissé la tête sous l'injure
Qui survit malgré tout et qui ne se plaint pas
Ils sont tombés pour entrer dans la nuit
Éternelle des temps au bout de leur courage
La mort les a frappés sans demander leur âge
Puisqu'ils étaient fautifs d'être enfants d'Arménie

O Réprobo disse...

e leiam "opiniões", claro

Anónimo disse...

Ficamos com a impressão de que este homem sente o que canta, tal é a emoção que transmite , seja qual for a canção, e ele tem-as tão lindas!
Por isso é maior ainda a minha pena por não estar no Pavilhão a ouvi-lo como planeara.
Beijo

O Réprobo disse...

Querida Cristina,
é bem verdade, usa como poucos as pausas como aumentativos da convicção. Neste âmbito, especialmente, acredito que sinta cada nota, cada sílaba, cada pausa.
Beijo

Anónimo disse...

Que maravilha o Aznavour e lembrar-me eu de que o vi num espectáculo no Monumental lá pelos fins dos anos 60, era eu novinha, tendo tido a honra de posteriormente falar com ele uns minutos e pedir-lhe o autógrafo da praxe. Sala cheia até ao tecto, o seu brilhantíssimo pianista recebeu tantas ou mais palmas do que o próprio Aznavour e este obteve para aí uns 20 minutos d'aplausos com o público de pé, no fim do espectáculo! Inesquecíveis, a voz e as canções deste cantor ultra romântico.

Paulo, depois de muitos dias sem aqui vir (revisão de provas, lembra-se?) ontem, depois de ler os seus últimos e belos textos, perdi um comentário que lhe quis aqui deixar só para dizer que estava e estou 100% d'acôrdo com a sua opinião relativamente à Geração de 70 e contràriamente à do MCB, ele que me desculpe.

Também escrevi qualquer coisa sobre o branqueamento ou esponja que o cretino e oportunista do Mário Crespo, há uma ou duas semanas, quis passar por cima da imagem do excelente projectista de casinhotas, Sócrates. Crespo este - criatura insuportável, só elogiado pelos do sistema que o colocaram onde se encontra - que foi corrido de Washington, quando, pelos anos 80 ou coisa parecida, por lá perorou como adido d'imprensa(?!) da RTP (todos eles tinham e continuam a ter tachos e que tachos), porque "era demasiado comunista para o gosto dos senadores e assessores norte-americanos ao formular-lhes perguntas a roçar o insulto político, facto inadmissível" segundo os jornais da altura. Chegou cá e passados uns tempos sem 'emprego' foi pedi-lo ao Emídio Rangel (outro marau de primeiro calibre e não só no aspecto político) que o pespegou na SIC e porque a empresa que lhe paga o ordenado ao fim do mês é capitalista, amenizou d'imediato o discurso comunista que o caracterizava enfiando a viola no saco (mas não totalmente) e também porque o comunismo entretanto implodira, evidentemente. Não obstante, os defeitos antigos re-emergem sempre e portanto metade da semana ele é de esquerda a outra metade é de direita, conforme os ventos estão de feição e os recados que recebe de cima, bem como os convidados que tem à sua frente, a quem aliás corta a palavra sistemàticamente porque só ele se considera com direito a 'faladura' no estúdio, sumidade que se julga, òbviamente... quando nós em casa queremos é ouvir os convidados, não o locutor. O pior de tudo, porém, é aquele ar d'inquisidor-mor que ele ainda conserva d'outros tempos, com o qual nos fustiga através do monitor e que é de fugir a sete pés! O homem é feio que se farta (não tem culpa nenhuma disso, quem o pôs onde está é que a tem) e não tem perfíl para locutor de televisão (mas não larga a cadeira nem por nada) isso porém ainda é o menos, o pior mesmo é aquele olhar a chispar ódio por todos os poros (exactamente o mesmo de quando enviava crónicas de Washington) e a fraseologia e tom de voz quando se lembra de vestir a pele de comunista de serviço exclusivamente por oportunismo, uma vez que já nem estes utilizam tais estratagemas. Noutro registo este fulano faz lembrar o parvalhão do Malato e o palhaço do Goucha. Aquele só diz baboseiras, o seu vocabulário é uma tristeza e nem sabe sequer apresentar programas quaisquer que eles sejam, não se aguenta ouvir o homem mais do que 2 minutos seguidos. Estroutro julga-se um autêntico bobo da côrte (à maneira antiga) mas não passa de um ridículo palhaço aparvalhado convencido que se encontra a actuar no circo todas as manhãs. Diz graçolas do mais básico que há frase sim frase não, das quais, sem a mínima piada, ele é o único a rir e logo às gargalhadas..., uma tristeza que só visto. O programa já de si paupérrimo, torna-se deprimente com semelhante caricatura d'apresentador. Coitada da colega - aliás bastante razoável como apresentadora (muito melhor do que ele o que também não é difícil), sabe o que diz e como o faz, tem boa presença, é discreta, educada, tem boa dicção, é comedida nas palavras e nos gestos - ter que aturar semelhante pacóvio três horas diárias cinco dias por semana... deve ser pior do que suportar o sacrifício do chinês, um completo martírio.

Cumprimentos Paulo.
Maria

O Réprobo disse...

Querida Maria,
vinte minutos de aplauso?! Deve ter sido cá um marco no panorama musical da época!

Somo agravos sobre agravos do maldito computador. Então ele comeu o comentário da Maria em matéria que me dizia tanto? E, apesar da discordância, estou certo de que um Espírito como o do Miguel também apreciaria lê-lo.

De televisão é que não consigo falar, porque vejo pouquíssima. Lembro-me sem saudades do Mário Crespo, de quando apresentava um noticiário, tendo ido depois para director de «A Capital», creio... E julgo saber quem é a jovem que a Maria refere, uma Cristina bonitinha que agora estará de esperanças, não é? Mas desconheço os desempenhos dela e dos parceiros que menciona.
Beijinho