quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Sinais de Fumo

A poucas horas da reabertura do túnel do Rossio, temos de lembrar quanto sofreram os passageiros que por lá transitaram em composições puxadas por máquinas a vapor, combinação redundando em pouco menos que câmara de gás. E dar graças por a linha do Estoril ter sido a primeira do País a ser electrificada, em 1926, depois da reivindicação da melhoria pelo grande Fausto de Figueiredo. Antes tinha sido aberto, em 1899, o trajecto Pedrouços-Cascais. Para chegar ao começo do segmento tomava-se outro vapor, barco este, do Aterro (por alturas do actual Cais do Sodré).
E a 12 de Fevereiro de 1897 inaugurou-se a segunda via, onde ainda estamos, salvo em matéria de governantes do PS e de orientações sexuais, sendo certo que se encontra sobejamente comprovado o descarrilamento, no primeiro caso; e, no segundo, os comboios serão para os que defendem túneis mais apertados, sem alternativas de vulto...

10 comentários:

Anónimo disse...

Parece, portanto, que a Linha de Cascais, já nessa altura, era a "menina bonita" da CP (ou melhor, da sua antecessora). O que motivaria tantos investimentos nesta Linha?...;-)

O Réprobo disse...

Mais duma concorrente, Caro TSantos, pois a Companhia Estoril concorria com a CP de então. Era evidentemente o desígnio de transformar a zona num refúgio de luxo. O Sud Express chegou a estar ligado a ela...
Abração

fugidia disse...

Caro O Réprobo,
a despropósito do teor do post, é certo, mas ansiosa por lhe contar a novidade:
o dia ainda não terminou e já consequi vender duas rifitas a um "chinelo roto" (perdão, a uma beleza estonteante, assim é que é!) lá no meu recanto.
:-)))

Beijinho

Anónimo disse...

"...o desígnio de transformar a zona num refúgio de luxo."

E, como acontece com todos os grandes desígnios nacionais, parece que a montanha pariu um rato! Também, quem é que quereria fazer turismo numa zona balnear pontuada por bocas de esgoto, como até há bem poucos anos acontecia?!

O Réprobo disse...

Vamos lá então ver se encaixam, querida fugidia. Vejo que está com ganas de se tornar milionária!
Beijinho

O Réprobo disse...

Agora, Meu Caro TSantos. Mas no Pós-Guerra, co os Exilados Régios, e nos anos 1970-1980, Contigo a morar cá, a zona tinha um prestígio especial.
Ab.

Anónimo disse...

Hmmm...Nota-se assim tanto, a minha ausência?... ;-)

O Réprobo disse...

Oh! Todos os dias se reunem carpideiras para dar solenidade aos lamentos de tal facto!
Ab.

Anónimo disse...

Caríssimo Amigo:

Creio que, em relação ao túnel do Rossio, os Caminhos de Ferro reais utilizavam as locomotivas a vapor inglesas do metro londrino, que tinham filtros de água nas caixas de fumo, para reterem a maior parte das partículas de cinza e carvão. Depois, em Campolide, a máquina era trocada por outra convencional. Só mais tarde, com o estado calamitoso da economia na 1ª República (o contrário seria de espantar), acabaram com este «luxo».

De qualquer modo, o túnel do Rossio tinha vários respiradouros e extratores de fumo, que a construção desordenada à superfície veio a obstruir (e que assim continuam, salvo um ou outro, que davam para o Jardim Botânico, nas traseiras da antiga Faculdade de Ciências).

Um grande abraço.

O Réprobo disse...

Meu Caro Carlos Portugal,
dos meios nada sei. Mas conheço o veemente e gaseadíssimo protesto dos utentes, registado em escrito de que dei conta aqui:
parafrasefacil.blogspot.com/2007/12/lisboa-fantasiada.html
Abraço