sexta-feira, 11 de abril de 2008

O Silêncio É de Agouro

A Torre de Rolha de Neill Kidgell

Não faz o mais pequeno sentido querer estender aos Militares na Reserva ou na Reforma o dever de não tomar posições públicas em certas matérias que se compreende impenda sobre os que se encontram no activo. É evidente que os detentores de armas que servem para proteger a unidade da Nação devem coibir-se, enquanto no uso desse poder, de se tornarem suspeitos de favorecer partidos, ou o regime, já de si mau, ainda resvalria para uma fotocópia do de Mugabe. Agora, os reservistas (em caso de Paz) e os reformados que força têm que os torne equiparáveis? Zero. A ir para a frente, esta medida é condenar um militar a nunca poder ser outra coisa. Os Coelhos deste mundo terão todos os direitos a mudar de profissão(?) ou de estatuto, caminhando alegremente da Política para os Negócios conexos. A carreira castrense é que não permite alforrias. É uma maneira de, por meio do papel, ressuscitar a medida de precaução do arranque das línguas dos eunucos que guardavam os haréns Otomanos: para que não contassem o que lá viam, embora eu desconfie que também visava impedir relacionamentos de segunda classe com as guardadas...
E já que tão cioso do apartidarismo dos garantes da Unidade Pátria, como se compreende que ainda o poder socrático aceite um chefe de estado eleito e não silenciado após reformar-se? Incongruências...
Não havemdo DREN aplicável, tinham de arranjar maneira de calar as críticas. Em verificando não terem já nas hostes qualquer incorporado no extinto Serviço Militar Obrigatório, de certeza que estenderiam aos nele outrora incorporados a medidazinha.

5 comentários:

fugidia disse...

E, no entanto, há dias, um Major disse-me que um militar é militar até morrer.
E compreendi-o perfeitamente...

fugidia disse...

P. S.
Isto não significa que não concorde que há que respeitar, com limites (dependendo do assunto e de quem profere), a liberdade de expressão dos militares na reforma ou na reserva.

O Réprobo disse...

Querida Fugidia,
e está muito certo na manutenção da disponibilidade para servir. Gostava era de conhecer a opinião do Ilustre Oficial Superior sobre a mordaça que querem impor aos que deixem o Activo...
Beijinho

Anónimo disse...

Isto, de facto, está a atingir níveis preocupantes...Quem se seguirá? Os funcionários públicos reformados?

Ab

T

O Réprobo disse...

Meu Caro Tantos,
e já agora toda a população no activo, gestão por objectivos, não o percas de vista!
Abraço