sexta-feira, 27 de junho de 2008

A Dor do Dinheiro

Com certeza que quantificar o sofrimento é não só tarefa inglória, mas ingrata. Mas é para avaliar factores subjectivos que se querem Julgadores: nada há de mais subjectivo do que a Culpa e para lhe determinar o grau servem os Juízes, caso contrário bastariam burocratas, ou, até, computadores. Da mesma forma com o índice de padecimentos que resulta de um acidente, variável de caso para caso. O Governo, porém, não quer saber e manda que as fixações de idemnizações por desastres passem a ser determinadas pela declaração de IRS.
A Coluna Partida de Frida KahloAinda por cima estes "socialistas" parecem convencidos de que quanto mais rico se é mais se sofre, pois tanto mais alto seja o rendimento, maior será o montante compensatório concedido. A única alternativa a esta plutopatia acéfala seria a de acreditar que a Sócrates & C.ª o sofrimento dos Portugueses é indiferente. E, desgraçadamente, é bem capaz de ser verdade...

4 comentários:

CPrice disse...

"é bem capaz de ser verdade .. " estou quase certa que o é. Assim se justificam os dois milhões de pobres, a quantidade de familias dependente do Banco Alimentar, além das negociatas à luz do despotismo para envio de excedentes que não temos, em troca daquilo que não precisamos.

Frida Kahlo .. perfeitamente enquadrada neste post Amigo Paulo .. ela que tanto lutou de todas as formas contra o marasmo .. físico e social.

Anónimo disse...

Antes só votava quem tinha haveres agora no desastre recebe-se quanto mais se tem. É a justiça social.

O Réprobo disse...

E, Querida Once, uma das ilustrações do sofrimento que mais me incomodam, ao contrário daqueles que o dizem irrelevante para determinar pagas. É evidente que a tranquilização que assentasse em ver quitada a dor com um cheque seria filistina. Mas dizê-lo irrelevante para determinar obrigações comportamentais ainda me choca mais.
Beijinho

O Réprobo disse...

O pior ainda é privilegiar o peso da bolsa em detrimento do da dor, Caro Rudolfo.
Ab.