sábado, 14 de junho de 2008

Geometria Variável

A Tirania dos Horizontes de Kyle Evans

Como se sabe, também não rejeito a Arte Abstracta. A teorização original dela, por Kandinski, sempre me pareceu, porém, padecer de alguma miopia que obrigasse a perceber a autenticidade expressiva como erradicada das formas reconhecíveis para além da estrita Geometria, como, igualmente, condenar-se, ao confessar a Arte filha da sua época, quando ambiciona transmitir uma sensibilidade individual. Mas estas dúvidas não visam proscrever outra coisa que os conceitos de que esta ou aquela modalidade de Pintura são censuráveis... em abstracto. Cada caso será um caso.
Nesta conformidade, para desanuviar e afastar as vistas curtas renegadoras, segue um bon mot:
Um jovem pintor gabava a Arte Abstracta a Van Dongen, dizendo, com fervor:
- Eu sinto bem que nunca poderei alguma vez pintar que não com o meu cérebro!
Resposta do interlocutor, acompanhada de uma palmadinha nas costas:
- Ah! Seu miniaturista!

4 comentários:

Cristina Ribeiro disse...

Repentista, o homem,não ? :)
Beijo

O Réprobo disse...

Quem me dera ter essa presença de espírito, Querida Cristina.

Fora do tópico - amanhã passa o episódio de «A Alma e a Gente» referente a Guimarães, de JHS na RTP2.
Beijo

Cristina Ribeiro disse...

Obrigada pela informação, Paulo- a ver se ele o convence que vale a pena cá vir, já que eu não o consigo :)

O Réprobo disse...

Não brinque, Cristina, não queria eu outra coisa... não fora o facto de estar sob prisão domiciliária...
Beijo