Isco Para Megs e Outras Sereias
Leio no que Hans-Michael Koetzle escreveu sobre a fotografia preferida de Horst P. Horst, o famosíssimo «Espartilho Mainbocher» uma revelação surpreendente -- datando de 1939, foi inserida numa campanha da «Vogue», de 1939, para reimplantar esta particular lingerie na última moda. Depois da luta de Figuras do meio como Coco Chanel, que pretendiam devolver à Mulher "a sua naturalidade", o mais espantoso foi o slogan que lhe colaram, o de o conforto nada ser, quando com ele se podiam adquirir as proporções de uma sereia. Fica explicada a razão de a artisticamente muito conseguida foto ter cortado as pernas do modelo, já que seria difícil impingi-lo sem a cauda e barbatanas correspondentes. Mas, como publicidade, estava condenada, dado o acessório sendo dado a ver pelas costas. Agora, o que me deixou boquiabero foi a peremptória afirmação do ensaísta de que o conceito de espartilho envolve sempre dois, a que o usa e aquele que o laça. Penso que se estaria a esquecer do que o desaperta, que pode não coincidir, configurando ménage a uma incógnita por determinar...
22 comentários:
Bom, pelo menos são necessários dois... três, ou mais, depende...
hehehehe
:-)))
Querida Fugidia,
claro que é um passo em frente, relativamente ao on... írico da solidão, era o que eu queria dizer.
Beijinho
Caro Réprobo, será que o ensaísta era uma pessoa do sexo masculino que apenas via interesse em laçar o espartilho? Antevendo a ménage que alvitra, preferia ser o homem encarregado de o desapertar, se bem me entende.
A foto é magnífica.
Um abraço.
E a mim deixa-me boquiaberta o facto de uma fotografia, linda, suscitar estas considerações todas; "honni soit qui mal y pense? :)
Beijo, Paulo
Peço que me perdoe, Caro Réprobo, pelo uso inadequado de uma Casa respeitável como a sua, mas como me sinto tocado ao ler considerações (no plural), não consigo evitar: ainda lhe cai o queixo, Cristina... (muitos risos).
On est gourmand, é o que é... :)
É hoje, Mike que lhe trago o babete? É só dizer :)
As mulheres certamente se sentiriam gratas aos que desapertavam o espartilho, o que lhe daria boas chances...
Hoje em dia, em que se fala de liberdade das mulheres, talvez a moda lhes dite outras prisões tão ou mais apertadas que o espartilho...
Abç
Marília
aindapodiaserpior.blogspot.com
o que o Paulo vai buscar!!
"e no entanto ela move-se"
Querido Paulo, ora aí está, arranjou um bom argumento para tornar o espartilho vendável!ehehehe
beijinho
E no entanto ela não consegue mover-se... é mais assim, Júlia, com aquele colete de forças!
Mas lá que é bonito, é. E lá que acende a imaginação dos nossos amigos comentadores... acende!
Beijo, Paulo.
Como sereia (?!), aqui estou a morder o isco, meu caro Réprobo. O problema é que, havendo no «ménage» um terceiro elemento, por natureza clandestino, o que ele desaperta, tem depois de reapertar, sob pena de comprometer a sua clandestinidade. Receio bem que, com trabalhos desses, a deserção seja imediata. E o «ménage» condenado a dois, como muito bem considera o sagaz ensaísta. :-)
Meu Caro Mike,
então não O entendo! Estamos do mesmo lado... não me tinha era ocorrido que o ensaísta pudesse ser um tanto otário. Mas é esse o fado dos que apenas exergam relações de Poder onde a tónica reside no Prazer!
Abraço
PS- e o esclarecimento à Cristina foi, também, oportunissimo...
Querida Cristina,
ora, se fosse uma fotografia banal, ou feia, é que não haveria que cosiderá-la, penso eu de que...
Beijo
Querida Marília Jackeline,
esse é o nó do problema (expressão sem inocência, ehehehe). A submissão aos ditames dos costureiros não é menor por, em vez de uma camisa de forças para as formas flácidas, submeter a dietas, culturismos e químicos que as eliminem.
Beijinho grato pela visita. Já linkei o Seu excelente e de panglossiano título Blogue
Querida Júlia,
mas não é um tema candente?
A fotofrafia é, sem dúvida, mágica. E o argumento suponho que ganhe força considerável por, com frase acompanhante e aparato crítico, inculcar que saber nadar no Mundo da Beleza não dispensa quem ajuste o colete salva-vidas...
Beijinho
Querida Ana,
ou seja, é Poesia pura! Note-se que os maiores receios, na polémica sobre o apetrecho, nem eram dirigidos à mobilidade, mas à respiração. Esses foram expressamente impugnados pela revista.
Beijinho
Querida Luísa, Causídica do Demo,
cuidado para não menosprezar s sacrifícios, por uma redução ao menor DOMADOR comum!! Olhe que a reposição faz parte do depois; e há muito aproveitador disposto a considerar já não ser esse problema dele...
Beijinho
eheheh
a sua resposta está óptima! :-)
era isso mesmo que eu queria dizer. A frase a acompanhar,sem ela, não lhe vejo grande eloquência, apenas beleza e uma sem a outra, que préstimo terá, Querido amigo?
m.b.q.
Querida J�lia,
por isso a Arte n�o dispensa ser estudada nas suas manifesta�es, mas, tamb�m, nas suas INSER��ES. Oooops, acordei semi-�tico, hoje...
+ meus
Querido Paulo, a Ana que percebe melhor de Marketing do que eu, já lhe respondeu de forma que eu melhor não saberia :-)
A minha mãe contava que quando adolescente o médico lho proibio. Foi a sorte dela. Mesmo assim, arranjou marido,ora!! :-))
Querida Júlia,
caso para dizer que não havendo hábito, não haveria Monja para fazer, ehehehe.
Mas curioso, para nós que comentamos, também, é o jogo da conformação que molda, afinal de contas um imortal afrodisíaco.
Beijinho
olhe, relendo-me, vejo um erro aí,santaaaaaa
corrijo: proibiu
Querido paulo, tudo que demore a tirar é Afrodisiaco, não precisamos de espartilhos que nos deformem os costelos. Há lingerie muito bela e, sexy e confortávl.
beijinho
E demora a tirar, Querida Júlia?
Beijinho
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