terça-feira, 8 de julho de 2008

Tirar Partido

Serão Diplomático de Auguste Louvrier de LajolaisEis uma medida com os termos invertidos, considerando o que devia ser: Quer vedar aos Diplomatas a actividade político-partidária, quando se impunha que vedasse aos partidos a determinação da actividade diplomática. Concebe-se, até um certo ponto, que não se queiram confundidos representantes do Estado na cena internacional e fiteiros em tristes cenas nacionais. Mas não se vê que deva suscitar a mesma medida de interdições que é imposta aos Militares no activo, pois não há a temer quebras de imparcialidade similares em quem não dispõe da força das armas que pode obrigar a conformações unilaterais. Mesmo no caso do meio castrense, no caso dos retirados já será abuso reduzi-los ao silêncio.
Neste âmbito específico parece é querer aliviar os políticos generalistas do peso de críticas qualificadas. É a transposição da facilidade dos exames para os alunos que menos aprendem, a classe (ou falta dela) do Poder.
Porém, se isto fosse aplicado retroactivamente à Dr.ª Ana Gomes, desdizia-me de imediato, com a maior desfaçatez.

2 comentários:

Anónimo disse...

Antigamente era hábito saltar dos postos diplomáticos para as chefias dos governos como Bismarck e Metternich.

O Réprobo disse...

Meu Caro Rudolfo, mas isso era quando todos os servidores do Estado eram partícipes de uma concepção de Bem Comum que reduzia a importância dos partidos ao métito que evidenciam.
Abraço