segunda-feira, 26 de novembro de 2007

As Faces do Urso

Que o antigo defesa do Sporting Rui Jorge não tenha percebido o motivo de, certa vez, haver sido expulso, queixando-se de apenas ter chamado urso ao fiscal de linha, nada tem de comparável com a Professora Britânica presa no Sudão por permitir que miúdos de 7 anos tivessem nomeado um ursinho de brinquedo com a graça do Profeta, Maomé. O pobre e peludo animal, como coisa em si, não é chamado ao caso: interessa é notar que o atleta leonino não estava a exprimir concordância, bem pelo contário. O que tornava inadmissível a classificação. Enquanto que os miúdos, presumivelmente, gostavam do peluche, era uma forma de o procurarem distinguir. É o mal dos fundamentalismos, reduzir tudo o que toca a religião a um catálogo de proibições. Também tivemos um cheirinho disto no Vitorianismo, que, contudo, se humanizava com essa maravilha de invenção que é a hipocrisia social. E no Puritanismo protestante, a quem tal atenuante não valia.
Mais, não percebo como pode alguém, perante esta imagem, achar que todos os ursos artificiais são ofensivos...

2 comentários:

Capitão-Mor disse...

Olhe, não me importava nada de me armar em urso com essa menina! :)
Abraço

O Réprobo disse...

Ainda por cima, Caríssimo apitão-Mor, estas orelhinhas dela indicam uma vontade tal de acasalar...
Abraço