Filantropia e Vampirismo
Quem leia a necrologia em que se insere a morte do Drácula a que tínhamos direito ficará ciente da diferença entre um rebento da autêntica linhagem e um adoptado: este recolhia sangue alheio para dar vida a outros, os verdadeiros para satisfazerem necessidades próprias. Assim como uma Vamp que se dedicasse a sugar as forças vitais de um homem para distribuir o dinheiro que dele recebesse pelos pobres e para lhe esgotar as energias doutra forma aplicadas em acções criminosas.
Valha a verdade que a descendência legítima de Vlad podia orgulhar-se do carácter sanguinário do seu avoengo, mas não propriamente da ingestão da seiva alheia. O ofício dele era empalar, como fez aleatoriamente a um décimo do seu exército para demonstrar aos restantes o que lhes sucederia se não lutassem bem. Um doping imagético, portanto, ou a invenção do retrovisor, num sentido diverso do que ficou. A sua lenda cruzou-se com a da Condessa Bathory, a qual, ao castigar uma criada de forma mais cruel do que o benévolo João Villalobos costuma, viu umas gotas do sangue dela espirrarem para o pulso que apresentava um ar mais jovem do que o resto, no dia imediato. A partir daí multiplicaram-se as virgens sangradas até à morte, para obter um cosmético que não lembraria à Júlia ML. Castigada foi com o emparedamento em vida.
Voltando ao falecido, já nem os vampiros são como antigamente: enquanto os de antanho aplicavam as dentuças em pescoços apetitosos, este ofereceu o seu aos insaciáveis credores que o deixaram na miséria. E o facto de ter sido candidato pelo Partido Liberal alemão é muito elucidativo das causas do declínio eleitoral deste. O exemplo colorido dos Radicais italianos não colhe em terras mais sisudas.
Valha a verdade que a descendência legítima de Vlad podia orgulhar-se do carácter sanguinário do seu avoengo, mas não propriamente da ingestão da seiva alheia. O ofício dele era empalar, como fez aleatoriamente a um décimo do seu exército para demonstrar aos restantes o que lhes sucederia se não lutassem bem. Um doping imagético, portanto, ou a invenção do retrovisor, num sentido diverso do que ficou. A sua lenda cruzou-se com a da Condessa Bathory, a qual, ao castigar uma criada de forma mais cruel do que o benévolo João Villalobos costuma, viu umas gotas do sangue dela espirrarem para o pulso que apresentava um ar mais jovem do que o resto, no dia imediato. A partir daí multiplicaram-se as virgens sangradas até à morte, para obter um cosmético que não lembraria à Júlia ML. Castigada foi com o emparedamento em vida.
Voltando ao falecido, já nem os vampiros são como antigamente: enquanto os de antanho aplicavam as dentuças em pescoços apetitosos, este ofereceu o seu aos insaciáveis credores que o deixaram na miséria. E o facto de ter sido candidato pelo Partido Liberal alemão é muito elucidativo das causas do declínio eleitoral deste. O exemplo colorido dos Radicais italianos não colhe em terras mais sisudas.
29 comentários:
Vlad o "Empalador" tinha mais fama que proveito como vampiro está claro... Quanto a ela já não se tem tanta certeza se se terá ou não banhado no sangue de umas quantas. Mas eu que até gosto de contos de Vampiros, acho-lhes uma certa sexualidade.
Quando a minha mãe ia a Roménia fazer uns trtamentos de rejenuvestimento (lol) passava sempre pela Transilvania e nunca conseguio ir ao Castelo do Vlad depois das 16h já ningém ia nem excurssões, nem particulares! Curioso não é isto foi entre 1969 e 1976.
Desde a caçadora de vampiros Buffy ter começado a exercer a sua actividade, tudo mudou:)
Eu gosto de histórias com vampiros e filmes. o recente Dracula, o Nosferatu, enfim tudo o que arrepie. Posso incluir o pérfido boneco Chucky?
Beijos a ambos
Ora aqui estão duas figuras que sempre fizeram parte do meu imaginário. Tanto é, que em 1998, cheguei a fazer uma viagem à Roménia para conhecer a lenda de Vlad Dracul bem de perto. Sem dúvida, que a Transilvânia é um dos recantos mais belos da Europa. Uma espécie de Alpes a leste.
Também gostei muito de lêr a história da Condessa, publicada na colecção Beltenebros da Assírio e Alvim.
Querida Luar,
tratamentos de rejuvenescimento!!!!!???? Ai, ai, ai! Já o encerramento às quatro da tarde parece-me medida muito prudente. Mesmo que as estrelas da companhia não gostassem de tanta testemunha, as crises nervosas de visitantes sugestionados dariam para encher hospitais!
Beijinho
Auenção, T, eu sou um incondicional da Buffy. Mas a personagem está cada vez mais ambígua, com aquele relacionamento com o Spyke...
Beijinho
Meu Caro Capitão-Mor,
uma terra que nem é carne nem peixe, quer dizer romena ou húngara...
Mas um veterano liberal como o Meu Querido Amigo, não achou estranho que um partido que se queixa da vampirização dos particulares pelo Estado, através dos impostos, aceitasse um vampirinho como candidato?
Abraço
Eu acho o loirinho simpático. E o outro o que agora é do FBI no Ossos também.
bj
Mania dos cabelos platinados, heim?
Bj.
Pode pintar, apre:)
bj
Já me resta pouco para isso, irra! Ainda não casámos e já me quer mudar? Safa!
Bjinho
Mas se todo o mundo é composto de mudança!
Que teimoso que é este homem.
Arre!
Bjs
Já falámos da teimosia. Vá, olhe para cima com olhos de olhar, clicando onde aumente.
Bj.
Olhos de olhar? hum!
Cliquei e apareceu-me o seu Perfil
Bj
A Cara Luar deve estar a referir-se ao castelo de Bran, no qual Vlad Tepes só terá passado duas ou três noites. É um castelo engraçado, mas pouco tenebroso, porventura por o terem pintado de branco.
Muito mais evocativo é o grande castelo de Hunedoara, onde Vlad esteve preso. Sinistro até mais não.
Contudo, o verdadeiro castelo de Vlad «Drakkul» era o de Poenari, do qual restam apenas troços de muralhas e estruturas de torres, sobre um maciço rochoso impressionante, no meio de um vale estreito e fundo. São 1700 degraus para se cheagr a esse monte de ruínas, ao que consta incendiado pela população em fúria. Alguns historiadores têm uma versão menos romanesca, aceitando que o castelo tenha sido destruído pelos turcos... Mas não deverá ter sido a este que a Senhora sua Mãe quereria ir.
Mas não desanimemos: vampiros agora há-os por todo o lado, principalmente os governantes, que nos sugam de toda a forma e feitio. Quem sabe se não seria boa ideia mandá-los a todos para as masmorras de Hunedoara?
Beijo.
Uf, temi que o Caríssimo Carlos Portugal quisesse pôr a Buffy a correr atrás deles. Era a única maneira de eu querer ir para o governo. E de me deixar apanhar.
Abraço
Querida T,
ui, ainda se fosse no postal dos vampiros, estaria prevenida. Assim...
Bj.
Levo o colar de alhos e pronto.
Bj
Ora, a Si tudo fica bem.
bj.
E sobretudo o cheiro seria encantador!
Bj
Mas afugentaria o bruxedo. É curioso, acho que o odor do alho incomoda mais a Mulher do que o Homem. Dizem que deixa de persistir se se retirar a parte do meio. Mas, se calhar, também perderia os poderes...
Bj.
Digamos que o meu nome surge aqui um bocado a martelo :)
É a sua fixação pelo avental:)
Meu Caro João,
a T já explicou, mas de uma forma que pode fazer suspeitar de uma associação incompatível com a benevolência que sublinhei...
Abraço
Eu deixei uma imagem de benevolência no Dias:)
Risos
E bjs
Veremos.
Bj.
Veja.
Vi.
Bj.
Carlos Portugal não sei qual o castelo pois foi a minha mãe que lá foi. E amigo Répróbo era tratamentos de reje.. essa coisa sim mas os que depois ela trazia para portugal não eram sangue (eu conferi partindo uma ampola e levando uma palmada) era um líquido claro. Aquilo resultava mesmo a "senhora" manteve-se novinha em folha até muito tarde só o cancro é que a deitou abaixo.
Ah, Querida Luar, começo a ver a razão da travessura auto-proclamada...
Essa de quebrar a ampola em tão tenra idade faz-me lembrar a ingestão de um elixir da juventude por um dos patos da Disney, que o leva a retroceder aos tempos em que era... um ovo.
Beijinho
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