sábado, 24 de novembro de 2007

Grades Para Quem?

A subindústria cinematográfica americana popularizou um género alimentador de inclinações algo peculiares, traduzido nas vicissitudes das mulheres encerradas em prisões, sujeitas a abusos sexuais de outras presas e de guardas, por já não serem concebíveis prisões mistas. Sabe-se o que dariam na vida real como regra, precisamente o que, como tortura paraprocessual, terá sido, excepcionalmente, querido neste caso. Ora o Brasil, apesar das conhecidas bolsas de pobreza, não está entre os países desmunidos que não possam construir estabelecimentos prisionais separados para cada género. Se alguns governos estaduais não têm meios para tanto, o federal deve chamar a si a responsabilidade. O evento, chocante, será pouco comum, pelo que me angustiou muito mais um pormenor não-sublinhado dele, o de a menor encarcerada junto dos homens ter sido forçada ao sexo para obter comida. Quer dizer que o poder público manda tão pouco nestes locais de punição que nem consegue garantir que todos os reclusos tenham uma refeição ordenada por vontades que não sejam as de alguns deles. Quando assim é as barras de ferro servem mais para vedar a submissão à Sociedade do que para esta vergar os recalcitrantes. A realidade supera a ficção. Mas no sentido descendente.

4 comentários:

T disse...

Eu preferia uma prisão mista:)
Bj

O Réprobo disse...

Por razões libidinosas?
Beijinho
Ass. Carcereiro

Anónimo disse...

También los italianos cultivaron el subgénero, con las "macizas" de rigor..........

O Réprobo disse...

É um filão, Caríssimo Filomeno. Não em prisões mistas, suponho?
Abraço