segunda-feira, 21 de maio de 2007

Telmo de Comparação

O Político de Zach Johnsen

Os comentadores sublinham o óbvio conflito que o Dr. Telmo Correia viveria, caso eleito, na necessidade de acorrer aos deveres da Câmara e aos dessoutra que é o hemiciclo, como presidente do grupo parlamentar do PP. Nenhum falou no que me parece o essencial, a saber, o papel de elemento pouco impressivo num confronto que aquele político sistematicamente vem encarnando, com o que julgo ser o objectivo, tácita ou secretamente concertado, de fazer brilhar o Dr. Portas. Depois de haver passado pelo Governo por Turismo, todos lembram a sua falta de empenhamento enquanto candidato a líder, que deu a revolta castrista, logo revelada incapaz para a polítiquice dos truques e factos políticos artificiais. Também agora a sua apetência pelo Município deixou muito a desejar, assumindo logo a fungibilidade de nomes para o poiso, ao considerar-se "um entre tantos". No espírito dos iludidos pelas reclamadas vantagens da vida partidária o que está na memória é o facto de o Paulinho das Feiras de outra encarnação ter lutado num e noutro dos lugares a que o seu acólito agora se propõe. E no espírito de facção que é a terra fértil da subsistência partidocrática a combatividade é sempre valorizada. Cada vez mais gente se afasta, desconfiada, das promessas vazias do sistema. Mas os que lá permanecem, e até alguns dos neófitos descrentes, mesmo torcendo o nariz à inencontrável verticalidade das motivações da classe política, gostam de ver nos candidatos algum esforço e o esboço de uma ideia para o exercício do lugar que faça as vezes da vocação.
Olhando para o desinvestimento do nomeado, os olhares que caiam no patrão vê-lo-ão sempre como o Maior, alguém capaz de trepar, não um simples numerário de cocktails.

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