sexta-feira, 25 de maio de 2007

Enquanto Há Vida...

A doença é das poucas coisas de que Fidel não tem culpa e não é susceptível de brincadeira, da minha parte. Porém, a sabujice dos que o rodeiam é. Só pela vontade de passar graxa na Referência do regime se explica as fantasias de um médico que garante 140 anos de vida ao Comandante! É, todavia, sintomático do incómodo que os materialistas sentem diante da ameaça da morte, quando a deveriam entender como facto natural. E da negação permanente da realidade, como a que levou à detenção do cineasta Luís Moro e de Helena Houdová, na foto, por captarem imagens arrasadoras para a mitificação do sistema de saúde cubano, no primeiro caso, como da repartição das habitações, no outro. Numa altura em que o derradeiro líder comunista do Ocidente reconheceu que o inimigo principal é a idade e não o vizinho americano, poderia, com mais fundamento, retirar alguma esperança da descoberta de que os dinossaur(i)os nadavam, o que lhe facultaria a hipótese de se evadir da ilha em que o encerram, locomovendo-se na água que os lambe-botas que querem singrar metem à sua volta.

6 comentários:

Anónimo disse...

Castro......forte como un "buxo"?

O Réprobo disse...

Caro Çamorano, belo mote para uma reflexão sobre a força individual em circunstâncias de decrepitude anunciada. Aqui, mais do que a oposição da fragilidade física ao vigor de outrora, sobressai a mediocridade que é a tentativa de esconder e faz adivinhar um poder preso com cuspo. A inversa, talvez mesmo para os americanófobos, na dignidade com que Ronald Reagan partiu ao encontro do "seu" Alzheimer.
Dito isto, não sei. Quanto vive um "buxo"?
Abraço

Anónimo disse...

E o que é curioso é que o Castro dos Barbudos é Galego... de origem, pelo menos.

Agora mais a sério: o «materialismo dialético» distorcido (não seria preciso muito) desta gente apenas se centra nesse mesmo materialismo. É de um reducionismo atroz. Assim, concepções filosófico-religiosas como alma, espírito, vida depois da morte e, principalmente, Deus, escapam-lhes por completo.

A visão deles (e também de alguns personagens de quadrantes neo-liberais) é como a de alguns animais que só vêm algumas - e poucas - cores do espectro (embora nós também não as vejamos todas).

Assim, são obcecados com a morte, que para eles significa o término de tudo, o terror derradeiro. E fazem mil e um artifícios para se manterem artificialmente, como múmias vivas.

É triste. E macabro.

Um abraço.

Anónimo disse...

Castro, presume de Gallego, gusta mucho del queso "Tetilla", decretó tres días de luto oficial en 1975 cuando falleció su compatricio General Franco Bahamonde.........Respecto a lo Sobrenatural, el joven Fidel Castro estudió con los jesuitas y menciona frecuentemente la Biblia en sus discursos.........En España en general, y en Galicia, en particular, cuenta con muchos admiradores.........

O Réprobo disse...

Regressado Carlos Portugal,
é isso mesmo, a redução ao corpóreo torna insuportável a perspectiva da redução ao esqueleto, o que desculpa todas as fraudes e "verdades" impostas. Lembra-Se da gerontocracia soviética e dos mil e um expedientes para esconder a diminuição da saúde dos responsáveis?
Abraço

O Réprobo disse...

Ai, os lutos, Amigo Çamorano! Protocolo, simples protocolo, não? Por cá o oportunismo tenta sempre colar Salazar ao III Reich, por o mesmo período de luto ter sido decretado após a notícia da morte de Hitler, nunca referindo que pouquíssimo tempo antes o mesmo havia sido feito, aquando do passamento de Roosevelt, como mandavam os preceitos protocolares para chefes de Estado com quem se tivesse relações diplomáticas que se visse(m).
Abraço