Rio Vermelho
Enoch Powell por David GriffithsEm britânicas terras, no caso do candidato a deputado Conservador obrigado a retirar-se por dar razão ao célebre discurso de Enoch Powell Rivers of Blood, que lhe custou a carreira, o interesse maior da abordagem está no acessório, quer dizer, nas reacções. A disponibilidade parlamentar não foi abreviada por ele propor qualquer medida incompatível com a plataforma eleitoral Tory, unicamente por exprimir uma convicção de que os números dos imigrantes conduziram a alterações sociais negativas. O que no partido que enveredou pela bem comportada opção do Sr. Cameron parece ser crime. O mal está nisto, em o acesso ao Poder ser controlado por comissões partidárias, uma das quais chamou o linguarudo à pedra e o fez voltar a penates. Os partidos normalizam, só é pena que não a perigosa vida dos seus compatriotas, antes o pensamento dos heterodoxos que espreitem. E não nos enganemos, apesar de ter reagido numa perspectiva de liberdade, alguém acredita que o partido anti-europeu cujo representante em Estrasburgo se insurgiu agiria de forma diferente, caso algum dos seus passasse a cantar loas a José Barroso & Associados?
Quanto ao fundo da questão, é tão demagógico atribuir indiferenciadamente ao conjunto dos imigrantes as causas da criminalidade crescente, ou outros flagelos sociais, como determinar que ter por excessivo um fluxo de trabalhadores da Estranja seja um apelo à xenofobia. O mal está num outro tenebroso díptico: deixar que sejam políticos eleitos a decidir as questões das autorizações de permanência, em que se junta a fome à vonntade de comer, isto é a inclinação para a propaganda sem escrúpulos às pulsões de comunidades escaldadas; e a impunidade dos estranhos que vieram para roubar e matar, não para trabalhar.
As quotas de imigração deviam, mas em cada Estado, ser decididas por um Conselho Técnico, assim como as taxas de juro o são, conforme seja necessário estimular a economia ou travar a inflação. Deixar aos discursos e aos votos a disciplina do tema é o suicídio.
O mal não está nos imigrantes, nem nos seus oponentes, desde que uns e outros não sejam violentos. Está nos partidos, que são sempre uma violência.
Quanto ao fundo da questão, é tão demagógico atribuir indiferenciadamente ao conjunto dos imigrantes as causas da criminalidade crescente, ou outros flagelos sociais, como determinar que ter por excessivo um fluxo de trabalhadores da Estranja seja um apelo à xenofobia. O mal está num outro tenebroso díptico: deixar que sejam políticos eleitos a decidir as questões das autorizações de permanência, em que se junta a fome à vonntade de comer, isto é a inclinação para a propaganda sem escrúpulos às pulsões de comunidades escaldadas; e a impunidade dos estranhos que vieram para roubar e matar, não para trabalhar.
As quotas de imigração deviam, mas em cada Estado, ser decididas por um Conselho Técnico, assim como as taxas de juro o são, conforme seja necessário estimular a economia ou travar a inflação. Deixar aos discursos e aos votos a disciplina do tema é o suicídio.
O mal não está nos imigrantes, nem nos seus oponentes, desde que uns e outros não sejam violentos. Está nos partidos, que são sempre uma violência.
10 comentários:
Não será maior crime todos aqueles que se querem aproveitar da instabilidade desses mesmos imigrantes?
Exactamente! Como noutros muitos aspectos da vida de um País,há que haver um estudo fundamentado, por parte de quem saiba ser o racional bastante para ver aquilo que realmente interessa,sem ideias preconcebidas, num sentido ou no seu oposto.
Beijo
(P.S.afasto-me durante uns tempos do"Afinidades", porque vou amanhã, bem cedo, submeter-me a uma intervenção cirúrgica. Até lá!)
Meu Caro Caputão-Mor,
com certeza, esse é um dos sentidos demagógicos denunciados. Os imigrantes devem ser admitidos cnforme a utilidade que tenham para o país de acolhimento e julgados individualmente, com muito rigor, como também o devem ser os nacionais, sendo certo que aos prevaricadores cabe a agravante de se portarem mal em casa alheia.
Ódios ou afectos dirigidos ao conjunto, em vez de a cada indivíduo é que não devem ser tolerados.
Abraço
Querida Cristina,
notícia que me deixa apreensivo, embora esteja certo de que tudo correrá bem. Não tenho a menor dúvida de que expresso o que vai na alma não só deste Seu imensamente devedor, como na de todos os Comentadores e Leitores desta casa, ao garantir que temos os dedos todos cruzados para que o susesso seja absoluto.
Beijo grande e ponha-Se em forma depressa, para voltar à equipa.
Querida Cristina:
Que corra tudo bem e dê notícias depressa, sim?
Beijinhos
Permite-me que remeta qualquer comentário desta banda sobre este tema, para a travessa requentada de alguns posts mais antigos?
http://jemantiaindrai.blogspot.com/2005/12/like-roman-uma-prosa-recente-de.html
http://jemantiaindrai.blogspot.com/2006/09/razo-de-enoch-powell-o-acordar-para.html
http://jemantiaindrai.blogspot.com/2006/11/do-preo-do-politicamente-correcto-pela.html
Obrigadíssimo, Meu Caro Je maintiendrai, enriquecimento de monta desta revivescência do tema que, se não me engano, também mobilizou o Caro Euro-Ultramarino.
Claro que se exorta vivamente à visita de estudo a Estes obrigatórios Lugares de Formação.
Abraço
Amigo Réprobo,
A este tema não resisto, mas não vou alongar-me. Deixo apenas um link com uma breve referência a Powell por causa do último livro de Pat Buchanan.
http://penaeespada.blogspot.com/2006/09/profetas.html
Um abraço.
Obrigadíssimo,Meu Caro Duarte, creio que é a Tua estreia a comentar neste antro, pelo que o saúdo com um abraço. Vou já ver.
A minha estreia, é verdade, mas apenas por pura preguiça. Sou, como não podia deixar de ser, leitor incondicional desta casa (como das anteriores) desde o início.
Abraço.
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