quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Dilucidação da Ambiguidade

A Eleição no Condado de George Caleb BinghamOs mesmos que recitam as loas ao Representativismo vêm agora reconhecer que ele não serve, por tornar dificilmente governáveis as câmaras, propondo assim que uma pequena vantagem se transforme numa maioria à pressão. A melhor mentira é a que inclui uns grãos de verdade, sabe-se. Claro que eleições a que concorram partidos são um entrave a governações capazes. Mas em que é que o plano autárquico, onde mais facilmente são estabelecidos acordos e, apesar de tudo, os interesses concretos dos munícipes têm maior presença, por não ser tão voraz a abstractização normativa, é diferente do Nacional? Em vez de tratamentos conservadores exigia-se era a abolição dos partidos. Seja como for, o reconhecimento da necessidade desta engenharia eleitoral vem demonstrar que Representação, em Politologia, não deve ser entendida no sentido da observância do mandato, mas no teatral.

2 comentários:

Anónimo disse...

S. Parece-me que temos o dedo do lóbi do António Costa ainda não recomposto dos vinte e nove por cento.

O Réprobo disse...

Meu Caro Rudolfo Moreira,
esse e todos os que não conseguiram, com as regras do jogo, o poder que ambicionavam vão pelo menos beneficiar da alteração delas. Nem há moralidade, nem comem todos.
Abraço