terça-feira, 13 de novembro de 2007

Roda Livre

O que é triste na aquisição das carripanas de luxo para o Ministério da Justiça é que a inenarrável falta de jeito do titular da tutela tenha encontrado como único terreno objectável a irregularidade eventual de procedimentos, apressando-se a contestá-la. Nem uma palavra para a (in)sensatez de decidir tal compra, quando numerosas repartições da Administração do Estado se queixam da insuficiência de verba para assegurar clips. Ou talvez tenham interpretado estes lamentos como dirigidos à vontade de consumir produções Pop/Rock, o que justificaria as aparelhagens de som, com a concomitante modéstia de prescindir da imagem.... No resto é uma tentativa de, dando música, sossegar o Povo qanto à governação andar sobre rodas...
Os mais íntimos do Passado suspeitarão de que se trata de celebrar a emancipação das disposições do Highways and Locmotives Act, de 13 de Novembro de 1896, as quais, na prática, aboliam o automóvel, ao consignarem a obrigatoriedade de todo o veículo ter três maquinistas de prevenção e mais um, à frente, com uma bandeira vermelha, hoje desbotada para o rosa. Tudo para evitar acidentes como o do desbravador do ramo, a viatura auto-propulsionada, a vapor, de Cugnot, que terminara no primeiro acidente de viação sem animais de tiro envolvidos.
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4 comentários:

Anónimo disse...

Caríssimo Amigo: A «Highways and Locomotives Act» ficou conhecida como «Lei da Bandeira Vermelha», por exigir que cada veículo motorizado fosse precedido por um homem A PÉ agitando uma bandeira vermelha. Numa altura em que os autocarros a vapor ingleses faziam já cerca de 40 Km/h, restringir esta «velocidade louca» para 6 Km/h (a de um homem a pé) simplesmente acabou com eles, atrasando a Inglaterra em cerca de 60 anos no desenvolvimento do automóvel. E os acidentes com veículos de tracção animal continuaram...

Por cá, e na malfadada CE, a «Lei da Bandeira Vermelha» assume muitas formas, como limites absurdos de 50Km/h nas localidades (quando desde 1940 eram de 60Km/h), radares, coletes ridículos, impostos, etc. Contudo, avultam duas finalidades magnas destas novas «leis da bandeira vermelha», nenhuma das quais minimamente preocupada com a verdadeira segurança rodoviária: a extorsão de dinheiro ao cidadão - e portanto ao País, quiçá para compra de mais carros de luxo - e a consagração de uma nomenclatura oligárquica, que pode ter todos os privilégios enquanto que o cidadão só tem o de poder (forçado) concordar com ela.

E as «bicicletadas e outros folclores semelhantes, tão ao gosto de certas esquerdas, terão a finalidade de nos programar para dentro em pouco andarmos todos de «bicla» (que é o único veículo de tracção animal em que o dito vai aos comandos) e, se calhar, de pijama azul e boné a condizer, tipo China comunista. Enquanto a nova nomenklatura anda em carros de topo de gama...

Meu Caro, estamos a caminho de uma ditadura abjecta, em que as organizações criminosas que tomaram de assalto o Estado pretendem tirar o máximo lucro do(s) País(es) assim «conquistado(s)», tranformando-nos todos em escravos, sob um verdadeiro estado policial, que tem muito mais de estalinista (com um capitalismo centrado na oligarquia dominante) do que de hitleriano.

É dever nosso, como patriotas que ainda se apercebem das manobras escusas em nosso redor, alertar, lutar dentro das nossas possibilidades, rejeitaintimamente todas estas políticas de subjugação e esmagamento da nossa Pátria, do nosso Povo, da nossa Cultura.

«Não foi para servos que nascemos, de Grécia, Roma ou de ninguém», escreveu Fernando Pessoa. Rezemos pois, e enfrentemos com força e coragem o nauseabundo vento que sopra de Bruxelas e de outros locais, o vento do totalitarismo (não aquele de que falam os esquerdistas nas suas cassettes fanhosas) e da escravidão.

Antes que seja tarde.

Um grande abraço.

O Réprobo disse...

Meu Caro Carlos Portugal,
era para essa disposição de segurança rodoviária que eu remetia, pois. Claro que os acidentes com veículos puxados por quadrúpedes continuaram, apenas quis dizer que aquele foi pioneiro na participação solitária de bípedesde um dos lados...
Nada que atrapalhe as cúpulas da nossa Asministração, as quais, não querendo os restos dos narcotraficantes, desataram a comprar limusinas de luxo, dado o desafogo actual do País. O que prova que os quadrúpedes continuam a acidentar a nossa marcha, por lenta que seja.
Abraço

Anónimo disse...

Nem mais, Caríssimo Amigo...

Abraço.

O Réprobo disse...

Outro!