O Príncipe Sem Maquiavel
Em igual dia de 1945 o Senhor Dom Duarte Nuno anunciava aos Lusos a garantia da Sua sucessão directa nos direitos do Trono de Seus Reais Avós. Hoje, em tempos de banimento revogado, mas de mediocridade epidémica, urge falar no papel do Herdeiro da Coroa. É necessário que esteja disposto ao sacrifício de desembainhar a espada para tentar salvar os seus súbditos, como outrora o Bisavô D. Miguel I fez, com sacrifício da sua situação, porém não beliscando um milímetro das convicções. Não deve a espera por Tal Disponibilidade, porém, ser pretexto para a inacção dos monárquicos mais doutrinados, ou dos meros simpatizantes. A tarefa da mudança cabe-nos, como a responsabilidade inerente. Do Príncipe espera-se não que seja mais uma Reserva da República, a qual nos foi sucessivamente frustrando com a entrada em jogo de ineptos elementos desse banco. Deve ser a Reserva da Nação, justamente para quando com a República Portugal empreender a "rescisão contratual" constitutiva da chicotada psicológica de que todos os espíritos atentos andam ávidos.
Mas atenção, não deve Aquele que um dia retomará a Coroa ceder à transigência com o espírito fragmentário das facções. A incumbência da definição do molde do Futuro cabe, no melhor espírito das Cortes tradicionais, à base popular que O aclame, em nada devendo o Homem diminuir o Papel Cimeiro de União que cabe ao Rei.
Nesta data de esperança curvo-me perante Sua Alteza Real o Senhor D. Duarte.
12 comentários:
Pois.
E o que é que farão com os Constitucionalistas Liberais e a "punção histórica" do Tio-Bisavô D. Pedro IV, a mesma que vigora em todas as Monarquias da União Europeia ? Degredados para o Castelo de S. João Baptista na Ilha Terceira ?
absolutismo?
defende o absolutismo?
Caro Anónimo,
lá com o que os outros fazem em casa deles posso eu bem... ou acha mesmo que a conhecida capacidade de intervenção da UE se iria manifestar finalmente com competência no nosso caso específico? Eles não podem com uma gata pelo rabo!
Não me dê ideias quanto aos constitucionalistas liberais, ehehehehe. Mas seria injusto para a Boa Gente dos Açores fazer das Belas Ilhas uma colónia penal.
Caro Anónimo das 15.54H,
nem por sombras, foi com esse regime que a derrocada começou. Defendo um Tradicionalismo radicalmente descentralizado nos pelouros técnico-sociais, com base regional e municipal, onde não haja Rodrigues & Campos a depauperarem ainda mais as populações indefesas da Província.
Suponho que o absolutismo se refere em particular ao reinado de D. José I e ao Marquês de Pombal, que não à re-escrita História de Portugal referente ao reinado de D. Miguel I, tido fraudulenta e históricamente por «absolutista».
Designar-se-ia então a Monarquia de D. Miguel I, uma Monarquia Tradicional, descentralizada nos pelouros técnico-sociais, com base regional e municipal ?
Prometo não voltar a incomodar os meus caros compatriotas e desde já me despeço com as melhores saudações monárquicas.
Caríssimo Anónimo,
incómodo nenhum, antes muita honra em receber Interlocutores Estimáveis.
Sim, o desvio pombalino terá sido o climax dese nefando absolutismo centralista, em que as Ordens perderam de vista a sua razão de ser e se burocratizaram ao extremo. Mas também não sou fã do que precedia, o período Joanino, apesar das erratas de Ameal C.ª.
Quanto à Reacção Miguelista, foram dados passos no Bom Sentido, nomeadamente no reconhecimento do papel que deveria caber às Cortes. Dessem-Lhe tempo e não vencesse o interesse estrangeiro...
Abraço
Devo,em primeiro lugar,ao Professor José Hermano Saraiva,o facto de,desde cedo,ter começado a amar a História Pátria:frequentava a Escola Primária,e não perdia um dos seus programas na televisão.O entusiasmo que me incutiu,tive a sorte de o ver alimentado,já na Escola da Cidade,por um Professor ,e,depois, por mais duas Professoras,que nunca me fizeram esmorecer nesse fervor,bem pelo contrário.
Tornou-se natural,pois,o afeiçoar-me à ideia da Instituição Monárquica.Mas sempre foi um sentimento pouco cimentado.
Pouco tempo depois de entrar em contacto com a blogosfera conheci o blogue de Miguel Castelo-Branco,e tive a impressão de retomar algo que deixara pelo caminho,e que está na base da Nação-o Ideal da Monarquia.Essa impressão continuou ao tomar conhecimento com outros blogues,e hoje é entre estes que me sinto bem;é com eles que vou aprofundando aquilo em que acredito,colocando-me algumas questões que a sua leitura por vezes suscita.
Face à desilusão que o Regime Político em que vivemos trouxe(sim,porque comecei por ter ilusões),o caminho a seguir parece-me evidente,embora sejam mais que muitas as resistências a ver o que realmente serve o País.
Parece-me que só quando batermos no fundo(e nunca estivemos tão perto...)
Beijo
Depois de vos ler, fico contente por não haver monarquia.
Cristina,
parafraseando S. Boaventura, todos os caminhos são bons para chegar à Monarquia, desde que levem lá, evidentemente. E o culto da História, como, já agora, o do blogue do Miguel, são escolhas de Mestre(a).
Beijo
'curvo-me perante Sua Alteza Real o Senhor D. Duarte. '
CUIDADO com a espada..., não ele , O GOSMA (de cognome) não o penetre...
Ora, ora, o Senhor, que é inteligente, deixe-se de tonterias...
PARA TONTOS JÁ BASTAM OS TRÊS MANOS...
Isso não me espanta, Marta, considerando as outras posições públicas que defende. Nunca vi um caso de uma Pessoa tão adorável em privado e com tão pronunciada tendência para louvar o crime. Dr. Jekyll e Mrs. Hyde, claro. Mas não vale a pena tentar espalhar essa peculiaridade.
O comentário sobre tonterias esgota o tema,mas não da forma ou com a atribuição que julga procedentes.
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