Pirilampos da Ribalta
Não contem comigo para sombra de acto da mais tola e reles solidariedade nacional para com os sacripantas que foram como turistas à Letónia e resolveram passar da condição semi-criminal à de pleno direito, mutilando bandeiras nacionais do País que os recebia. Quando era novo visitei algumas terras estrangeiras e apanhei não menor número de bebedeiras. Nem eu nem os que comigo travaram essas rudimentares formas de convívio caímos em condutas gratuitas que pudessem ofender os que nos acolhiam. Só espero que o simpático Estado Báltico não esteja demasiado obcecado em mostrar-se mais europeu do que os membros mais antigos da UE, ao ponto de não aplicar correctivo visível nos rapazolas. Nesse caso, a frase desculpabilizadora do cartaz publicado terá algum sentido: o merecimento que à fraqueza respeita.
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Por que será que tudo o que nos chega da Irlanda tem um pouco de feérico? Até um acto pouco entusiasmante, como é o incidente eleitoral, nos traz uma atmosfera diferente. Nem falarei muito dos resultados, ou da ideologia dos dois partidos hegemónicos, que deram um apertão mais nos menores que sonhavam disputar-lhes algum espaço. Por cá cai-se na vulgaridade de dizer que o Fianna Fáil é de Centro-Esquerda e o seu principal rival de Centro-Direita. A realidade é muito mais complexa, nas partilhas do património da luta pela independência, tudo dependendo do ponto de vista do observador. Se económica e socialmente o partido do Sr. Ahern tem um historial mais hostil ao não-intervencionismo, nas questões político-morais estaria mais próximo do Catolicismo Tradicional, que, no entanto, também informa o seu adversário mais vigoroso.
Vamos, no entanto, à magia dos nomes: Fianna Fáil, os Soldados do Destino... não inculca um equilíbrio entre Moïra e o domínio das consequências da acção não igualado em lugar diverso, no Ocidente? O "Destino" para o transcendente, a condição militar que afasta o abandono das e às deserções...
Vamos, no entanto, à magia dos nomes: Fianna Fáil, os Soldados do Destino... não inculca um equilíbrio entre Moïra e o domínio das consequências da acção não igualado em lugar diverso, no Ocidente? O "Destino" para o transcendente, a condição militar que afasta o abandono das e às deserções...
Terra feliz, após muito ter penado.
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Bem me parecia! O afã de tanto político em querer criar a estulta e obtusa regra de uma vocal mas vazia "paridade" nas listas eleitorais tinha de trazer água no bico. Ou era coisa para se protegerem, que um homem público na partidocracia raramente é desinteressado, ou visava eliminar concorrência. Durante muitos anos houve mais Homens do que Mulheres a candidatar-se. Agora, quando a tendência é alterada, toca a garantir uma quotazita mínima, para subsistir, ou para afastar o Perigo para em longe, sob uma aparência generosa. Neste último caso está o chuto para o Espaço do Belo Sexo, com o pretexto de Lhe abrir a carreira da cosmonáutica. Prova do primeiro é a não-aceitação de uma lista do PP das Canárias composta inteiramente por Senhoras, querendo garantir a presença masculina. E repare-se que nas terreolas onde é mais difícil apresentar coisa semelhante, a protecção legal faz gala em não actuar. Depois queixem-se do machismo dos lugarejos, quando não há entidade mais machista do que a Lei! Se fosse para consagrar os hábitos sociais estabelecidos, também não haveria razão para os modificar nos grandes aglomerados. Qual! Os detentores do Poder sentiram foi de onde vinha o perigo. Cá para mim, já se sabe, quanto mais saias na vida pública melhor. E não defendo a Diáspora aplicada aos Escoceses...
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O Fim do Túnel, de Bob Nunn
Na sequência do alívio pressentido pelo meu Amigo Pedro Guedes quanto à reacção dos Lisboetas à obstrução, hoje em perda na Bolsa política, do Vereador Sá Fernandes ao túnel do Marquês, tenho de o justificar: o homem é dotado de presciência e apercebeu-se com anos de avanço desta situação. Só não conseguiu ver onde se localizava a marosca. E como Lisboa fica mais à mão que Reikjavyk...
Na sequência do alívio pressentido pelo meu Amigo Pedro Guedes quanto à reacção dos Lisboetas à obstrução, hoje em perda na Bolsa política, do Vereador Sá Fernandes ao túnel do Marquês, tenho de o justificar: o homem é dotado de presciência e apercebeu-se com anos de avanço desta situação. Só não conseguiu ver onde se localizava a marosca. E como Lisboa fica mais à mão que Reikjavyk...
15 comentários:
“Quando era novo visitei algumas terras estrangeiras
e apanhei não menor número de bebedeiras.”
Eis a escaldante “confissão” mais inesperada
Que merece, e de que maneira, ser saudada!
Mas com ela ficou mais aguçada
A curiosidade mais curiosa…
Quem será o Misterioso Réprobo,
Cuja Juventude ficou assim Famosa?...
Vão-se descobrindo as verdades,sr.Oliveira da Figueira(quer-me cá parecer que o Réprobo não tem muito do seu amigo repórter eheheh!)
Mistééééééério, Sr. Oliveira da Figueira!
Mas como havia eu de me evadir das desgraças do Mundo em tempos que não disponibilizavam blogues?
Abraço
Por que é que a Perspicaz Cristina pensa que lhe (ao reporter) prefiro o Grande Capitão? Por falar nisso, em «Perdidos no Mar/Carvão no Porão» o Sr. Oliveira da Figueira deu umas boas alegrias ao pobre Haddock com um rosé a que sem dúvida prefiro o tintol.
Mas uma Minhota deve ser, também aí, toda do verde, não?
Beijo
Olhe que não,olhe que não;não há nada como um Cartuxa(e,na falta deste,um outro alentejano :) )
Beijo
Excelentíssima Cristina Ribeiro
O Mistério continua, consegui-lo-emos desvendar?
Quiçá à Boa Mesa Alentejana, e claro…
Com um tinto alentejano a acompanhar!
Se for preciso, convocamos Don Çamorano
Que de certeza nos virá ajudar.
Que mais não seja sentando-se à Mesa
Para o que é Alentejano degustar!
Si los amigos portugueses me invitan al convite, llevaré una botella de Cebreros o Cigales y haré gestiones para que se incorpore a la velada la señorita Malena Gracia. Un saludo.
Não sabe a alegria com que A leio, Cristina! Não que me desgoste o verde, mas como diz um Querido Amigo, por sinal também Minhoto, pelos Ancestrais, não é vinho, é... refresco!
Beijo
Oh Sr. Oliveira da Figueira, o Ilustríssimo Don Çamorano, que é mais do que bem-vindo, como a Cativante Companhia, já Se pronunciou. E toca a falar ao Amigo Mário, que no outro dia provei uma pomada da Terra Dele que muito bem me soube. "Tapada das Coelheiras", pode ser?
Mais, Se o Genial Discípulo de Gongora Se dignasse a descer do respectivo Olimpo, tenho a certeza de que juntaria ao repasto um certo Armagnac de que é frequentador...
Abraço
Excelentíssima Cristina Ribeiro,
Caríssimos Amigos Réprobo e Don Çamorano,
Sr. Oliveira da Figueira.
Honra-me a chamada à Vossa Conversa.
Aqui por Portalegre temos o Tapada do Chaves, e como lote inferior desta casa o Almojanda; temos o Avillez; temos o Monte da Penha; temos a Adega Cooperativa.
À excepção da Adega, o Tapada do Chaves tinto continua excelente, tal como o Monte da Penha, mas aqui o branco também é muito bom, e o Avillez continua bom.
Espero um dia poder provar as melhores colheitas, junto com os meus Ilustres Amigos.
Cumprimentos e Abraços.
Mário
E pronto!Se o Mário arranjar umas azeitonas com orégãos,aí da vossa colheita,...hmmm!
Caríssima Cristina
É coisa que se não há mais vezes à modesta mesa desta Casa é porque de tão "gulosas", há que haver moderação…
Mas eu acrescentaria o queijo, e o mais afamado é o delicioso queijo de Nisa, concelho que fica entre o Tejo e Portalegre.
Cumprimentos.
Mário
Caro Mário,
um repasto desses,com pão alentejano,azeitonas(sem abusar,claro),queijo,vinho da região,é mesmo um manjar dos deuses.Que bem se come no Alentejo...
Além de que é uma região bendita,não só pela Natureza e riqueza patrimonial,mas também pelas suas gentes.Um destino de eleição.
Cumprimentos
Com a do queijo é que o Mário proclamou a urgência do picnic. Fui rato na outra encarnação, não há dúvida.
Beijo e abraço
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