sábado, 11 de agosto de 2007

A Mulher Ideal

Celebra-se hoje, graças ao talento benigno de Al Taliaferro, mais um aniversário de um Vulto amado por todos: sozinha desde há muito, dirige uma quinta com todas as dificuldades inerentes, então depois da PAC, revelando-se, literalmente, uma "mulher de armas" quando se torna necessário empunhar um velho bacamarte. Tem o sentido de Família, sendo refúgio, voz ponderada e acolhedora para todos os muitos descendentes que a procuram. Cozinha como ninguém, sendo o seu Manual o livro de culinária que mais leio. Acolhe um ganso imprestável, guloso e trapalhão, como muitos que andam por aí a grasnar, mas sem jamais lhe fazer ver isso, no que se revela muito mais caridosa do que o autor deste blogue. É, em suma, a imagem da independência feminina, digna de todo o culto, sem que por isso o réprobo, ou ela própria, se hajam tornado feministas. Conhecendo-a, ficamos cientes de que patos somos nós, que não temos alguém assim, por perto.

O itálico acima é uma paráfrase facílima de Salazar, aquando da entrada das primeiras Eleitas na Assembleia Nacional. Cito de memória: «Achou-se de grande vantagem que algumas senhoras estivessem presentes na legislatura, sem que por isso o Estado, ou elas próprias, se hajam tornado feministas». Hélas, vendo o que tive de modificar, l´État c´est moi. Fico inconsolável, não preciso de quem me insulte, basto-me amplamente...

2 comentários:

Ricardo António Alves disse...

Vê lá tu que tinha para mim ser a querida pata uma criação do bom do Barks. A propósito: conheces a saga do Patinhas pelo Don Rosa? Não percas. Ab.

O Réprobo disse...

Nãããããão! E olha, só quando andava à procura da biografia credível da Vovó é que soube como é que o Patinhas era tio daquela pataria toda: uma irmã dele casara com um filho da Fazendeira. Ainda acabo em genealogista de bonecos!
Abraço