quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Com o PCP

Devo dizer que estou com a direcção do PCP na disputa que tem vindo a lume com a deputada Luísa Mesquita e, embora menos, com o edil da Marinha Grande. No nosso País os membros do Parlamento não são eleitos com cara própria nos boletins, ao contrário do que sucede na América do Norte, logo o que lhes facilita o acesso ao cargo, a diluição sob o manto do símbolo partidário, também deve sobrepor-se, em convindo ao directório. Já nas Câmaras é diferente, pois a personalidade do candidato a Presidente, para muito boa gente conta e o lugar é orgão municipal autónomo. Simplesmente, em ambos os casos parece ter havido concordância dos eleitos em se deixarem substituir quando o Partido o entendesse. E nunca gostei de gente que não honra o que assina.
Dito isto, em nada fica esbatido o patético de querer afogar todas as notoriedades comprimindo-as pelo trabalho do colectivo. Parece-me mais do que o uso da promoção da mediocridade, embora o escaldão das saídas de vedetas, depois da queda do Muro possa influir um tanto. Há mais fundos motivos: tentam os Comunistas tapar os olhos a toda a falência teórica das teses histórico-económicas atirando as culpas para o Culto da Personalidade que delas teria constituído um desvio. E agarrando-se com ambas as mãos - e mais alguma que na manga tenham - à prática contrária e eliminatória do brilho individual, visando aparecer como "purificados".

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