quinta-feira, 15 de novembro de 2007

O Grande Barrete... Frígio

Se as posições políticas de Fernando Pessoa ainda são referidas ao de leve, graças à simpatia maçónica e resultante zanga com Salazar, as de Almada Negreiros costumam ser prudentemente omitidas de toda a reportagem televisiva que aborde a obra do Artista. Eis como, no «Papagaio Real», pôs a República a falar com Bernardino Machado, perguntando-lhe pelos sentimentos do Zé Povinho quanto a ela e obtendo o relato das saudades da Monarquia de que Aquele enfermaria.
A República de Terceira de hoje será menos sanguinária, porém, em boçalidade, tal mãe, tal filha. Com a agravante de as cartolas dos eleitos actuais serem usadas à maneira dos ilusionistas, para enganar a audiência, não já para as chapeladas do Cordial B. M.
O título da caricatura encontra-se mais justificado do que nunca.

2 comentários:

Anónimo disse...

Infelizmente é bem verdade, Caríssimo...

A respública de hoje ganhou em perfídia e maldade o que a «mãe» tinha de instintos sanguinários.

Em que mãos (mãos não, manápulas!) é que a Pátria caíu!

Abraço.

O Réprobo disse...

Meu Caro Carlos Portugal,
onde se vê a situação mais desesperada do que na viragem do Século XIX para o XX é na atitude do que passa por Intelectualidade, a qual, mesmo quando se apercebe do pântano quotidiano, abdicou de lutar pela alteração do modelo político.
Abraço