terça-feira, 23 de outubro de 2007

À Criatividade Brasileira

Outro 23 de Outubro, o de 1906, viu Alberto Santos Dumont fazer um voo apenas com motor próprio no campo de La Bagatelle. Quem o creia uma bagatela despreza perigosamente a vontade de se elevar por si e mostra-se impermeável à admiração da elegância simbolizada pelas máquinas por ele posteriormente construídas, cada uma delas pelos Franceses alcunhada "Demoiselle", como à sua noção de serviço altruísta, que o levou a desdenhar as patentes e os direitos.
Fico matutando sobre se ainda conservamos alguma destas qualidades de Galegos e Brasileiros, os Povos que, historicamente, nos são mais próximos...

2 comentários:

Capitão-Mor disse...

Realmente um prodígio para a época! Creio que na actualidade, os brasileiros poderão novamente vir a dar cartas na área dos biocombustíveis, área em que já se encontram na vanguarda. Bom, quanto às teorias de "povos irmãos" ou que nos são mais próximos já não concordo tanto. Acho que tudo isso faz mesmo parte da parte fantasiosa do ser lusitano. Na prática, nunca senti isso na pele e tenho relatos análogos de pessoas que já viveram na Galiza.
Abraço

O Réprobo disse...

Caro Capitão-Mor,
pois eu tenho testemunhosno outro sentido, talvez por contar muitos Amigos Minhotos... A Cristina Ribeiro que se pronuncie. E não esquecendo a ligação cultural sempre realçada pelo grande Vulto que dá pelo nome de Çamorano/Filomeno.
De resto, admito-me condicionado pela unidade literária procurada por Jacinto Prado Coelho entre as três literaturas e pelo devoto queirosianismo de Guerra da Cal.

Santos Dumont era um prodígio, quer como engenheiro auto-didacta, quer no plano ético da disponibilização do seu contributo.

Alegra-me que a Terra de Vera Cruz retome lideranças.
Abraço