quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Mouros, Mourinhos e Alguns Mais

1- Até os Drusos de Jumblatt - que conhecem bem a família Hassad, por, noutra encarnação, lhe terem servido os interesses, sabem da cobardia de Damasco. Perante isto choca ver alguns portugueses calarem-se quando um Cristão é morto à bomba e chamarem lacrimosamente criminosos Aos que estragam os ingredientes de bombas maiores, na posse dos autores do feito.

2- O Special One não se furtou à despedível condição de everyone, no ofício de treinador. Não gosto nem um bocadinho da personalidade do nosso compatriota, mas a satisfação mafiosa do dono do Chelsea quando o clube perdia e a desilusão aquando do empate, contra o Rosenborg, ainda me inspiram piores sentimentos. Pobre público britânico, a Pátria do Desporto, com dirigentes que torcem contra os próprios clubes, sabe-se lá em função de que perspectivas negociais!

3- Um Belga pôs, na net, o seu País em Leilão, obtendo "licitações" de vulto. Impossível de importar para Portugal o exemplo. Para além de ser duvidoso que o estado actual despertasse interesse comprador, já foi vendido, há 33 anos, por tuta e meia. Culpem o atraso da informática de então, culpem.

4- Por vezes, a imitação do estrangeiro faz bem. Ninguém me tira da cabeça que os aplausos a C. Ronaldo e Nani em Alvalade, ontem, vivem muito do exemplo dado em Milão, pela recepção entusiástica a Rui Costa, por parte dos adeptos locais. Cá, como se sabe, o hábito era assobiar ex-jogadores da cor, como os meus consócios fizeram a João Pinto, despedido pelo próprio Clube...

5- O Grillo falante, Beppe Grillo, de seu nome, quer extinguir a corrupção e a impunidade da classe política e não esconde que tal só será plenamente conseguido em Itália com a abolição dos partidos. Centenas de milhar de assinaturas às petições que promove, 50.000 participantes num comício, em Bolonha, um milhão de visitas ao seu blogue, em Julho. Por cá sofremos do mesmo, mas falta-nos a consciência que nos impeça de ser bonecos de madeira marionetados por directórios vorazes, mentindo eternamente a nós próprios sobre a liberdade de que nos gabamos.

4 comentários:

Flávio Santos disse...

1. Lá voltamos à mesma discussão. Sempre que há um atentado no Líbano logo se frisa que a vítima era anti-síria, como que designando num julgamento sumário o único e óbvio autor do atentado. A quem a confusão no Líbano beneficia não ocorre a ninguém discutir. Tenho o regime de Damasco como nada propício a gerar a paz no Médio oriente mas não é o único com essa postura.
O meu postal de Fevereiro de 2005 continua, infelizmente, bem actual:
http://santosdacasa.weblog.com.pt/arquivo/2005/02/morte_de_hariri.html

4. Não acho que os adeptos lagartos temnham um espírito especialmente desportivo mas já houve o precedente de Figo quando lá foi jogar com as cores do Inter. Quanto ao não festejar o golo que se marca ao antigo clube há n precedentes, desde o mais recente de João Paulo em Leiria ao serviço do FCP ao de Romeu frente ao Guimarães quando já envergava de Cruz de Cristo ao peito.

O Réprobo disse...

Meu Caro F.Santos,
essa do Figo foi bem lembrada, mas era um tanto interesseira: se bem recordas, na altura, falava-se em ele regressar a Alvalade e acabar a carreira onde começou...

Quanto ao Médio Oriente, a quem beneficia a confusão no Líbano? Damasco, claro, que pode continuar a colonizar um pequeno País mais à vontade, enquanto este não disponha de unidade e de força militar que lhe opona. E os estados não são todops iguais. Se há um, de outra Religião, que mata Cristãos, os que executem os seus agentes tenho-os por irmãos.
Abraço

Anónimo disse...

Olá Paulo,
quanto ao ponto nº1,confesso que me é impossível não ficar perplexa e,usurpando o termo,chocada.
Relativamente ao 4ºponto,fiquei,só tendo visto o excerto repetido no telejornal,emocionada:não é isto o "desportivismo"?
Beijo

O Réprobo disse...

Queruda Cristina,
quanto ao ponto quatro, também acho e por isso aqui o enalteço. Honra ao Mérito!
Quanto ao primeiro, também eu estou em estado de choque pelo assassínio de mais um opositor (não-armado, note-se) ao imperialismo sírio, ainda por cima, da nossa tão perseguida religião.
Beijo