Um dos Vencidos
Querida T, a Figura que dá à nossa curiosidade e pela qual manifesta a Sua foi alvo do melhor e do pior que em elogios fúnebres se fez em Portugal. Na primeira categoria, o grosso «In Memoriam», onde vultos do melhor que a intelectualidade da altura produziu dão conta do "Homem e da Sua Época" em contributos de muito proveito para o conhecimento da transição do Séc.XIX para o XX. O menos bom está neste raro opúsculo, escrito em acaciano estilo laudatório, que só a boa intenção redimirá. Há das obras do historiador, duas maiores entre todas: a que versa a Rainha D. Leonor, incontornável, como é moda dizer-se, apesar de ser assunto estudado ulteriormente. E o volume sobre o Paço de Sintra. Mas não só, também aquele com que topou, as «Donas de tempos Idos», o meu preferido «Bobos na Corte», «Neves de Antanho»...
Servidor do Paço que foi celebrou a Rainha que serviu em opúsculo célebre com alusão implícita À que resgatara do esquecimento. Participou no Grupo que se intitulou Vencidos da Vida e dessa derrota metaforizada teve o quinhão antes de a Fidelidade aos seus Soberanos lhe trazer uma outra, literal. Pode-se consultar o livro de Gomes Monteiro e o colectivo de «O Século» sobre a tertúlia, apesar de neles a atenção ser vampirizada pelos seus convivas com mais notoriedade nas letras.
É para mim factor adicional de simpatia a trágica perda da Filha, ocorrida no meu concelho, em tempos em que os cavalos das viaturas eram outros. Sendo Marquês de Sabugosa, assinou sempre com o título condal, em homenagem à maior antiguidade. E dizem que a biblioteca ainda hoje resistente dos Seus Herdeiros é maravilha muito mais digna de eleição do que as dos espectáculos televisivos.
Sem que se lhe possa comparar, é motivo de não pequena satisfação poder dizer que possuo todos os títulos aqui citados, embora três deles apenas em reedição.
Servidor do Paço que foi celebrou a Rainha que serviu em opúsculo célebre com alusão implícita À que resgatara do esquecimento. Participou no Grupo que se intitulou Vencidos da Vida e dessa derrota metaforizada teve o quinhão antes de a Fidelidade aos seus Soberanos lhe trazer uma outra, literal. Pode-se consultar o livro de Gomes Monteiro e o colectivo de «O Século» sobre a tertúlia, apesar de neles a atenção ser vampirizada pelos seus convivas com mais notoriedade nas letras.
É para mim factor adicional de simpatia a trágica perda da Filha, ocorrida no meu concelho, em tempos em que os cavalos das viaturas eram outros. Sendo Marquês de Sabugosa, assinou sempre com o título condal, em homenagem à maior antiguidade. E dizem que a biblioteca ainda hoje resistente dos Seus Herdeiros é maravilha muito mais digna de eleição do que as dos espectáculos televisivos.
Sem que se lhe possa comparar, é motivo de não pequena satisfação poder dizer que possuo todos os títulos aqui citados, embora três deles apenas em reedição.
8 comentários:
Eu só tenho mesmo os Embrechados. Aliás até posso ter mais deste autor e nem saber que os tenho.
Vou investigar.
Obrigada pelo seu texto:)
Beijinhos
Em tempos, num vislumbre fotográfico de uma biblioteca d'O Jansenista, reparei (com olho de águia...) num Paço de Sintra; bela encadernação tinha ele... A ver se o homem de Port Royal aqui a traz para inveja da confraria.
A biblioteca Sabugosa, ali ao Calvário, está boa e recomenda-se. Porventura a última das grandes Casas lisboetas que de tal se pode gabar...
Valem todos muito a, não direi pena, mas o tempo de ler. Mande sempre!
Bjinho
Vamos a isso, Meu Muito Caro Je Maintiendrai. Gostei especialmente da Alada Imagem da acuidade vusual...
Eu tenho medo tenebroso de pôr o meu no scanner, deformando a preciosidade. Talvez fotografando... A ver se carrego a máquina. Mas se o Jans Se adiantar, melhor.
Grandes notícias que me dá e vêm confirmar as de um Outro Visitador desse manancial! Deus conserve esse acervo assim muitos mais anos.
Abraço amigo
Como nas conversas,também nos blogues as palavras são como as cerejas,e as associações vão surgindo;quando li este seu postal veio-me à ideia um outro,escrito nos primórdios do"Afinidades",onde fala num outro "Vencido da Vida",o Marquês de Soveral.(Lembro-me muito bem do dia em que foi escrito,31 de Março,porque nele fala também no Ministro Paulo Cunha,de quem estivéramos a falar durante o jantar de Aniversário do meu irmão mais velho,que o tivera como Professor.
Beijo
Sim, sim o Paço de Sintra, belo exemplar, bela encadernação - coisa herdada, já se vê (o herdeiro é mais reles e não passa do paperback, outros tempos). Ainda este verão topei com umas alusões ao Conde de Sabugosa naquele livrito turiferário que li, sobre os Mellos da CUF.
Querida Cristina,
lembro-me perfeitamente e do Seu comentáro. Como recordo uma pequena confusão, talvez por incapacidade inha, que fez um Leitor, a princípio, pensar que o texto do biógrafo e diplomata que publiquei era do mesmo Mestre de Direito, o que não se verificava, sendo simplesmente a ele dirigido.
Beijo
Meu Caro Jansenista, essa do Herdeiro se dedicar a paperbacks..
Que, note-se, nada tenho contra eles. E se gosto de apreciar o livro como obra de Arte, a bolsa obriga-me, muitíssimas vezes, a opções por modalidades mais terra-a-terra, até livros de bolso, que merecerão o nosso agradecimento por preservarem o essencial. Mas «O Paço...» normalmete aparece em roupagens cuidadas. A de cá também tem casaquito capaz.
Oh diacho, tenho então de ir ver essa evocação empresarial.
Abraço
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