(N)A Ordem do Dia
Num dia 19 de Dezembro consumava-se o Pesadelo da Índia, depois de dela termos tido o Sonho. O pacifista Nehru, à frente de um partido recheado de simpatizantes de Hitler, não hesitou em matar e impor à Índia até então Portuguesa a unilateralidade asiática que servisse a propaganda de unidade de um estado recente, composto a partir de muitos mais pequenos, e sempre com a unidade periclitante. O contrário do Grande Albuquerque, o qual obrigara com brutalidade ao contrário, ao enlace de europeus e naturais que fez de Goa um centro cultural de primeira grandeza, mantendo-se nas suas elites um forte sentimento de ligação à Portugalidade e o afecto por Esse Salazar que mandou resistir. Ao menos o nome do Ilustre Vice-Rei coincidiu com um dos raros focos de obediência a instrução tão dolorosa como necessária, para salvar a dignidade, hoje tida por nada. E se o aviso Assim chamado combateu muito graças aos azares de uma comunicação cortada e de uma bandeira branca que se enrolou, ao menos em Dio, o Oliveira e Carmo que aqui Se vê à direita, não titubeou em medições de forças e foi gloriosamente para o fundo, ao contrário de outros de maiores responsabilidades.
Uma ordem deve ser obedecida. Casos como a condecoração austríaca de Maria Teresa, dada a oficiais que por sua iniciativa adoptassem condutas desconformes ao que lhes fora mandado fazer, premiavam apenas os que o realizassem com melhor resultado na luta, não os que se abstivessem dela. E o Marquês de Créqui, a um jovem oficial que saíra das linhas antes de lho ser ordenado, com a sua acção propiciando uma retumbante vitória, mandou amarrá-lo e expô-lo, chicoteado, como exemplo a não seguir, levando-o para o local onde deveria ser supliciado, antes de o perdoar, abraçar, dar uma cadeia de ouro e um cavalo valioso e o promover ao seu Estado Maior.
Esses exemplos são da desobediência que não visa salvar o couro. O que não aconteceu com as indignas chefias do Estado Português da Índia, no Século XX.
Quem quer muito à própria pele não deve ir para militar. Se os nossos antepassados prezassem tanto a deles, é que aquele de quem não direi o nome poderia considerar-se afim, porque não teria, na circunstância, Coisa que entregar.
Acima de tudo, o regime que o reabilitou definiu-se ao fazê-lo.
8 comentários:
Excelente texto meu caro amigo! Seria utópico adoptar uma atitude como a que tivémos em S.João Baptista de Ajudá?
Incendiar a maravilha que é Goa é ideia que me deixa arrepiadíssimo, Meu Caro Capitão-Mor. Não havia alternativa, senão lutar e morrer. O ónus da destruição deveria ser deixado aos invasores.
Abraço
Não obstante essa perda, parece evidente o quanto de bem ficou por lá da presença portuguesa, reconhecida por muitos goeses, que fez com que um amigo que foi à Índia me tivesse escrito de Goa: parece que acabei de chegar ao Paraíso, depois do que vi por esta terra...
Beijo
Querida Cristina,
é isso, todos os Meus Amigos que lá foram também vieram deslumbrados com a terra e com as Gentes, bem como com a lisonja de, sem qualquer pressão, muitos ainda se considerarem culturalmente portugueses.
Beijo
Sim, sim, sim.
Não costumo, mas permite-me que remeta para o "cum grano salis" de uns textozitos antigos? http://jemantiaindrai.blogspot.com/2006/12/ltima-e-solene-representao-da-estrutura.html
Oh! Meu Caro J. M, agradeço e imploro que Se dê ao trabalho de estabelecer o linkzinho, na funcionalidade junto aos comentários.
Grande abraço
Homessa! Não é caso de implorar. Mas nem assim, apesar do gosto de lhe dar gosto, porque não me ajeito com essas modernices...
Somos dois, Meu Caro JM.
Talvez alguma Alma Caridosa...
Ab.
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