Querida T, nada tenho contra
sorrisos Binaca, mas um artista português não se contenta com menos do que o único remédio contra a ceifeira molengas dos dentes. E quanto a evitar inobservâncias de horários, lembro que uma
Vespa é insusceptível de evitar as picadas dos bicharocos homónimos. Enquanto que se me deixar conduzir o
Buick que, pela descrição dos proprietários, se adequa por inteiro a V. Ex.ª, o duplo problema ficará resolvido. Além de permitir potenciar a atenção prestada a Velhinhas em autocarros, dando-lhes uma generosa boleia...
Querida T, nada tenho contra sorrisos Binaca, mas um artista português não se contenta com menos do que o único remédio contra a ceifeira molengas dos dentes. E quanto a evitar inobservâncias de horários, lembro que uma Vespa é insusceptível de evitar as picadas dos bicharocos homónimos. Enquanto que se me deixar conduzir o Buick que, pela descrição dos proprietários, se adequa por inteiro a V. Ex.ª, o duplo problema ficará resolvido. Além de permitir potenciar a atenção prestada a Velhinhas em autocarros, dando-lhes uma generosa boleia...
13 comentários:
Caríssimo Amigo: Excelente a sua classificação de «ceifeira molenga dos dentes»! Quanto à pasta Couto, «palavras para quê»?
O que já não concordo é com o Buick. Há largas décadas (desde os anos 30) que os americanos não sabem simplesmente fazer carros a sério. Seriam, quando muito, para um barão da indústria que acabasse de ascender «sans noblesse», ou para um gangster (o que não andaria muito longe do primeiro exemplo).
São carros enormes, espalhafatosos, com imenso espaço oco e desaproveitado por debaixo da chapa, gastadores, a curvarem pessimamente (culpa também das suspensões bamboleantes e moles como um pudim de gelatina) e com aquelas horrendas caixas automáticas que não lembram ao diabo. Sei do que falo, pois já conduzi alguns (o meu Pai foi professor universitário nos States). Enfim, são gostos. E a firma Diniz M. D'Almeida, representante na época da GM em Portugal, bem tentava apelar a certas camadas. Mas «dilecto da gente d'algo» é que não! O meu Amigo que me desculpe!
De carros americanos, só os saudosos Duesenberg SJ e os Cord dos anos 30 é que estariam a par dos Isotta Fraschini, dos Mercedes 540, dos Delage, dos Bugatti, dos Rolls. De resto, a Guerra acabou com as (poucas) boas marcas de além-Atlântico, capazes de rivalizarem no mercado destinado às «gentes d'algo».
Mas também acabou de vez com as «gentes d'algo», principalmente no campo financeiro. As Boas Famílias revêem-se agora apenas (e felizmente!) na sua Honra e na Tradição de séculos como Gente de Bem. E este triste mundo «democrático» e plutocrático está agora nas mãos de infames Dâmasos Salcede com ademanes socretinos que ostentam Rolexes como os corsários ostentavam as argolas de ouro.
Gente d'Algo, como o meu Amigo, conta-se hoje pelos dedos. E é ela que ainda faz avançar o Mundo.
Um grande abraço, e perdoe-me o «ranting»...
Mas, como pi(c)ada, não está nada mal, Caríssimo Paulo! A publicidade da altura era hilariante de tão... «pirosa».
Abraço
Vamos ver isso. Quanto ao transporte de velhinhas óptima ideia:)
Já lhe respondo sem picadas.
Beijinhos
Meu Caro Carlos Portugal,
eu de carros não percebo patavina, pelo que agradeço imenso que me guie nesse mundo estranho. Mas claro que o que aqui relevava era a lúdica troca de publicações que, divertidamente, eu e a T vimos fazendo, partindo do proncípio de que "a publicidade não mente". Sobretudo a antiga, ehehehehehehehe.
No entanto, posso assegurar-Lhe que após este esclarecimento, não comprarei um Buick!
Grande abraço
Uf! E eu que me preparava para adquirir um equipamento de apicultor!
Beijinho
Pode adquirir. Nunca se sabe:)
Risos e beijinho
Huuum, essa traz �gua no bico...
bj.
Traz nada. Daqui só ouço cigarras a cantar.
Beijinho
Saber esperar é virtude que as Formigas desconhecem, eu sei.
Bjinho
As formigas são prevenidas:) Beijinho
E agora? Que arrumar� esse Bicho Empreendedor?
Bj.
É deixá-la ir em carreiro contrário ou na eventual necessidade de mudarem de rumo:) Beijinho
Não esquecer o meme bourgetiano cá da casa:
"quando não é preciso mudar é preciso não mudar.
Bj.
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