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Dia que seria o de anos de T. S. Eliot. Tempo de lembrar o erro grave de Murry, ao dar a sua busca do Divino como um ramo mais da árvore cheia das conversões de Românticos e Decadentes maravilhados com a descoberta da elisão dos niilismos de que se tinham saturado. Eliot nunca foi assim. Repudiou sempre a desagregação das relações de pessoas e realizações que observava, confrontando-as com a Unidade filosófica, espiritual e literária da Idade Média dos Séculos da Construção. Mas nem no período crítico, nem na rota para a Ordem que não esterilizasse nem dissolvesse abdicou da ética elitista que bebera desde a formação.
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Por isso não se ficou em Maurras, que via muito preso às vogas da turba, quer no método de acção, quer no canto da
liga entre Rei e Povo. Por isso foi atacado pelo grande C. S. Lewis, o qual lhe imputava o refúgio muito
High Church em alturas que se reduziam a um
club fechado. Mas talvez fosse julgamento muito duro, já que se nem todos podem ser franciscanos, a substituição pelo apreço da força do Amor que S. Francisco trouxe às Aspirações Mais Altas pode bem substituir a renúncia pessoal no que toque à descoberta do Absoluto. Que, assim reflexivamente demandado, acaba por revelar-se como o despertar da Fé, congelada durante os anos da Procura, mas disponível sempre no lugar que agora passaria a ocupar de pleno direito. Por debaixo da leitura do trecho fulcral dos «Quatro Quartetos» pelo próprio, a empatia com George, fraternidade com felina criatura de Deus; e a inquisitiva interpretação pictórica da lavra de Wyndham Lewis.
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