Polícias e Ladrões
A demissão de Senador dos Estados Unidos por Larry Craig, Republicano do Idaho, põe em evidência perversões que devem ser consideradas de muito maior monta que a pálida eventualidade de conduta sexual que as despoletou. Antes de mais, uma prevenção - trata-se de um político que não aprecio, por razões completamente diversas das emergentes do incidente.
O legislador foi preso por um polícia à paisana, acusado de "emitir sinais de demanda de contacto sexual" nos lavabos masculinos do Aeroporto de Mineapolis, conhecido local de contactos gay proibidos pelos regulamentos. Concordou em considerar-se culpado de comportamento incorrecto num local público, em troca de não ser acusado de irregularidades mais graves. Foi suficiente para lhe pôr termo à carreira.
A sexualidade do homem público não me interessa, o seu currículo de oposição às reivindicações de direitos da comunidade homo também não, pois aceito perfeitamente que um decisor homossexual entenda que à sua preferência não devam ser dados mais direitos. Julgo, por outro lado, que mentir quanto à respectiva orientação, o que não está absolutamente provado que tenha acontecido, pode ser relevante, mas apenas eleitoralmente, dentro do sistema norte-americano.
O que me parece de proscrever é uma prática dos agentes de autoridade daquele País: a de se disfarçarem de prostitutas, ou de jovens que se oferecem, para caçar os incautos proto-prevaricadores atraídos por esse isco. Parece-me imoral excitar apetites postos em sossego, pressionando-os com forças capazes de romper contenções frágeis. Além de, no limite, como agora se diz, parecer uma modalidade te tantalização...
O outro ponto que me revolta é a negociabilidade das acusações. Em primeiro lugar porque a estrutura que equivalha ao Ministério Público deve fazê-las a propósito de todos os comportamentos de que pense o suspeito culpado, independentemente da facilidade ou da dificuldade da prova. Depois, porque muito boa gente, e outra, menos boa, tenderá, sob a pressão das circunstâncias, a declarar-se culpado de coisas que não fez, para se livrar de piores lençóis, em que lhe dizem estar metido.
Concluindo: nem a Instituição Policial deve adoptar comportamentos indignos, para além a infiltração em organizações criminosas, nem a Justiça deve regatear.
Ah, embora não me veja a fazer brincadeiras de pé e de mão como as da imagem, nunca mais usarei WC´s de aeroportos. Prefiro fazer nas calças, saaaafa!
O legislador foi preso por um polícia à paisana, acusado de "emitir sinais de demanda de contacto sexual" nos lavabos masculinos do Aeroporto de Mineapolis, conhecido local de contactos gay proibidos pelos regulamentos. Concordou em considerar-se culpado de comportamento incorrecto num local público, em troca de não ser acusado de irregularidades mais graves. Foi suficiente para lhe pôr termo à carreira.
A sexualidade do homem público não me interessa, o seu currículo de oposição às reivindicações de direitos da comunidade homo também não, pois aceito perfeitamente que um decisor homossexual entenda que à sua preferência não devam ser dados mais direitos. Julgo, por outro lado, que mentir quanto à respectiva orientação, o que não está absolutamente provado que tenha acontecido, pode ser relevante, mas apenas eleitoralmente, dentro do sistema norte-americano.
O que me parece de proscrever é uma prática dos agentes de autoridade daquele País: a de se disfarçarem de prostitutas, ou de jovens que se oferecem, para caçar os incautos proto-prevaricadores atraídos por esse isco. Parece-me imoral excitar apetites postos em sossego, pressionando-os com forças capazes de romper contenções frágeis. Além de, no limite, como agora se diz, parecer uma modalidade te tantalização...
O outro ponto que me revolta é a negociabilidade das acusações. Em primeiro lugar porque a estrutura que equivalha ao Ministério Público deve fazê-las a propósito de todos os comportamentos de que pense o suspeito culpado, independentemente da facilidade ou da dificuldade da prova. Depois, porque muito boa gente, e outra, menos boa, tenderá, sob a pressão das circunstâncias, a declarar-se culpado de coisas que não fez, para se livrar de piores lençóis, em que lhe dizem estar metido.
Concluindo: nem a Instituição Policial deve adoptar comportamentos indignos, para além a infiltração em organizações criminosas, nem a Justiça deve regatear.
Ah, embora não me veja a fazer brincadeiras de pé e de mão como as da imagem, nunca mais usarei WC´s de aeroportos. Prefiro fazer nas calças, saaaafa!
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