terça-feira, 2 de outubro de 2007

Aprender Com as Formigas


Dia do nascimento de Bonald, sempre essencial para pensar o que devia ser naturalmente intuído, a impossibilidade de união humana sem que seja ditada de cima, contrariando a atracção pelo esquartejamento autofágico de qualquer anarquizado resto social ou cultural. Dizia que os homens só deviam ser reunidos sob as armas ou na Igreja, por aí ouvirem e obedecerem, e não discutirem. Quer a infelicidade dos tempos que se considere isso hoje uma menorização, não fazendo, evidentemente, ideia do que se fala. Quem estude ou observe com atenção verá que a excelência na ética militar e o cumprimento ideal dos preceitos religiosos, são do mais difícil de alcançar, não podendo,por outro lado, prescindir do contributo mediano dos que cumprem mas não excedem. Mas é evidência a que os cultores da facilidade e da agitação não são sensíveis. Os melhores dentre eles chegaram a congeminar uma elite de detentores de conhecimentos seleccionados pela cumplicidade, esquecendo que para um cérebro poder ser proveitoso tem de assentar sobre um carácter exercitado. Dizia o nosso Aniversariante que a cultura faz os sábios, mas a educação constrói os Homens. E desmitificava essa ancestralidade dos intelectuais optimistas e progressistas que acreditam conseguir uma sua comunidade fechada e realmente impossível, pregando, se não ilógica, ao menos imoralmente, o gregarismo no seu grupo estrito para melhor fomentarem a cisão na colectividade que o engloba: Eu não creio mais na república das letras do que em qualquer outra república; o mundo literário está dividido, como o mundo político, em estados particulares que têm, cada um, os seus fundadores, os seus legisladores e a sua sucessão legítima de monarcas, bem como as suas revoluções e os seus usurpadores. Razão de todas as detracções assentes em grupos e escolas quando se não resumem às meras invejas e ciumeiras de egos dilatados pela importância de serem ou se imaginarem lidos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Israel e os terroristas
Aqui fica, para reflexão de algumas pessoas de memória curta, esta declaração do Ministro dos Negócios Estrangeiros de Salazar, Franco Nogueira, em conferência de imprensa realizada em 8 de Junho de 1967:
«Apesar de esse facto quase ter passado despercebido, Israel foi para Portugal um inimigo tenaz. Nas Nações Unidas a sua delegação interveio e votou contra nós, associando-se de resto a todas as iniciativas que nos são hostis. O embaixador de Israel no Congo está em contacto com os terroristas, concede-lhes ajuda e, no próprio território israelita, são acolhidos e treinados terroristas contra Angola.»

http://linha-horizonte.blogspot.com/2007/10/israel-e-os-terroristas.html

O Réprobo disse...

Que se esperava desse malfadado areópago? Que não fizessem o frete ao amigo americano? Embora oposição não tão grande como a de muitos estados islâmicos, que faziam coro com um "anti-colonialismo" pretensamente solidário com a África Negra, para a dominar, decerto, de que ainda há umas sobras em Khadaffi. Mas ficaria talvez surpreendido com ligações militares israelitas à operacionalidade das nossas forças no Ultramar, que vários Oficiais me têm narrado.
Seja como for, Salazar nunca deixou que nos desvinculássemos do auxílio ao Estado Hebraico, por não corresponder aos nosos interesses. Tentou-o o inepto sucesor, com Nixon. Levou uma expedita nalgada e tudo voltou à mesma.