terça-feira, 4 de dezembro de 2007

A Mão Que Guia

Dia do nascimento de Franco, o Quatro de Dezembro. Muita da Sua acção pública está condensada na frase que proferiu são aqueles que não gostam da Política que a fazem melhor. Tido por relativamente pouco subversivo entre a Generalidade Espanhola, foi precisa muita atrocidade para que interviesse. E, depois de vencedor, a neutralização de Fal Conde, de Hedilla e dos seus Companheiros, como o desentendimento com Gil Robles e, até, com D. Juan de Bourbon, consubstanciam a hostilidade de quem exerce o poder como um serviço e um sacrifício, face aos que o procuram activamente. Com a necessidade de justiçar os culpados de horrores conhecidos, por cá mais localizados e de dimensão incomparavelmente menor, tentou a devolução da tranquilidade que Salazar também conseguiu, com o seu viver habitualmente. Não deixou que a Espanha se afogasse nas ondas das alianças, durante a 2ª Guerra Mundial, ou nas do isolamento, depois dela. Toda a devoção a uma Missão superior se acha bem expressa quer no modo como os empossados ministeriais juravam, ajoelhados, quer na operação militar que decidiu, para resgatar a Mão Incorrupta de Santa Teresa de Ávila, impedindo que os Vermelhos a controlassem.
Falou-se há tempos da designação de "cobardes" que teria aposto, no fim da vida, aos Portugueses. Não se fala do contexto, que era apenas o da equivalência à que nos gostamos de repetir, a dos Brandos Costumes. Era o modo de exprimir-se natural de um combatente valoroso, em Marrocos proposto para a Laureada de San Fernando, que soube honrar os Viriatos, os Voluntários Lusos que Consigo juntaram esforços.
Uma coisa é certa, Desses Homens já não há.
Com um abraço especial pelo Dia, agradeço ao Filomeno a chamada de atenção para o episódio da Relíquia.

12 comentários:

João Villalobos disse...

Realmente...Só aqui para ver celebrada uma data destas. Não tens emenda :)

O Réprobo disse...

Espero que não, Caríssimo. E tenho confiança em que não seja apenas aqui. Mas espero apresentar-me diante de Deus sem que Ele me possa apontar ter alguma vez transigido com os receptadores do horror democrático-vermelho, ou de não ter honrado Os que salvaram deles Nações Católicas.
Abraço

Anónimo disse...

S. Quer dizer que o resultado da Guerra Civil foi um milagre?

Anónimo disse...

Estimado Amigo Réprobo: en materia de "Rescate de Reliquias", el Rey de Portugal fue precursor, al encargar Operación Sigilosa de Rescate de los Cuerpos de San Berardo y Compañeros Mártires degollados por Miramolino Marroquino. Un militar republicano, creo que apellidado Delgado, se había apoderado de la mano de la Santa (la Santa Española por antonomasia) ¿a modo de talismán? Por cierto, "Operación Rescate" era el título de programa de TVE de finales de los 60 y comienzos de los 70 donde la "rapaciada" actuaba como "alevines de arqueólogos" recuperando piezas perdidas en campos de la España Profunda......Muchas Gracias, amigo Réprobo por la efeméride y te envío un Abrazo.

Capitão-Mor disse...

Adorei este pedacinho de História que contém pormenores que desconhecia por completo...

O Réprobo disse...

Meu Caro Rudolfo Moreira,
longe de mim diminuir o esforço dos Bravos que a ganharam. Mas também não sou dos que desdenham uma Mãozinha destas...
Abraço

O Réprobo disse...

Meu Caro Filomeno,
safa, o apelido Delgado tem muito a queixar-se dos seus portadores...
Obrigadíssimo por esse mui Cristão contributo, tão abonatório da Memória denegrida do Venturoso.
Forte abraço

O Réprobo disse...

Meu Caro Capitão-Mor,
é sempre grande prazer saber que Lhe agradei e vaidade imensa ser notificado de que trouxe algo novo à universalidade do Seu saber.
Abraço

Anónimo disse...

La mano de la Santa estuvo en Lusitania Felix desde 1599 a 1920........

O Réprobo disse...

Muito me contas! Não fazia a menor ideia, Meu Caro Filomeno. Bem precisávamos Dela, hoje por hoje.
Ab.

Flávio Santos disse...

«(...) a neutralização de Fal Conde, de Hedilla e dos seus Companheiros, como o desentendimento com Gil Robles e, até, com D. Juan de Bourbon, consubstanciam a hostilidade de quem exerce o poder como um serviço e um sacrifício, face aos que o procuram activamente.» Nada mais inexacto e injusto no que se refere a Hedilla; este, convidado a liquidar a Falange, incorporando-a (e por essa via descaracterizando-a) na FET, não procurou o poder, antes rejeitou o convite de fazer parte do novo regime, sofrendo uma perseguição lamentável e injustíssima para um homem de princípios como era. Até Franco exclamou um dia, a propósito: «este homem é um inocente!».

O Réprobo disse...

Meu Caro F.Santos,
inexactidão nenhuma. Nunca disse que Hedilla procurou satisfaçoes de vaidades pessoais. O que quis dizer foi que, como chefe de partido depois do assassínio de José António, se viu envolvido na disputa do Poder, em nome da pureza de princípios Nacional-Sindicalistas, com o risco de comprometer a coalizão nacional sob chefia única. E como bem sabes o dito do Caudilho referia-se à cedência às pressões internas da ala obreirista da Falange, a que o fraco líder não conseguiu impor rumo de união nacional.
Abraço