Caminhos do Oriente
Descanso dominical aproveitado para a leitura de uma interessante digressão do Académico Fernandes Costa, publicada em 1918, acerca de uma possibilidade mais de influência Portuguesa no Oriente.
Para provar que longe da vista não significa longe do coração, gostaria de dedicar a Esse Iminente Oya que é o Miguel Castelo-Branco e a um não menos Eminente Frequentador da Tailândia actual, o Je Maintiendrai, a notícia deste texto.
Trata-se de uma breve tese que, além de nos proporcionar a alegria de encontrar a expressão ambos os dois num escrito erudito, defende ter sido o famoso conselheiro ministerial todo-poderoso do Phra-Narai Siamês de fins do Século XVII, o renomado Constance Phaulkon, não um grego, como meio mundo quer, mas português de nascimento, sob a graça de Constantino Falcão. Os indícios residiriam na embaixada francesa do Conde de Forbin ver traduzida a sua missão da língua de Moliére para o Português, após o que o Ministro de que se trata a verteria para a língua local; no facto de ser casado com uma Mulher de sangue luso, D. Guiomar de Pina; na atenção que ele dava aos negócios do nosso País, nomeadamente a ascensão de D. Pedro II; e no conhecimento dos ritos Católicos da recepção dos Diplomatas, mais plausível em educados nessa Religião do que em convertidos da Ortodoxia.
Não menos surpreendente é a notícia que nos dá de, duzentos anos mais tarde, tendo-se deslocado a Lisboa um titular da Coroa daquele Reino oriental, se tentasse ensinar o Padre Nosso ao Papa, distraindo-O com pirotecnia, de que o Povo do Visitante era dos maiores especialistas:
ali, junto do rei, da côrte, do mundo oficial, do mundo diplomático, da aristocracia, e no meio do povoleu imenso, todo a rir a rir, fazê-lo assistir ás contorsões de um elefante branco, como peça de fogo de artifício, producto da habilidade pirotécnica de um fogueteiro de Cascais.
Garantindo aos Leitores que não sou eu o último nomeado no parágrafo anterior, continuo a ler que a opção se devera à constatação de que os siameses que teem a crença da metempsichose, estão persuadidos de que os elefantes brancos servem de asilo terrestre ás almas dos reis e dos grandes homens. Como não entender então que num plano mais materialista, o empresarial dos nossos dias, se imponha proporcionar aos hóspedes alguma sessão agradável numa casa de diversão nocturna lisboeta que usurpou o nome do animal sagrado?
Para provar que longe da vista não significa longe do coração, gostaria de dedicar a Esse Iminente Oya que é o Miguel Castelo-Branco e a um não menos Eminente Frequentador da Tailândia actual, o Je Maintiendrai, a notícia deste texto.
Trata-se de uma breve tese que, além de nos proporcionar a alegria de encontrar a expressão ambos os dois num escrito erudito, defende ter sido o famoso conselheiro ministerial todo-poderoso do Phra-Narai Siamês de fins do Século XVII, o renomado Constance Phaulkon, não um grego, como meio mundo quer, mas português de nascimento, sob a graça de Constantino Falcão. Os indícios residiriam na embaixada francesa do Conde de Forbin ver traduzida a sua missão da língua de Moliére para o Português, após o que o Ministro de que se trata a verteria para a língua local; no facto de ser casado com uma Mulher de sangue luso, D. Guiomar de Pina; na atenção que ele dava aos negócios do nosso País, nomeadamente a ascensão de D. Pedro II; e no conhecimento dos ritos Católicos da recepção dos Diplomatas, mais plausível em educados nessa Religião do que em convertidos da Ortodoxia.
Não menos surpreendente é a notícia que nos dá de, duzentos anos mais tarde, tendo-se deslocado a Lisboa um titular da Coroa daquele Reino oriental, se tentasse ensinar o Padre Nosso ao Papa, distraindo-O com pirotecnia, de que o Povo do Visitante era dos maiores especialistas:
ali, junto do rei, da côrte, do mundo oficial, do mundo diplomático, da aristocracia, e no meio do povoleu imenso, todo a rir a rir, fazê-lo assistir ás contorsões de um elefante branco, como peça de fogo de artifício, producto da habilidade pirotécnica de um fogueteiro de Cascais.
Garantindo aos Leitores que não sou eu o último nomeado no parágrafo anterior, continuo a ler que a opção se devera à constatação de que os siameses que teem a crença da metempsichose, estão persuadidos de que os elefantes brancos servem de asilo terrestre ás almas dos reis e dos grandes homens. Como não entender então que num plano mais materialista, o empresarial dos nossos dias, se imponha proporcionar aos hóspedes alguma sessão agradável numa casa de diversão nocturna lisboeta que usurpou o nome do animal sagrado?
2 comentários:
Não vá o caro confrade sem resposta. Vá lá, no beco, a ver meia dúzia de livrinhos da minha gaveta...
Mas é que é já a seguir!
Grande abraço
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