Lisboa Fantasiada
Leitura do delírio de um Homem culto fascinado com o Progresso, por isso, mesmo involuntariamente, hilariante: calcule-se que defende, muito a sério, que na Baixa Pombalina se erguessem arranha-céus, por ser o sítio da capital onde eles fazem falta... que queria esburacar as sete colinas de Lisboa, criando grandes túneis em concorrência com os do Metropolitano então apenas pensado, rodoviários e pedonais, juncados de lojas de luxo, sublinhando a grande vantagem que ofereceriam... como abrigos contra os bombardeamentos nucleares.
Mais, passadiço igual ao de Santa Justa para ligar ao extremo da Rua dos Fanqueiros; a opção por passagens para a Outra Banda, subterrâneas por um País tão pobre não se poder dar ao luxo de construir uma ponte, que fizessem de Almada e demais povoações da Margem Sul bairros de Lisboa! Diz, a propósito, que era a única maneira de desenvolver essas atrasadíssimas paragens, o que deve ter inspirado o Ministro Lino. Só que Ferreira D´Almeida dava a peregrina concepção como pretexto para construir, enquanto o actual responsável o faz para se abster.
Mais interessante, o sonho com uma Capital em que o afluente Valverde não tivesse sido arrasado, o que daria um Rossio cheio de pontes, como Paris.
E lutas importantes contra algo que nem consigo imaginar, a câmara de gás no nosso Portugal: no sentido de que não mais máquinas a vapor percorressem os sete minutos do túnel ferrovoário do Rossio, com o prejuízo inerente para a saúde e comodidade dos passageiros.
Vale a pena ler, é uma Metrópole de outro Mundo.
O Autor por António Carneiro
Mais, passadiço igual ao de Santa Justa para ligar ao extremo da Rua dos Fanqueiros; a opção por passagens para a Outra Banda, subterrâneas por um País tão pobre não se poder dar ao luxo de construir uma ponte, que fizessem de Almada e demais povoações da Margem Sul bairros de Lisboa! Diz, a propósito, que era a única maneira de desenvolver essas atrasadíssimas paragens, o que deve ter inspirado o Ministro Lino. Só que Ferreira D´Almeida dava a peregrina concepção como pretexto para construir, enquanto o actual responsável o faz para se abster.
Mais interessante, o sonho com uma Capital em que o afluente Valverde não tivesse sido arrasado, o que daria um Rossio cheio de pontes, como Paris.
E lutas importantes contra algo que nem consigo imaginar, a câmara de gás no nosso Portugal: no sentido de que não mais máquinas a vapor percorressem os sete minutos do túnel ferrovoário do Rossio, com o prejuízo inerente para a saúde e comodidade dos passageiros.
Vale a pena ler, é uma Metrópole de outro Mundo.
O Autor por António Carneiro
8 comentários:
A pior que isso havemos de lá chegar, não duvide. Cumpts.
Meu Caro Bic Laranja,
conhece o livro? Salivo só de pensar nas maravilhas que o Meu estimado Amigo poderia fazer a partir dele...
E, infelizmente, o quadro é pouquíssimo animador, tem toda a razão, com a agravante de não se dever a degradação a que assistimos a ideais, ainda que miméticos, mas a seduções e transigências mais vis.
Abraço
Não. Não conheço.
Cumpts.
Meu Caro Bic Laranja, vale mesmo a pena deitar uma olhadela a este devaneio. É o tipo de material que jogaria bem como contraposição à Sua benemérita recuperação do Passado, Lá no Blogo.
Deito-me a pensar se o Autor será o mesmo que foi por mim referido em:
parafrasefacil.blogspot.com/2007/03/filhos-e-enteados.html
Ou se estamos perante caso de homonímia.
Abraço
Para ser retratado pelo António Carneiro, devia ser um homem do Norte...
Ab.
Talvez, Meu Caro RAA, mas tenho António Sardinha pela mão dele. E Esse nasceu em Monforte...
Abraço
Olhe que é bem possível ser o mesmo. Mas tem que se ver. Cumpts.
Meu Caro Bic Laranja,
vou ver se desencanto uma bio-bibliografia.
Abraço
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