Atrofia
O Olho do Silêncio de Max ErnstA Sociedeade contemporânea quer fazer de cada um dos seus membros um ente tão indefeso e vergável como um miúdo, mas convenientemente impedido de, ruidosamente, incomodar. Sob a cenoura agitada que é a "perda da inocência" não se pretende mais do que mobilizar as cicatrizes de cada qual para que, autocriticamente, ele estrangule a vazão da própria dor, enquanto, dócil, dócil, se deixa conduzir. Sinistra pontaria que faz do Lúdico um mero estupefaciente, em vez da coisa séria que era na idade própria. E lhe reduz o Amor, despojando-o assim da franqueza confiante que não hesita em expressar-se.
De Pedro Martinho Abreu
Abriu a época de caça
à criança que há em nós.
A legislação é omissa.
Já se fizeram as primeiras vítimas:
Há palhaços a fazer crianças chorar,
alguns mimos estão a gritar sem gesticular.
Reclamo que criem leis proibitivas,
esta atrocidade tem de acabar.
De Pedro Martinho Abreu
Abriu a época de caça
à criança que há em nós.
A legislação é omissa.
Já se fizeram as primeiras vítimas:
Há palhaços a fazer crianças chorar,
alguns mimos estão a gritar sem gesticular.
Reclamo que criem leis proibitivas,
esta atrocidade tem de acabar.
2 comentários:
Como é uma questão íntima é um bocado abusivo pretender grupos ecologistas da alma.
Meu Caro Rudolfo Moreira,
mas se não fizermos dela uma espécie protegida, extinguir-se-á, inexiravelmente.
Ab.
Enviar um comentário