segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Fim de Reinado

Vale para Ramos-Horta parte do que disse para a paquistanesa Benazir. Não gosto dele, mas lamento o atentado, porque não faço parte da Esquerda Parlamentar de São Bento, a tal que se recusa a votos de pesar quando não simpatiza com os Baleados. Dito isto, lastimo uma vez mais que uma Terra e um Povo que souberam resistir aos ataques à sua Religião, passando sucessivamente pelo desinteresse dos descolonizadores exemplares, o marxismo internacionalista assassino e a revolução cultural e brutalidade ocupantes dos delegados de Jacarta tarde em ver nascer o Sol que justificaria o nome. O crime desta noite é um desespero de bode expiatório inconformado. O poder em Dili, ou a pitada dele que escapa a Camberra, depois de conhecer inenarráveis reedições de distribuição de armas a civis, ainda com o espectro das milícias bem presente, por conveniências várias reformou o imenarrável Alkatiri, apresentando como fonte de todos os males o major/ex-ministro do Interior que agora espectacularmente se vingou. O homem, por sinistro que possa (a)parecer, com certeza que obedeceu a ordens, não o vejo a imaginar um esquema desses, uma tentativa de manter o mando por força diferente dos alinhamentos externos que agora faltavam àquele bando. Vendo-se preso e abadonado, dado como único culpado, fugiu e, sbreexcitadamente, tirou desforço e abreviou a proscrição. Por uma vez terá pensado agir pela própria cabeça. O seu primeiro castigo é ver frustrada esta aspiração. Como prova a facilitada fuga que lhe permitiu este sangrento empreendimento, terá sido uma vez mais instrumentalizado por outrem.
Por quem?

6 comentários:

Mário Casa Nova Martins disse...

Verdades "incómodas"!
Excelente análise.

Cumprimentos.

Capitão-Mor disse...

Por acaso, hoje estive para escrever sobre Timor. Mas a tristeza é tamanha que me faltam as palavras. Talvez para o final da semana, tenha mais elementos para reflectir sobre o assunto.
Por acaso, também tenho tenho uma profunda antipatia pelo Ramos-Horta. De qualquer, modo o sucvedido é lamentável e não vejo saída para este jovem país.

O Réprobo disse...

Muito obrigado, caro Mário. Infelizmente aqueles a quem elas incomodam são capazes de perturbar muito mais o Martirizado Povo.
A.

O Réprobo disse...

Por muito calejados que estejam pela contrariedade e a fuga dela junto da obra pastoral da Igreja, não podemos impedir-nos de pensar que mereciam melhor sorte. E, para cúmulo, tinham outros de descobrir lá petróleo!
Abraço, Meu Caro Capitão-Mor

Anónimo disse...

Por quem? Sempre os mesmos, Caríssimo Amigo. É só seguir o cheiro do petróleo, e a pista das intricadas tramas que são tecidas à sua volta...

Parabéns pela excelente análise.

Abraço

O Réprobo disse...

Meu Caro Carlos Portugal,
é, o cheiro a esturro aqui, curiosamente, não vem do óleo queimado, mas do que está por queimar.
Abraço grato