Sinais de Fumo
A poucas horas da reabertura do túnel do Rossio, temos de lembrar quanto sofreram os passageiros que por lá transitaram em composições puxadas por máquinas a vapor, combinação redundando em pouco menos que câmara de gás. E dar graças por a linha do Estoril ter sido a primeira do País a ser electrificada, em 1926, depois da reivindicação da melhoria pelo grande Fausto de Figueiredo. Antes tinha sido aberto, em 1899, o trajecto Pedrouços-Cascais. Para chegar ao começo do segmento tomava-se outro vapor, barco este, do Aterro (por alturas do actual Cais do Sodré).
E a 12 de Fevereiro de 1897 inaugurou-se a segunda via, onde ainda estamos, salvo em matéria de governantes do PS e de orientações sexuais, sendo certo que se encontra sobejamente comprovado o descarrilamento, no primeiro caso; e, no segundo, os comboios serão para os que defendem túneis mais apertados, sem alternativas de vulto...
E a 12 de Fevereiro de 1897 inaugurou-se a segunda via, onde ainda estamos, salvo em matéria de governantes do PS e de orientações sexuais, sendo certo que se encontra sobejamente comprovado o descarrilamento, no primeiro caso; e, no segundo, os comboios serão para os que defendem túneis mais apertados, sem alternativas de vulto...
10 comentários:
Parece, portanto, que a Linha de Cascais, já nessa altura, era a "menina bonita" da CP (ou melhor, da sua antecessora). O que motivaria tantos investimentos nesta Linha?...;-)
Mais duma concorrente, Caro TSantos, pois a Companhia Estoril concorria com a CP de então. Era evidentemente o desígnio de transformar a zona num refúgio de luxo. O Sud Express chegou a estar ligado a ela...
Abração
Caro O Réprobo,
a despropósito do teor do post, é certo, mas ansiosa por lhe contar a novidade:
o dia ainda não terminou e já consequi vender duas rifitas a um "chinelo roto" (perdão, a uma beleza estonteante, assim é que é!) lá no meu recanto.
:-)))
Beijinho
"...o desígnio de transformar a zona num refúgio de luxo."
E, como acontece com todos os grandes desígnios nacionais, parece que a montanha pariu um rato! Também, quem é que quereria fazer turismo numa zona balnear pontuada por bocas de esgoto, como até há bem poucos anos acontecia?!
Vamos lá então ver se encaixam, querida fugidia. Vejo que está com ganas de se tornar milionária!
Beijinho
Agora, Meu Caro TSantos. Mas no Pós-Guerra, co os Exilados Régios, e nos anos 1970-1980, Contigo a morar cá, a zona tinha um prestígio especial.
Ab.
Hmmm...Nota-se assim tanto, a minha ausência?... ;-)
Oh! Todos os dias se reunem carpideiras para dar solenidade aos lamentos de tal facto!
Ab.
Caríssimo Amigo:
Creio que, em relação ao túnel do Rossio, os Caminhos de Ferro reais utilizavam as locomotivas a vapor inglesas do metro londrino, que tinham filtros de água nas caixas de fumo, para reterem a maior parte das partículas de cinza e carvão. Depois, em Campolide, a máquina era trocada por outra convencional. Só mais tarde, com o estado calamitoso da economia na 1ª República (o contrário seria de espantar), acabaram com este «luxo».
De qualquer modo, o túnel do Rossio tinha vários respiradouros e extratores de fumo, que a construção desordenada à superfície veio a obstruir (e que assim continuam, salvo um ou outro, que davam para o Jardim Botânico, nas traseiras da antiga Faculdade de Ciências).
Um grande abraço.
Meu Caro Carlos Portugal,
dos meios nada sei. Mas conheço o veemente e gaseadíssimo protesto dos utentes, registado em escrito de que dei conta aqui:
parafrasefacil.blogspot.com/2007/12/lisboa-fantasiada.html
Abraço
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