Condolências a Satan?
Um Anjo Caído de Jack Paul Sanders
Pouco importa que as sapiências especializadas nos esclareçam de que o Satan adorado pelos Yazidis, alvos dos últimos atentados mortíferos mo Iraque, seja diverso do que conhecemos e corresponda, sim, a um anjo caído, mas que invertera a marcha por um diluviano arrependimento. Ao excluírem a capacidade interventiva de Deus neste Mundo e atribuírem o supremo governo dele a uma entidade que proclamam ter conhecido o Pecado, não há como escapar ao reconhecimento de adoração do Mal, seja por Muçulmanos, seja por Cristãos. E ao, comunitariamente, participarem em práticas ainda recentemente reiteradas, de apedrejamento até à morte de raparigas que queiram casar noutra religião, essa seita mergulhada no secretismo deveria suscitar a repugnância, a condenação e a intervenção de todos os Ocidentais, religiosos ou não.Significa isto simpatia para com as explosões da Al-Qaeda? Nem por sombras, pois a fecundidade criadora e fantasista do radicalismo islâmico que a informa facilita a identificação de cultos diabólicos noutras paragens, começando pelo nosso património espiritual, para além de assassinatos em massa poderem sempre atingir elementos isolados não-comprometidos nos crimes das suas colectividades.
Mas é significativo que a União Europeia tenha condenado com tanta veemência o castigo dos adoradores do Diabo. Se acreditasse nele, provavelmente, até lhe enviaria um cartão expressando os seus sentimentos. Simpatia que, do ponto de vista muçulmano maioritário, será um indício mais para determinar a natureza maléfica dos poderes que nos regem. Da qual, aliás, não tenho dúvida, mas que deve ser atribuída aos tentados em vez de se procurar para ela a (in)dignidade terrífica do Tentador.
Um caso de venda da alma, então? Talvez não, mais de aluguer do corpo. É que a política escancarada de imigração sem discriminações de segurança permitiu uma comunidade considerável de membros Yazidi na Alemanha. Com a liberdade de circulação, quer dizer à nossa porta.
4 comentários:
''a natureza maléfica dos poderes que nos regem. Da qual, aliás, não tenho dúvida,''
Que regem a sociedade humana como a fizemos, enquanto lhe cedemos...
Mas não regem a verdadeira vida...
Cumprimentos
Sem dúvida, Cara Terpsichore.
Oh não, Terpsichore! Essa anda é bem afastada dos actuais poderes.
Beijo
A Musa sossega-nos, Portugal Amigo!
Abraço
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