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Depois de ter postado, em três dias, exemplos de
Grande Arte, não resisto a dar esta imagem, por polémica que possa ser. Não me motiva o fito de abastecer
libido padrão do Tempo. O que me move é tirar da postura em análise uma dupla dimensão para os coleccionadores destas impressões estivais. Está longe de ser a
Bibliotecária que se vê a ideal para o ofício. Essa tenho-A como uma Querida Amiga que se não deixa fotografar em tais preparos, preparados, ou... preparativos. Mas penso que podemos retirar do "boneco" dois dos mais insistentes dons da Leitura: a devoção que gera solidariedades entre os consumidores
livrescos cujo entusiasmo atinja o culto; e o
Eros, no sentido de fecundidade consequente, que se desprende de qualquer absorção de texto, quer dizer, da acção sobre o sujeito, de trechos que, ao contrário de tantos outros, não resvalam pela rampa fria do adormecimento espiritual intocado, logo, do que inactivo permanece. É uma condição necessária à actividade mental a que algo escrito subjaz.
Entretanto, considerando o dado histórico de os hábitos monacais femininos serem decalcados dos trajos das Viúvas de outrora, uma terceira linha de raciocínio se faz valer: a de ser o livro o substituto ideal do ente vivo que infirma a Solidão. Razões mais que bastantes para lhe agradecer.
6 comentários:
E numa biblioteca com esta senhora presente, alguém leria alguma coisa?
Beijinho
Pelo menos nela, com redobrado fervor, Querida T...
Bj
A argumentação é notável considerando a arrojada sugestão que se colhe na imagem. :) Cumpts.
UF! Que suores.
Frios? Não, quentes!
Uma fotografia,
Que escalda as mentes…
Meu Caro Bic,
nunca serao demais as negações de que ler não traz prazer...
Abraço
Sr. Oliveira da Figueira:
E que por serem verdades patentes
Fazem melhores as despertadas Gentes.
Abraço, Caro Confrade Poeta
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