Os bombeiros do Fahrenheit 491 não estão, infelizmente, muito longe da realidade. Os «bombeiros» do «establishment» não queimam livros, mas é como se o fizessem. O «Index» censório existe, e são inúmeros os exemplos de livros apreendidos, especialmente em livreiros (conheço alguns casos revoltantes). E escritores a serem perseguidos (os verdadeiros «homens-livro), o que levou, entre outras coisas, ao abaixo-assinado de muitos historiadores e académicos franceses.
Triste época, esta, de «fast-food» e «fast-culture»...
Sem falar, Meu Cato Carlos Portugal, de processos semelhantes, em que se destruição não houve, pelo menos expropriação não faltou, como a perseguição experimentada na pele pelo Amigo e Confrade do «Pena e Espada». Abraço
Como a Marta quase viu a casa a arder e Se mostrou inclemente para com os "Soldados da Paz", Caro Mário, coloquei-me na pele do Doutor Pangloss: "podia ter sido muito pior". Abraço
Gosto muito, T. O meu passo favorito, já o disse algures na blogosfera, é o da comunidade de resistentes em que cada membro decora um livro para o transmitir. Há um par de gémeos a quem calhou «Os Irmãos Karamazov»: um fixou o primeiro volume, o outro o segundo... Beijinho
O Fahrenheit 491, é um dos filmes mais inesquecíveis. Lembra-me sempre e logo a fogueira que a Inquisição fez em Sevilha com as bibliotecas dos Mouros.
Quando um dia chamar os bombeiros, porque um qualquer cabo electrico se partiu e provocou um fogo junto da sua casa e os vir chegar de jipe com tanquinho de água, vê-la acabar enquanto os ditos bombeiros tentam apagá-lo, ao restolho, com os pés e vassourinhas; quando vir que o fogo alastra, para todos os lados e invadem o seu terreno, comendo árvores e dando-lhe cabo de toda a rega automática; quando perceber que se não fosse estar em casa e ter usado as suas mangueiras de alta pressão para defender a sua casa, ela teria ardido; quando isto lhe acontecer duas vezes; quando a terceira vez, for um fogo enorme já com cinco frentes, que com o vento vem por ali a baixo e perceber que a sua casa só não é varrida do mapa, porque o vento, e só o vento, assim o quiz
Ainda bem que não sou bombeiro, Marta. U pormenor sobre esse episódio histórico: modesta retribuição do que fora feito à sobrevivente biblioteca de Alexandria pelo Califa Omar, já que "os livros ou contrariavam Alcorão e eram heréticos, ou com ele concordavam e então eram supérfluos...". Não Lhe parece? Beijinho
O Progresso é a dose de injustiça que cada geração comete para com as suas predecessoras - Cioran
Quem Te Avisa Teu Amigo É
A Humanidade é uma manada de patifes e tolos. É necessário arrebanhá-los, ou sair do caminho deles, para não ser pisoteado até à morte William Hazlitt Isolar-se é, por conseguinte, sobreviver.
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Contra o Vento - Dr. Jekyll
Solitário porque Réprobo
O Integrado - Mr. Hyde
As identidades estão certas: é a transigência com este mundo que é criminosa
8 comentários:
Caríssimo Amigo:
Os bombeiros do Fahrenheit 491 não estão, infelizmente, muito longe da realidade. Os «bombeiros» do «establishment» não queimam livros, mas é como se o fizessem. O «Index» censório existe, e são inúmeros os exemplos de livros apreendidos, especialmente em livreiros (conheço alguns casos revoltantes). E escritores a serem perseguidos (os verdadeiros «homens-livro), o que levou, entre outras coisas, ao abaixo-assinado de muitos historiadores e académicos franceses.
Triste época, esta, de «fast-food» e «fast-culture»...
Abraço.
Estes, NUNCA!
Bom Fim-de-Semana.
Truffaut e Bradbury. Excelente filme.
Mas concordo inteiramente com o que disseram já aqui.
Beijinho
Sem falar, Meu Cato Carlos Portugal, de processos semelhantes, em que se destruição não houve, pelo menos expropriação não faltou, como a perseguição experimentada na pele pelo Amigo e Confrade do «Pena e Espada».
Abraço
Como a Marta quase viu a casa a arder e Se mostrou inclemente para com os "Soldados da Paz", Caro Mário, coloquei-me na pele do Doutor Pangloss: "podia ter sido muito pior".
Abraço
Gosto muito, T. O meu passo favorito, já o disse algures na blogosfera, é o da comunidade de resistentes em que cada membro decora um livro para o transmitir. Há um par de gémeos a quem calhou «Os Irmãos Karamazov»: um fixou o primeiro volume, o outro o segundo...
Beijinho
Querido Paulo
O Fahrenheit 491, é um dos filmes mais inesquecíveis.
Lembra-me sempre e logo a fogueira que a Inquisição fez em Sevilha com as bibliotecas dos Mouros.
Quando um dia chamar os bombeiros, porque um qualquer cabo electrico se partiu e provocou um fogo junto da sua casa e os vir chegar de jipe com tanquinho de água, vê-la acabar enquanto os ditos bombeiros tentam apagá-lo, ao restolho, com os pés e vassourinhas;
quando vir que o fogo alastra, para todos os lados e invadem o seu terreno, comendo árvores e dando-lhe cabo de toda a rega automática;
quando perceber que se não fosse estar em casa e ter usado as suas mangueiras de alta pressão para defender a sua casa, ela teria ardido;
quando isto lhe acontecer duas vezes;
quando a terceira vez, for um fogo enorme já com cinco frentes, que com o vento vem por ali a baixo e perceber que a sua casa só não é varrida do mapa, porque o vento, e só o vento, assim o quiz
então aí, venha falar comigo sobre bombeiros.
Beijinhos
Ainda bem que não sou bombeiro, Marta.
U pormenor sobre esse episódio histórico: modesta retribuição do que fora feito à sobrevivente biblioteca de Alexandria pelo Califa Omar, já que "os livros ou contrariavam Alcorão e eram heréticos, ou com ele concordavam e então eram supérfluos...". Não Lhe parece?
Beijinho
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