Más Como as Cobras?
O Beijo da Serpente, de Ruslan KhvesAndam umas Amigas aqui e ali a ameaçar de Re-conquistas com moiros atravessados. Há Pessoas que nunca aprendem, deixam que o sucesso de um qualquer Mourinho de hoje faça pensar a classe do nome como Specials para além do One, mesmo fora dos terrenos da bola. Até esquecem que da última vez que o sport amoroso meteu moirama ao barulho, o Otelo, o de Veneza, transformou a pobre Desdémona em Otária.
Mas não nos alonguemos: o meu ponto é que não há tradição nacional de masculinidade mourisca no Amor em Portugal, talvez por ele ser diferente, como assegurava o Cardeal do Dantas. E como a Mulher é que é a perseguida histórica, não há qualquer razão para inventar discriminações positivas, quotas e paridades que façam contraponto a uma crença muito nossa, essa sim - a das mouras encantadas que passam todo o ano sob a forma de cobras, só podendo ser vistas em noites de São João nas belíssimas formas humanas femininas. O facto encontra-se estabelecido e há estudo erudito de Fernando de Castro Pires de Lima com múltiplas remissões para as grandes abordagens do tema.
Nessa conformidade, deixarei aqui apenas um passo do sábio citado, sobre a forma de quebrar (AQUELE) encanto das serpes, fazendo-as regressar à excelência da Fémea da nossa espécie:
Disse-lhe que se transformaria numa terrível serpente e que subiria por ele acima abraçando-o e beijndo-o. O jovem enamorado, com aquela força que só uma grande paixão pode explicar, jurou que seria capaz de lhe quebrar o encanto. Poucos segundos tinham passado, surgiu a serpente, horrível e terrífica, de olhos injectados e soltando rugidos que mais pareciam trovões a estremecer o céu. O rapaz, impassível, deixou o monstro abraçá-lo, e quando a serpente lhe beijou os lábios, transformou-se na linda moira que quebrara o seu encanto devido ao amor sincero e firme de um homem novo, que nunca vira uma mulher assim.
Historieta muito mais moral do que a inverosímil dos sapos transformados em Príncipes, já que esta condição a coroar implica em si mesma a raridade. Enquanto que o relato que aqui Vos dei mostra como a firmeza de um homem é o melhor meio para vencer as fachadas do Outro Lado.
Mas não nos alonguemos: o meu ponto é que não há tradição nacional de masculinidade mourisca no Amor em Portugal, talvez por ele ser diferente, como assegurava o Cardeal do Dantas. E como a Mulher é que é a perseguida histórica, não há qualquer razão para inventar discriminações positivas, quotas e paridades que façam contraponto a uma crença muito nossa, essa sim - a das mouras encantadas que passam todo o ano sob a forma de cobras, só podendo ser vistas em noites de São João nas belíssimas formas humanas femininas. O facto encontra-se estabelecido e há estudo erudito de Fernando de Castro Pires de Lima com múltiplas remissões para as grandes abordagens do tema.
Nessa conformidade, deixarei aqui apenas um passo do sábio citado, sobre a forma de quebrar (AQUELE) encanto das serpes, fazendo-as regressar à excelência da Fémea da nossa espécie:
Disse-lhe que se transformaria numa terrível serpente e que subiria por ele acima abraçando-o e beijndo-o. O jovem enamorado, com aquela força que só uma grande paixão pode explicar, jurou que seria capaz de lhe quebrar o encanto. Poucos segundos tinham passado, surgiu a serpente, horrível e terrífica, de olhos injectados e soltando rugidos que mais pareciam trovões a estremecer o céu. O rapaz, impassível, deixou o monstro abraçá-lo, e quando a serpente lhe beijou os lábios, transformou-se na linda moira que quebrara o seu encanto devido ao amor sincero e firme de um homem novo, que nunca vira uma mulher assim.
Historieta muito mais moral do que a inverosímil dos sapos transformados em Príncipes, já que esta condição a coroar implica em si mesma a raridade. Enquanto que o relato que aqui Vos dei mostra como a firmeza de um homem é o melhor meio para vencer as fachadas do Outro Lado.
16 comentários:
O poema, aprendido na Primária; dizia: "quero uma cristã cativa"; invertem-se só os factores :)
(mas agora reparo na semelhança dos temas aqui tratados e por mim tocados entre uma nuvem e outra: serpente- a forma mesma do Lima; mitologia-diz o Paulo: que nunca aprendem"; vai ver o "esquecimento" é propositado porque, em certas circunstâncias "os sentidos embriagam" :) )
Beijo
Humpfrrr...
E amanhã, temos mouros a sério, ou não (não gosto nada do Mourinho, aviso já; sou mais Gianechinni, Clint Eastwood, Paul Newman e afins...)?!
(risos)
:-)))
Meu Caro Filomeno,
Antes do mais, muitos parabéns, que hoje faz anos o Grande Di Stefano.
Depois, estas moiras, curiosamente, eram loiras e de olhos claros. E muito enraizadas no sentir popular português. Deve haver tradição delas também na Galiza, já que o Minho é apontado como um dos locais em que medrou a lenda.
O Figo deve estar com esperança de que o Mourinho táctico consiga ser uma gotita de elixir da longa vida. Mas receio que com idade e lesões tenha perdido o arranque que era uma das suas forças.
Abraço
E, Cristina, outra semelhança - as Moiras eram muita vez dadas como vivendo nos Rios e nas Fontes.
Beijo
Huuuum, francamente, Querida Fugi! Mas, tudo bem, sou um escravo dos Seus desejos.
Beijinho
Gracias!
beijinho, beijinho, beijinho :-)))
Felicitaciones al Gran Alfredo; por cierto, Jesús Paredes, "eterno preparador físico" de los equipos que entrenaba Di Stéfano, tiene su parte de mérito en la consecución de la Eurocopa. Ahora se marcha con Luis Aragonés a Turquía......
Con respecto a Figo, su fichaje le dió la victoria en las elecciones a la Presidencia del Real Madrid a Florentino Pérez; al parecer, Pérez le dijo a Figo que cuando se marchase figo del Real Madrid, se iba él también; cuando el entrenador Luxemburgo decidió ( a mi modo de ver, de forma equivocada), prescindir del astro portugués, Figo recordó esa conversación y la hizo pública, teniendo un efecto demoledor en Florentino, que,al poco tiempo, presentó su dimisión irrevocable.......
En lo tocante a las moras, en Salamanca existe la Leyenda de los amores entre Don Rodrigo y la Reina Quilama en las Pocilgas de Segoyuelas y Valero, donde se escondían en una cueva para huir de la persecución del padre de la novia, que pretendía rebanarles el pescuezo...........Ab.
Mas, Paulo, a grande vantagem dos mouros encantadores sobre as mouras encantadas é que podemos vê-los todos os dias do ano, e não só num único dia do calendário!
Quanto a metáforas com serpentes, nem me atrevo a alvitrar seja o que for, não vá essa mente de Diácono Remédios ultrapassar as minhas inocentes intenções...
;) Beijo
Hum...
acordei tão cedo e... nada :-(
(risos)
Fugi Madrugadora,
já lá estão, um punhado deles!
Beijinho
Meu Cro Filomeno,
essa podia não ser moura encantada, mas devia ter cá uns encantos para obrigar o rapaz a esses incómodos...
É, Figo ainda podia ter feito mais um ou dois anos no Real. E o ex-dirigente deve ter percebido que no Grande Clube as promessas custam mais do que na política...
Deseja-se a melhor sorte à Dupla Técnica Campeã, de abalada para a Turquia. Mas cuidado, a zona promete instabilizar-se.
Abraço
Por pretender sempre esclarecer raciocínios... sinuosos, Querida Ana?
Quanto a mourices, essa imanência excessiva depressa Vos cansará. Vai uma aposta que começarão por denegrir os que postei, em Vossa Honra?
Beijinho
Ora, essa proposta de mourices é pura rasteira... batoteiro!
Realmente, eles estão sentados no chão...
Beijinho
Enviar um comentário