quarta-feira, 16 de julho de 2008

Paixão Que Veio do Frio

Amor Num Clima Frio de Anil DayalNão me quero ir sem revelar um história comovente que resiste ao cinismo. O dia de anos de Admunsen foi o pretexto para pensar num seu colega explorador dos Pólos, Nansen, que, amantíssimo da Mulher, exigiu que dele se divorciasse, antes de uma das suas perigosas explorações, por não querer que ela corresse o risco, caso não voltasse, de ficar vinte anos sem estado civil definido, o tempo de ausência que a lei estabelecia para presumir a morte.
Voltando, foi a divorciada esperá-lo e comunicar que queria contrair segundo casamento, tendo-lhe o ex respondido que deixara a liberdade para esse efeito, caso fosse a sua vontade. Foi quando a anunciadora retorquiu que o noivo que tinha em vista era... ele.
E re-casaram, vivendo com felicidade que ainda consta até que ela morreu, sendo ele o principal diplomata da representação da Noruega em Londres.. Nos transportes do luto fresco desabafou:
Agora que já nada me liga ao mundo, hei-de chegar ao pólo. Até aqui tinha a minha mulher, que me atraía para o Sul, fazendo-me voltar das minhas viagens. Mas esse elo, que tão fortemente me prendia à vida já não existe e só regressarei se conseguir chegar vivo ao termo da viagem.
Suspeito que tão tórrido afecto terá sido o causador do início do derretimento da calota polar.

6 comentários:

Cristina Ribeiro disse...

E o calor dessa história- linda!- chegou aqui. Está very hot!
Beijo, Paulo

fugidia disse...

:-)

Há amores assim, Rép. :-)

O Réprobo disse...

Hot a valer, Cristina. Derreto-me também com tal alcance.
Beijo

O Réprobo disse...

Pois há, Fugi, como um divórcio que me força a ser entusiasta dele, coisa que não julgaria possível.
Beijinho

zazie disse...

Não posso crer!

Há-de ser só um intervalo.

Beijinhos e nem vou acreditar noutra coisa.

O Réprobo disse...

Querida Zazie,
Deus Te ouça, seria um excelente sinal. Por minha vontade ficaria Convosco o resto da vida.
Beijoka